Relatório de emprego nos EUA, falas do Fed, intervenção no câmbio no Brasil e mais

Banco Central vai intervir no câmbio pela primeira vez em mais de um ano nesta terça-feira

Felipe Moreira

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Os índices futuros dos Estado Unidos operam em baixa nesta terça-feira (02), com investidores à espera da pesquisa sobre vagas de emprego e rotatividade de trabalho (Jolts) de fevereiro, que será divulgada às 11h (horário de Brasília). Além dos dados do mercado de trabalho, vários membros do Federal Reserve (Fed) estão previstos para discursar na sessão de hoje.

Na agenda doméstica, saem os dados de inflação ao produtor de fevereiro, estatísticas do mercado de crédito e o Boletim Focus semanal. Já o Banco Central vai intervir no câmbio pela primeira vez em mais de um ano, com um leilão adicional de swap cambial equivalente a US$ 1 bilhão. Enquanto isso, o presidente Lula participa de eventos no Rio de Janeiro.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Na véspera, o Dow Jones caiu quase 241 pontos, ou 0,6%, enquanto o S&P 500
caiu 0,2%. O Nasdaq Composite de alta tecnologia contrariou a tendência ao terminar 0,1% mais alto.

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As medidas ocorreram depois que dados do setor industrial superaram as expectativas dos economistas, lançando dúvidas sobre a urgência de um corte nas taxas por parte da Fed. Os dados futuros dos fundos do Fed sugerem agora uma probabilidade de 58% de que o banco central reduza as taxas na sua reunião de junho, de acordo com a ferramenta CME FedWatch.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Dow Jones Futuro: -0,28%

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S&P 500 Futuro: -0,09%

Nasdaq Futuro: -0,11%

Ásia

Os mercados da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única, com ganhos liderados por Hong Kong em meio ao entusiasmo com a estreia da Xiaomi no mercado de veículos elétricos.

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Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei teve alta marginal de 0,09% em Tóquio, a 39.838,91 pontos, e o sul-coreano Kospi subiu 0,19% em Seul, a 2.753,16 pontos, com ambos os índices sustentados por ações ligadas a chips, enquanto o Taiex registrou ganho de 1,21% em Taiwan, a 20.466,57 pontos. Por outro lado, os mercados da China continental ficaram no vermelho, interrompendo uma sequência de três pregões positivos.

Shanghai SE (China), -0,08%

Nikkei (Japão): +0,09%

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Hang Seng Index (Hong Kong): +2,36%

Kospi (Coreia do Sul): +0,19%

ASX 200 (Austrália): -0,11%

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Europa

Os mercados europeus operam majoritariamente em alta, com os principais mercados voltando à ação após o fim de semana de Páscoa. Os investidores irão digerir novos dados sobre a indústria da zona euro, a inflação da Alemanha e os preços das casas no Reino Unido.

O índice de gerentes de compra (PMI) do setor industrial da zona do euro do HCOB caiu para 46,1 em março, ante 46,5 em fevereiro. Já os preços das casas no Reino Unido aumentaram 1,6% em março em relação ao ano anterior, marcando o aumento mais rápido desde dezembro de 2022.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,35%

DAX (Alemanha): +0,04%

CAC 40 (França): +0,22%

FTSE MIB (Itália): +0,19%

STOXX 600: +0,22%

Commodities

Os preços do petróleo sobem nesta terça-feira, com base em dados industriais otimistas e escalada das tensões no Oriente Médio. As cotações do minério de ferro na China também fecharam no campo positivo.

Petróleo WTI, +1,77%, a US$ 85,19 o barril

Petróleo Brent, +1,62%, a US$ 88,85 o barril

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 3,09%, a 768 iuanes, o equivalente a US$ 106,14

Bitcoin

2. Agenda

A agenda desta terça-feira traz o relatório Jolts de fevereiro nos Estados Unidos e inflação ao produtor no Brasil.

Brasil

8h25: Boletim Focus

8h30: Estatísticas de crédito fevereiro

9h: Preços ao produtor fevereiro

11h: Presidente Lula participa de cerimônia de inauguração do IMPA Tech e início das aulas da 1ª turma de Bacharelado em Matemática da Tecnologia e Inovação

15h: Lula participa de cerimônia de anúncio de início das obras de dragagem do Canal de São Lourenço, em Niterói

EUA

11h: Relatório Jolts fevereiro

11h10: Discurso de Michelle Bowman

11h: Encomendas à indústria fevereiro

13h: Discurso de John Williams

13h05: Discurso de Loretta Master

14h30: Discurso de Mary Daly

3. Noticiário econômico

Pacheco derruba reoneração de municípios

O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prorrogou por mais 60 dias parte da medida provisória (MP) 1202 que trata de benefícios fiscais e desoneração previdenciária. Pacheco retirou trechos que tratavam da reoneração da alíquota previdenciária para municípios com até 140 mil habitantes. O senador já havia se comprometido com prefeitos com o fim da reoneração.

BC vai intervir no câmbio pela 1ª vez em mais de um ano

O Banco Central vai intervir no câmbio pela primeira vez em mais de um ano nesta terça-feira (2), com um leilão adicional de swap cambial de até 20 mil contratos, o equivalente a US$ 1 bilhão. No ano passado, o BC não colocou dinheiro novo no mercado, apenas promoveu a rolagem de linhas e do estoque de swaps cambiais.

4. Noticiário político

STF tem maioria de votos contra “poder moderador” das Forças Armadas

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou na última segunda-feira (1º) maioria de 6 votos a 0 contra a interpretação de que as Forças Armadas podem exercer “poder moderador” no país. O Supremo julga uma ação protocolada em 2020 pelo PDT para impedir que o Artigo 142 da Constituição seja utilizado para justificar o uso das Forças Armadas para interferir no funcionamento das instituições democráticas.

Relator no TRE vota contra a cassação de Sérgio Moro

O desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, votou contra a cassação do senador Sergio Moro (União-PR). Após o voto do relator, a sessão foi suspensa e será retomada na próxima quarta-feira (3). Faltam os votos de seis juízes.

5. Radar Corporativo

Enauta (ENAT3) e 3R Petroleum (RRRP3)

A companhia petrolífera Enauta (ENAT3) propôs fusão à 3R Petroleum (RRRP3). Em carta anexada ao comunicado, a Enauta descreve a proposta, pela qual haveria troca de ações, na qual a Enauta ficaria com 47% da empresa combinada e os acionistas da 3R ficariam com 53%.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)