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Com perspectivas similares ao do Goldman Sachs de que as ações de empresas brasileiras de adquirência negociadas em Nova York estão descontadas, a XP Investimentos elevou a Stone (STOC31) para compra, com preço-alvo de US$ 15, e manteve recomendação de compra e preferência por PagBank (PAGS34), com preço-alvo de US$ 12, após o desempenho negativo acumulado por ambos os papéis.
Até o dia 23, as ações de Stone e do PagBank tinham recuado 38% e 34% no acumulado do ano, respectivamente, apresentando uma performance significativamente abaixo do Índice Ibovespa, que caiu 17% no ano em dólares.
Embora as taxas de juros mais altas e as perspectivas de crescimento do TPV (volume total de pagamentos) piores do que o esperado tenham levado a XP a reduzir os preços-alvo para ambos, a recente desvalorização das ações trouxe o múltiplo Preço/Lucro para o final de 2025 para níveis mais atraentes para STNE (7,6 vezes) e PAGS (6,0 vezes).
Esse valuation barato atual, combinado com uma perspectiva positiva sobre o crescimento de outras linhas de negócios (atividade bancária e crédito), reforçou a visão positiva de analistas.
Para o setor, a XP comenta que Stone e a PagBank mantiveram participações de mercado estáveis que apoiam a racionalidade de preços, enquanto a concorrência se intensifica entre os clientes maiores.
Apesar das preocupações com a dinâmica competitiva do setor e o início do ciclo de aperto monetário doméstico, os analistas esperam um trimestre saudável para ambos.
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Com relação à Stone, a visão construtiva é apoiada por: i) um aumento do crédito, que não deve apenas compensar a compressão dos MDRs (Merchant Discount Rate, ou “Taxa de Desconto do Comerciante”) e das taxas de antecipação de recebíveis, mas também inserir a Stone em um pool de receita maior; ii) após a autorização do Banco Central para se tornar uma “Financeira”, a Stone passou a oferecer depósitos a prazo. Isso deve ajudar a empresa a reduzir o custo de funding e fortalecer a posição financeira para manter o sólido crescimento do crédito.
Para Pagbank, a XP espera pressão contínua sobre take rates (taxas cobradas em cada transação) devido a mudanças no mix de TPV. Além disso, o aumento das taxas de juros projetado para atingir 12% desafia a perspectiva anterior de cortes nas taxas de juros beneficiando a empresa, levando a um menor impulso de lucros. No entanto, com forte desempenho em banking e um valuation atrativo, a corretora mantém recomendação de compra.