Resultado da Cielo não agrada mais uma vez, Vivo lucra R$ 1,42 bi, 2 notícias de Petrobras e mais destaques

Confira os destaques corporativos desta quarta-feira

Equipe InfoMoney

Publicidade

No Radar InfoMoney desta quarta-feira (24) destaque para a autorização de retomada parcial da produção da Vale, à oferta de até R$ 9,6 bi da BR Distribuidora e aos balanços de Cielo, Telefônica Brasil e Weg.

Vale (VALE3)

A Vale informou ontem à noite que recebeu a autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM) para o retorno parcial das operações a seco do Complexo de Vargem Grande. As operações de todo o Complexo foram interditadas em 20 de fevereiro de 2019 por determinação da ANM, visando prevenir eventuais gatilhos que pudessem comprometer a estabilidade das barragens do Complexo, em decorrência de atividades desenvolvidas no local.

“A referida autorização possibilitará o retorno parcial e progressivo das operações a seco do Complexo, totalizando em torno de 5Mt de produção adicional em 2019 e incrementando, como consequência, a oferta de Brazilian Blend Fines (BRBF)”, destaca a empresa. A Vale reafirma seu guidance de vendas de minério de ferro e pelotas de 307-332 Mt em 2019, anteriormente divulgado, e informa que a expectativa atual é que as vendas se situem ao redor do centro da faixa.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“Embora não particularmente significativo em termos de capacidade, a retomada parcial de Vargem Grande é mais uma indicação de pragmatismo das autoridades, bem como outro passo importante para a normalização das operações da Vale”, destaca o analista de mineração do Bradesco BBI, Thiago Lofiego, acrescntando se manter “confortável” com a previsão de produção de 320 milhões de toneladas para a Vale em 2019.

Já o Valor Econômico destaca que a Vale colocou à venda suas operações de manganês no Brasil. Segundo a publicação, a empresa pretende se desfazer de três unidades de ferroligas e de uma mina.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras informou que a oferta pública de distribuição secundária de ações de emissão da BR Distribuidora foi aprovada pelo Conselho de Administração, com a venda de 291.250.000 ações, além de 58.250.000 papéis adicionais, ao preço por ação de R$ 24,50. A oferta movimenta assim cerca de R$ 8,562 bilhões. Com a venda de 30% do capital na BR Distribuidora, a Petrobras passará a deter 41,25% do seu capital após a conclusão da operação.

Continua depois da publicidade

A quantidade de ações ofertada, porém, poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 43.687.500 ações (sem considerar as Ações Adicionais), nas mesmas condições e ao mesmo preço. Caso ocorra a colocação integral do lote suplementar, o montante da oferta poderá chegar a R$ 9,633 bilhões, com a participação da Petrobras reduzida a 37,50% do capital da BR Distribuidora.

A empresa publicou ontem a informação de que o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) proferiu decisão desfavorável em processo administrativo fiscal, no valor aproximado de R$ 5,22 bilhões, que trata da cobrança de PIS/COFINS – Importação sobre as remessas ao exterior para pagamento de contratos de afretamento no ano calendário de 2013.

“A Petrobras aguarda a intimação da decisão e recorrerá à Câmara Superior do CARF. A companhia entende que o julgamento não altera a classificação de expectativa de perda possível. As informações referentes a esse processo estão apresentadas nas demonstrações financeiras de 2018, através da nota explicativa 31.3. Processos judiciais não provisionados – processos de natureza fiscal”, destaca.

Continua depois da publicidade

A petroleira informou ontem ainda que fará emissão de debêntures no montante inicial de R$ 3 bilhões. Segundo a empresa, a oferta prevê a colocação de no mínimo R$ 1 bilhão, bem como a possibilidade de um acréscimo de até 20% sobre o montante inicial, ou seja, em até R$ 600 milhões.

Os recursos captados serão aplicados exclusivamente no projeto de exploração e avaliação da área dos blocos de Franco, Florim, Nordeste de Tupi e Entorno de Iara do Contrato de Cessão Onerosa e das atividades de desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural nos campos de Búzios, Itapu, Sépia e Atapu, limitadas às atividades aprovadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP.

Por fim, a empresa informou em seu site que vai reduzir o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para a indústria e o comércio em 9,8% a partir desta quarta-feira, 24. O último ajuste havia ocorrido no dia 25 de abril, quando o produto subiu 6%. O preço do gás residencial (gás de cozinha) permanece inalterado, com ajuste trimestral previsto para agosto

Publicidade

Cielo (CIEL3)

A Cielo fechou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 431,2 milhões, uma queda de 33% ante os R$ 646,0 milhões de um ano antes.

A receita operacional da companhia, por sua vez, teve leve recuo de 4,4% em um ano, a R$ 2,799,3 entre abril e junho. O lucro operacional medido pelo Ebitda ficou em R$ 748,7 milhões no período, uma queda de 34,7% contra os R$ 1.147,2 bilhão do mesmo período de 2018.

Segundo a Cielo, o volume financeiro capturado aumentou 8,9% no segundo trimestre quando comparado ao mesmo período de 2018 e 4,9% frente ao início deste ano.

Continua depois da publicidade

“Este é o maior crescimento desde o terceiro trimestre de 2017, com destaque ao desempenho do varejo que voltou ao campo positivo”, disse a empresa.

Para o Bradesco BBI, houve uma recuperação considerável em volumes, mas “sem alívio” no lucro. “Consideramos que as pressões competitivas continuem”, destaca, reforçando a recomendação neutra para o papel. 

De acordo com o Itaú BBA, houve mais dados negativos do que positivos neste trimestre, com custos e despesas crescendo mais rapidamente que as receitas. “A compressão de preços continuou e mais do que compensou a melhoria nos volumes. As receitas de pré-pagamento também desapontaram, caindo novamente, de forma sequencial. As adições líquidas de clientes foram baixas, levantando questões sobre o sucesso da empresa com os pequenos comerciantes”, apontam os analistas. 

Publicidade

A XP Research destacou que a Cielo reportou um trimestre fraco mais uma vez impactada pela competição no setor e maiores gastos com pessoal. “Do lado positivo, os volumes transacionados mostraram resiliência e confirmaram que os esforços da empresa estão tendo efeito, mesmo que ao custo de margens bem menores”, avalia a equipe de análise, que mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 7,00 para CIEL3 devido ao potencial limitado de queda das ações.

Telefônica (VIVT4)

A Telefônica Brasil (Vivo) registrou um lucro líquido contábil de R$ 1,420 bilhões no segundo trimestre deste ano, representando uma queda de 55,2% na comparação anual. A empresa informou ainda um lucro líquido ajustado pelos efeitos não recorrentes registrados no segundo trimestre do ano passado, o que elevou o resultado líquido da companhia para uma alta de 26,4%.

O EBITDA Recorrente (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 3,791 bilhões, crescimento de 1,0% em relação ao mesmo período no ano anterior, com uma margem de 34,9%, alta de 0,2 ponto porcentual.

A receita operacional líquida apresentou uma expansão de 0,4%, para R$ 10,8 bilhões. A receita de telefonia móvel avançou 2,3% e a fixa recuou 3%.

Para o Itaú BBA, os resultados da Vivo ficaram em linha com as estimativas e os consensos, o que deverá resultar numa reação “neutra” nas cotações. Entre os pontos positivos, está o forte crescimento da receita de banda larga fixa (+ 12% ano contra ano) e a melhora na tendência de queda de receita pré-pago (-9% ano contra ano). De negativo, a desaceleração no crescimento da receita de serviços móveis (estável no ano) e contínuo declínio na receita de voz fixa (-17% ano contra ano).

Seja sócio das melhores empresas da Bolsa: abra uma conta na Clear com taxa ZERO para corretagem de ações

Weg (WEGE3)

A Weg registrou lucro liquido de R$ 389 milhões no segundo trimestre, uma alta de 15,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. O Ebitda somou R$ 537,2 milhões, expansão de 15,4%, com uma margem de 16,3% (+1,1 ponto porcentual)
A receita líquida somou R$ 3,286 bilhões, representando uma alta de 7,5%. A empresa pretende ainda pagar dividendos extraordinários de R$ 186,9 milhões em 14 de agosto. Estes valores representam 53,8% do lucro do primeiro semestre.

NeoEnergia (NEOE3)

A NeoEnergia reportou um lucro líquido atribuído aos acionistas controladores no segundo trimestre de R$ 519 milhões, representando uma alta de 32,4% sobre o mesmo período do ano passado. O Ebitda somou R$ 1,363 bilhão, alta de 19,6%.

A receita operacional líquida avançou 5,4%, para R$ 6,575 bilhões. Já o número de clientes avançou 1,75%, com alta de 5,4% no volume de energia injetada. A relação entre a dívida líquida e o Ebitda ficou em 3,41 vezes ante 3,49 vezes do final do ano passado.

Gerdau (GGBR4)

O Itaú BBA reduziu o preço-alvo para as ações da Gerdau de R$ 20 para R$ 19. Mesmo assim, a Gerdau continua sendo o top pick da América Latina no setor de siderurgia, dado o valuation atrativo (5,1 vezes a relação entre EV/EBITDA esperado para  2020), “apesar da falta de catalisadores claros no curto prazo”.

“Revisamos nosso modelo de modo a incorporar nossa visão atualizada sobre as operações da empresa”, destacou o Itaú BBA, acrescentando que foram reduzidas as projeções dado um crescimento de volume mais lento do que o esperado no Brasil em 2019.

A expectativa é de que as margens no Brasil possam se beneficiar de um aumento no volume doméstico, o que deve ocorrer em 2020.

JBS (JBSS3)

A JBS anunciou que, por meio da sua subsidiária JBS Investments II GmbH, realizou a emissão e precificação de Notas Sênior em um valor total de US$ 750 milhões, com taxa de 5,75% ao ano e vencimento em 2028.

Adicionalmente, a JBS USA, por meio de suas controladas JBS USA Lux, JBS USA Finance e JBS USA Food Company, realizou a emissão e precificação de Notas Sênior em um montante total de US$ 1,25 bilhão, com taxa de 5,50% e vencimento em 2030.

“As Notas serão garantidas pela JBS e são parte da sua estratégia de liability management. A Companhia optou por expandir os montantes iniciais de ambas as notas, devido a uma demanda combinada de mais de quatro vezes a oferta original”, informou a empresa, em fato relevante.

O restante dos recursos captados serão utilizados para pagamento de dívidas com vencimentos mais curtos, incluindo dívidas referentes ao Acordo de Normalização.

Sabesp (SBSP3)

A Sabesp informou sobre o início da emissão de R$ 400 milhões em debêntures. A primeira série terá uma remuneração de 3,20%, enquanto a segunda, de 3,37%. Os recursos serão utilizados para projetos de infraestrutura em saneamento básico.

Marfrig (MRFG3)

O Valor Econômico destaca que frigorífico Concepción, segundo maior do Paraguai, está à venda e a Marfrig estaria interessada. A pedida inicial, de US$ 230 milhões, porém, foi considerada elevada, mas inferior ao que foi pedido no passado pelo grupo paraguaio, US$ 300 milhões. O processo ainda está na fase inicial.

IRB (IRBR3)

A resseguradora IRB informou que, após a liquidação da oferta pública com esforços restritos de distribuição secundária de ações da BB Seguros e da União Federal foi cumprida a condição suspensiva para a rescisão do acordo de acionistas em definitivo. “Com isso, a Companhia teve sua condição alterada de companhia controlada pela BB Seguros Participações S.A., União Federal e pelos acionistas Itaú Seguros S.A., Bradesco Seguros S.A. e Fundo de Investimentos em Participações Caixa Barcelona para uma Companhia sem controlador (capital pulverizado)”, destaca.