ClearSale (CLSA3) reporta prejuízo de R$ 31,5 milhões no 1º trimestre de 2022

Já a receita líquida capturada subiu 7,6%, para R$ 105,4 milhões, contra os R$ 98,0 milhões de um ano atrás.

Fernando Lopes

ClearSale (Foto: Divulgação)

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A ClearSale (CLSA3) divulgou balanço do primeiro trimestre de 2022 (1T22) nesta segunda-feira (16) com prejuízo líquido ajustado de R$ 31,5 milhões, o que representa um grande aumento, saindo de R$ 100 mil no 1T21.

O ajuste é feito subtraindo as despesas não-recorrentes com o IPO, programa de incentivo de longo prazo, ajustes de receita (referem-se ao negócio de e-commerce Brasil e refletem descontos concedidos e chargeback reconhecidos acima do patamar médio observado em 2020), ajuste de duplicidade de cloud, assim como os efeitos da controlada vendida no 1T21, explica a ClearSale.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado da controladora saiu de R$ 18,5 milhões positivos no primeiro trimestre de 2021 e passou a negativo de R$ 39,3 milhões no 1T22. A margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada da controladora recuou 53,5 pontos percentuais, para menos 32,2%.

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O resultado é explicado por um nível histórico de fraude mais alto; pelos investimentos feitos em readequação da mão de obra operacional e reforço do time de TI & Analytics, que impactaram os custos de serviços prestados; e por uma expansão dos times Comercial, Administrativo, além das despesas não recorrentes com o plano de incentivo de longo prazo que impactaram as despesas gerais e administrativas.

A receita líquida capturada subiu 7,6%, para R$ 105,4 milhões, contra os R$ 98,0 milhões de um ano atrás.

Há uma linha chamada receita líquida potencial, que cresceu 13,4%, para R$ 111,7 milhões, que considera “ajustes de receita referentes ao negócio de e-commerce Brasil e refletem descontos concedidos e chargeback reconhecidos de R$ 6,3 milhões, acima do patamar médio observado em 2020”.

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“Isso decorre em função de um processo de digitalização acelerada da sociedade, novos tipos de fraude, bem como vazamentos de dados recentes”, explica.

A empresa tenta resumir o quadro do 1T22: “após um ano recorde em 2021, com aumento de clientes, ARR (Annual Recurring Revenue ou Receita Recorrente Anual) vendas novas e churn baixo, além de um crescimento de receita acima de 30%, contra com uma base comparável forte, entramos em 2022 ainda com sólidos indicadores de negócio: crescimento da base de clientes de 38% no ano, churn anualizado de 0,7% e retomada do crescimento do ARR venda nova no trimestre, alavancado pelo ARR venda nova do Onboarding que cresceu 107% contra o trimestre anterior”.

Apesar disso, Bernardo Lustosa, CEO da empresa, pondera as dificuldades enfrentadas pelo cenário macroeconômico, que incluem o forte desemprego, a inflação e a pandemia: “enfim, tivemos um trimestre com ótimos indicadores de negócio, mas com dificuldades no cenário macroeconômico”.

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Segundo a ClearSale, a performance do ARR de vendas novas reflete não apenas a maior tendência de digitalização e preocupação com a segurança do mercado, como também a confiança e o grande potencial de exploração de cross-sell e up-sell da base de clientes, além da inserção de novos clientes no ano, que foi possível devido à aceleração da contratação comercial aliada à metodologia e treinamento para os times de vendas e soluções.

A quantidade de clientes subiu 37,9% no trimestre, para 6.192 (ante os 4.489 do 1T21).

Os custos operacionais recorrentes cresceram 67% no 1T22, em relação ao 1T21, para R$ 91,6 milhões.

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