Rendimento dos Treasuries dispara 8% com perspectivas de aumento de juros pelo Fed

Desde o início de maio, yields dos Treasuries de 10 anos já subiram 64,46%, em meio às perspectivas de que a autoridade monetária volte a subir juros

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após a divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos, às 9h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira (5), a taxa de juros dos títulos norte-americanos de dez anos passou a registrar forte alta.

Os títulos de dez anos do Tesouro, principal referencial de juros a longo prazo no País, passou de 2,52% no fechamento anterior, para o patamar máximo de 2,73%, com fortes ganhos de 0,21 ponto percentual ou 8,33%. E esta alta vem se mantendo durante todo o dia. 

Estes fortes ganhos ocorrem em meio às sinalizações de que o Federal Reserve deva elevar as taxas básicas de juro do país, o que aumentaria o rendimento dos títulos do governo norte-americano, considerados os mais seguros do mundo e assim reduzindo os seus preços, o que tornaria o investimento nos chamados “Treasuries” mais atrativos. 

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Atualmente, o juro básico dos EUA encontra-se em uma banda entre 0% e 0,25% ao ano. Com a perspectiva de aumento da taxa de juro, a atratividade da bolsa acaba diminuindo.

Alta nos juros desde maio 
Vale lembrar que, desde o discurso de Ben Bernanke no último dia 19, em que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sinalizou maior otimismo com a economia e de que poderia elevar a taxa de juro já no final do ano, o rendimento dos títulos passaram de 2,20% para 2,73%, uma alta de 0,53 ponto percentual, ou 24%. Desde o início de maio, a taxa dos títulos eram de 1,66%, o que representa uma alta de 1,07 ponto percentual, ou 64,46%. 

Entretanto, vale ressaltar as declarações dos líderes regionais do Federal Reserve, sendo que alguns destacando que a autoridade monetária deveria reduzir os estímulos à economia, enquanto outros acreditavam que o mercado vinha em uma reação exagerada ao discurso de Bernanke.

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O diretor do Fed, Jerome Powell, por exemplo, afirmou no final de junho que os ajustes do mercado de títulos desde maio foi maior do que seria justificado por qualquer reavaliação favorável do curso da política. Para tanto, isso implicaria em um desempenho econômico mais forte do que o esperado tanto pelo Fomc (Federal Open Market Committee). Contudo, com as melhoras perspectivas econômicas, ganha forças a posição de que a autoridade monetária deverá reduzir os estímulos já em setembro

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.