Reestruturação em Dubai não evita nova queda dos mercados na região

Ações de Abu Dhabi e Dubai despencaram 6% neste pregão, não conseguindo afastar os temores sobre a moratória

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SÃO PAULO – Parece que as medidas anunciadas em Dubai na segunda-feira (30) não tiveram muito efeito positivo nos mercados. Nesta terça-feira (1), as ações de Abu Dhabi e Dubai despencaram 6%, o segundo dia de operações após a notícia de moratória.

No fechamento de segunda-feira, o mercado de Abu Dhabi despencou 8,3%, a pior queda de sua história, Dubai também bateu recorde negativo em um ano, marcando queda de 7,3%.

Reabrindo após cinco dias de feriado, a bolsa de Qatar também reportou fortes perdas nesta terça-feira (1), ao cair 9%. O mercado de Kuwait acompanhou o movimento e desacelerou 2,55%.

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Grande parte do pessimismo advém do anúncio do líder das Finanças do país de que o governo não vai garantir as dívidas da empresa e sua subsidiária Nakheel.

Planos

Para conter o alvoroço mundial em torno da notícia de que o Dubai World não conseguiria pagar suas dívidas de US$ 59 bilhões, a empresa anunciou um plano de reestruturação junto à bancos no valor de US$ 26 bilhões.

O primeiro passo foi anunciar que não vai conseguir pagar seus credores no prazo estimado e pediram adiamento dos pagamentos. A reestruturação veio como segundo passo para acalmar os mercados.

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Apesar de a medida parecer insuficiente para conter todo o problema, analistas atentam que pelo menos é um primeiro passo. Para eles, isso mostra que a companhia está comprometida com a questão e busca sair da situação.

Em declaração, a Dubai World comenta que também analisa alternativas de opção para desalavancar-se, incluindo venda de ativos, pedidos de financiamentos e formular propostas de reestruturação para credores financeiros.