Cury (CURY3) tem aumento de 20,6% de lucro líquido, a R$ 92,9 milhões; receita avança 33,6%

Resultados fortes do último trimestre seguiram a estratégia de concentrar esforços do primeiro semestre do ano, destacou o CEO ao InfoMoney

Augusto Diniz

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A Cury Construtora (CURY3) apresentou lucro líquido de R$ 92,9 milhões no segundo trimestre do ano (2T22), resultado 20,6% acima do apresentando no 2T21. Já a receita líquida no 2T22 foi de R$ 602,8 milhões, um avanço de 33,6% relação ao mesmo período do ano anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado no 2T22 subiu 24,8%, para R$ 113,8 milhões, em relação ao 2T21, com uma margem Ebitda ajustada de 18,9%, representado queda de 1,3 ponto porcentual na comparação anual.

Fábio Cury, CEO da companhia, disse ao InfoMoney que os resultados fortes do último trimestre seguem a estratégia de concentrar esforços do primeiro semestre do ano por conta das eleições em outubro.

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“Antecipamos ao máximo o número de lançamentos. Tivemos êxito nisso. Tanto que conseguimos atingir a marca de R$ 1,1 bilhão em lançamento no trimestre”, destacou o executivo.

No último trimestre, a Cury lançou sete empreendimentos – cinco em São Paulo e dois no Rio de Janeiro. O Valor Geral de Vendas (VGV) teve aumento de 53,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

O VGV somado do semestre chega a R$ 1,8 bilhão. “Quase 2/3 de nossa meta”, diz o CEO. “Essa foi nossa meta para fugir do período (eleitoral) que vai ser um pouco mais turbulento. A Cury se programou para fazer um primeiro semestre mais forte e o segundo um pouco mais conservador”, comentou.

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Cury vê pressão inflacionária

Ainda assim, Fábio Cury tem expectativa positiva com relação ao 3T22. Segundo o executivo, o tíquete médio tem sido “colchão” para pressão inflacionária. Pelos dados divulgados pela empresa, os novos empreendimentos tiveram uma alta no preço médio e chegaram aos R$ 297,7 mil no 2T22, avanço de 40,8% em relação ao 2T21.

Mas o CEO disse que a empresa ainda vive momento instável com relação aos preços de insumos. O executivo afirmou que a companhia acreditava numa estabilidade de preços no início do ano, mas o conflito Rússia-Ucrânia “embaralhou todo o jogo” do mercado.

“Nas commodities que são diretamente ligadas ao preço de construção houve um desarranjo total, principalmente do aço e do cimento, que são os principais insumos da construção. De fevereiro para cá houve mudança de preço significativo”, explicou.

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Segundo ele, este meio do ano indica alguma estabilização. “Alguns insumos com reduções, alguns com estabilidade. Ainda é cedo para falar que estamos com horizonte de estabilidade de preço”, menciona. A principal preocupação do executivo é que no segundo semestre ocorra um novo desarranjo mundial na cadeia produtiva por conta das incertezas.

“A gente aposta cada vez mais em produtos especiais, em lugares centrais (do Rio de Janeiro e São Paulo), onde a gente possa imputar preço para poder nos defender dessa inflação”, disse.

Animação no Casa Verde e Amarela

Fábio Cury considerou “excelentes” as alterações recentes da Caixa no Casa Verde e Amarela, notadamente nas faixas mais altas onde atuam, por conta do aumento da renda para participação no programa, da queda de juros de crédito, aumento do período de financiamento e compulsório de 8% do FGTS. “Essas medidas todas turbinam diretamente o crédito de nossos clientes”, enfatizou.

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Ainda sobre os dados do 2T22 da Cury Construtora, a geração de caixa alcançou R$ 79,9 milhões, montante 11,6% superior ao 2T21. As vendas líquidas chegaram aos R$ 897,5 milhões no 2T22, segundo a companhia, um recorde na sua história.

As unidades repassadas passaram de 2.819 no 2T21 para 3.085 no 2T22, aumento de 9,4% e crescimento de 24,6% na comparação com o trimestre anterior. A Cury Construtora encerrou o trimestre com um estoque de R$ 1,258 bilhão, com 98% direcionado às unidades lançadas ou em construção e 2% relativo às unidades concluídas.

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