“Seguro calote” do Brasil dispara após corte de rating; DI longo sobe até 50 pontos

Mercado reage rapidamente à notícia de rebaixamento do rating brasileiro pela agência de classificação Fitch

Thiago Salomão

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SÃO PAULO – Além das imediatas reações negativa do Ibovespa e positiva do dólar, outros mercados também reagem ao rebaixamento da nota do Brasil anunciado agora há pouco pela Fitch Ratings. A agência rebaixou a nota de BBB- para BB+, colocando o País em grau especulativo (ou “junk”). A perspectiva da nota é negativa, o que abre espaço para ainda mais cortes.

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Os contratos futuros de DI com vencimentos mais longos chegaram a subir quase 50 pontos-base, mostrando uma “inclinação” para cima nas apostas de alta de juros no País para os próximos anos. O “DI1F21”, com vencimento em janeiro de 2021, saltou de 16,13% para até 16,60% na sua máxima do dia, mas às 13h44 (horário de Brasília) operava em 16,40%. Os contratos mais curtos subiam entre 15 e 25 p.b.

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Já o CDS (Credit Default Swaps) brasileiro, que funciona como um “seguro calote” das dívidas de um emissor, disparou 14,9 pontos após a notícia, chegando a 471,5 pontos, segundo informações da Bloomberg. O CDS é um seguro contra a inadimplência: de um lado, o investidor compra proteção para sua carteira de crédito; do outro lado, uma seguradora de títulos vende essa proteção. Assim, o risco de default é transferido do credor para o vendedor do CDS.

Mais cedo, o mercado de juros futuros e de dólar também apresentava forte alta com as notícias de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está ainda mais próximo de sair do governo, após a presidente Dilma Rousseff enviar ao Congresso uma proposta de Orçamento que prevê um superávit primário de 0% a 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto), abaixo do 0,7% pedido por Levy.

Thiago Salomão

Idealizador e apresentador do canal Stock Pickers