Taurus (TASA4) tem lucro líquido de R$ 166 milhões, alta de 64% na base anual, com produção recorde

Companhia bate recorde de produção e de vendas para o mercado interno e é ainda impulsionado por desvalorização do Real

Vitor Azevedo

Uma pistola Taurus TH9 (crédito: divulgação)

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SÃO PAULO – A produtora de armas Taurus (TASA4) lucrou de forma líquida R$ 166,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 64% na base anual, mas com queda de 14% na comparação com aquilo registrado entre abril e junho deste ano.

A diferença na base anual se explica, em parte, pelo avanço da receita operacional líquida, que cresceu 39,6%, chegando a R$ 718 milhões, com R$ 202,1 milhões provenientes do mercado interno e R$ 515,9 milhões das exportações. No ano, a receita acumulada é de R$ 1,9 bilhão, número 51,3% maior do que o faturamento no mesmo período de 2020.  A queda na base trimestral, por outro lado, se explica principalmente por um maior gasto financeiro.

Produção da Taurus chega a novo recorde

A produção de armas da Taurus chegou a um novo recorde no terceiro trimestre, de 615 mil unidades.

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Nas vendas, o volume de vendas atingiu 619 mil unidades, alta de 27,1% na base anual, sendo que o número de armas vendidas no mercado nacional superou, pela primeira vez, a marca de  100 mil unidades. A produtora de armas destaca ainda seu desempenho nos EUA, com vendas avançando 26,9% na base anual, e àquelas ao Paquistão e às Filipinas, provenientes de ganhos de licitação.

Além do volume de vendas, o balanço foi impulsionado ainda pela desvalorização do Real. “A variação cambial também teve efeito positivo sobre o resultado da Companhia, considerando o período acumulado de janeiro a setembro, uma vez que a maior parte de suas receitas é proveniente de vendas no exterior, realizadas em dólares”, explicou no documento publicado na noite desta terça-feira (9).

Companhia melhora margens com câmbio

A Taurus conseguiu, então, melhorar suas margens, diluindo custos com a maior produção e ainda contando, segundo o seu balanço, com uma maior modernização do seu complexo.

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Os custos com produtos vendidos cresceram 25,4%, 14,2 pontos percentuais inferiores ao avanço da receita, para R$ 347,5 milhões. As despesas operacionais somaram R$ 83 milhões, redução de 6,1% na base anual (em parte por conta da recuperação de IPI e ICMS presumido).  As despesas com vendas, gerais e administrativas – em parte por conta da atuação da companhia nos Estados Unidos – cresceram, mas também se diluíram na comparação com a receita.

A Taurus, com isso, registrou uma margem Ebitda ajustada de 41,1%, ante 31% no terceiro trimestre de 2020. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado foi de R$ 295,4 milhões, alta de 85,1% em igual comparação.

Por fim, a produtora de armas ainda diminui suas despesas financeiras em 25,8% na comparação entre o intervalo de julho a setembro deste ano com o mesmo do ano passado, para R$ 52,6 milhões. “A companhia vem diminuindo seu endividamento de forma consistente, conforme cronograma de pagamento, o que se reflete em retração das despesas financeira”, explicou.

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A Taurus fechou setembro com uma dívida líquida de R$ 443,5 milhões, ante R$ 775,4 milhões no fim de dezembro de 2020.