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SÃO PAULO – Os papéis de empresas ligadas ao setor siderúrgico apuraram valorização significativa nesta segunda-feira (5) e se destacaram dentro do Ibovespa, em meio a expectativas de retomada da trajetória de alta nos preços do aço e notícias favoráveis sobre as exportações da China.
As ações preferenciais classe A da Usiminas fecharam em alta de 5,26% e lideraram os ganhos do Ibovespa nesta segunda-feira, movimentando expressivos R$ 207,5 milhões. As ações ordinárias da CSN, as preferenciais da Gerdau Metalúrgica e as ordinárias da Arcelor Brasil encerraram com elevação de 3,01%, 2,85% e 4,37%, respectivamente.
Os resultados do quarto trimestre das siderúrgicas norte-americanas apontaram novas previsões de demanda e preços do aço ascendentes para o final do primeiro trimestre, e sinalizaram um ambiente positivo ao setor, interpreta o especialista da Corretora Geração Futuro Luiz Alberto Binz. “A tendência sobre o comportamento dos preços do aço no cenário externo ainda estava incerta”, acredita Binz.
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Além disso, o analista lembra que com o fim do inverno no hemisfério norte e a entrada do verão, o cenário é sazonalmente mais favorável às companhias.
Temor chinês
Novas notícias relacionadas à “questão China” também têm impactado nas empresas do setor. O país, que viu forte expansão de suas exportações no ano passado, é acompanhado de perto, dada a sua força na indústria siderúrgica mundial. Na opinião do analista da Geração Futuro, qualquer manobra de equilíbrio na oferta e demanda de aço é um fator positivo às siderúrgicas.
Na sexta-feira (2), o governo norte-americano entrou com uma reivindicação na OMC (Organização Mundial do Comércio) contra a China, alegando que o país asiático subsidia uma série de produtos de exportação, inclusive o aço.
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Preço do aço
Concordando com a expectativa de elevação nas cotações do aço, a analista Catarina Pedrosa do Banif Investment Banking vê que a consolidação mundial ajuda a manter um maior controle dos preços do produto.
A disputa entre a CSN e a Tata Steel fazia parte deste processo, do qual o maior exemplo foi a fusão da Mittal Steel com a Arcelor. Fechada em junho do ano passado, a operação envolveu US$ 38,3 bilhões e criou o maior fabricante de aço do mundo.