Resumo Diário

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Lara Rizério

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Em meio à alta das ações da Petrobras e da queda dos papéis da Vale, o o Ibovespa registrou a segunda sessão seguida de ganhos, com ganhos de 0,89%, aos 60.998 pontos. Este é o maior patamar desde 24 de setembro, quando o índice atingiu os 61.909 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8,57 bilhões, bastante acima da média.

O índice registrou um movimento positivo nesta data, com o desenrolar das negociações para evitar o abismo fiscal nos EUA. A queda de 1,80% das ações ordinárias da Vale, atingindo os R$ 42,05, contribuíram do lado negativo, enquanto os papéis PNA caíram 1,20%, aos R$ 40,51; entretanto, a alta de 3,77% dos ativos preferenciais da Petrobras, que fecharam cotado aos R$ 20,93, mais que compensou esse efeito, puxado pela expectativa de que o ministro da fazenda, Guido Mantega, anuncie o reajuste do preço dos combustíveis. Enquanto isso, os papéis ON da companhia subiram 3,58%, aos R$ 21,13, fazendo com que as ações da petrolífera registrassem a segunda e a terceira maior alta do índice.

Rating AAA dos EUA em perigo
Na pauta norte-americana, destaque para o alerta da Fitch Ratings de que os EUA podem perder o seu “triplo A” caso o governo do país não aja para evitar o “fiscal cliff”. Neste sentido, contudo, o mercado se mostrou mais animado com o avanço das negociações para que não ocorra o “fiscal cliff”. Na véspera, o presidente norte-americano propôs elevar impostos para salários acima de US$ 400 mil, e não US$ 250 mil, como queria anteriormente. Entretanto, John Boehner, líder republicano na Câmara dos Deputados, quer que o aumento do imposto seja válido somente para salários acima de US$ 1 milhão.

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Os políticos devem chegar a uma solução antes do início de janeiro para que uma série de cortes automáticos de gastos e aumento de impostos não entre em vigor. Se isso acontecer, o país deverá entrar em recessão no próximo ano.

Altas e baixas
Além das duas principais blue chips do Ibovespa, sendo os maiores destaques os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), com ganhos de 5,31%, aos R$ 24,20, com a proximidade do IPO (sigla em inglês para Oferta Inicial Pública de ações) do BB Seguridade. Logo atrás da Petrobras, estiveram as ações do Itaú Unibanco, com ganhos de 3,53%, aos R$ 34,05 e os da Itaúsa, com alta de 3,32%, cotado aos R$ 9,97.

Entre as maiores baixas, estiveram os ativos da Souza Cruz, com baixa de 3,41%, aos R$ 31,15, seguidos pelos papéis ON da Eletrobras, com perdas de 3,01%, aos R$ 6,45.

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Estímulos à economia
O ministro da fazenda brasileiro prometeu, nesta quarta-feira, que a Petrobras irá anunciar um reajuste de gasolina. Ele destacou que a economia está recuperando, mas houve mudanças brutais e não haverá mais lucro fácil para os empreendedores.

O ministro havia adiantado ainda que vai desonerar a folha de pagamentos de mais setores da economia; as estimativas do mercado são de que o setor siderúrgico seja beneficiado.

Já na agenda doméstica nacional, o IBGE que a inflação na primeira quinzena de dezembro avançou 0,69%, conforme medido pelo IPCA-15. No acumulado do ano, o indicador chega a 5,78%, abaixo dos 6,56% vistos no ano passado.

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Indicadores nos EUA
Os investidores também repercutiram alguns dados publicados nos EUA. Por lá, o número de imóveis em início de construção e as permissões para novas obras em novembro decepcionaram, ao registrarem números abaixo do esperado pelo mercado.

Dólar
O dólar comercial fechou em queda de 0,89% e terminando a R$ 2,0705 na venda.

Renda Fixa
As taxas dos principais contratos de juros fecharam em leve alta. O contrato de juros de maior liquidez nesta sexta-feira, com vencimento em janeiro de 2015, fechou aos 7,69%, com alta de 0,04 ponto percentual em relação à sessão anterior. 

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No mercado de títulos da dívida externa, o título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou em queda de 0,01%, a 126,55% do valor de face. Já o indicador de risco-País fechou com queda de quatro pontos-base, aos 134 pontos ante 140 pontos da sessão anterior, registrando baixa de 4,29%.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.