Redenção na Bolsa? O que explica forte alta do Ibovespa após 6 dias seguidos de baixa

Alta das commodities, entrada do investidor estrangeiro e fala de Campos Neto estão entre os fatores para ânimo

Estadão Conteúdo

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Depois de cair 6,2% desde o pico mais recente, cerca de um mês atrás, e de recuar por seis pregões consecutivos, o Ibovespa encontrou forças para subir nesta quinta-feira, 6, apoiado na recuperação dos preços das commodities – que colabora para a valorização de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) – e das ações de grandes bancos.

O analista de renda variável da InvestSmart XP, Alexandre Carvalho, aponta que a retomada do Ibovespa hoje reflete também os movimentos de entrada de investimento estrangeiro, que costuma ser voltado a ações mais líquidas. “O estrangeiro acaba investindo em ações muito líquidas”, afirmou.

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Por volta das 12h15, o índice subia 1,10%, a 122.746 pontos, na máxima do dia, e os papéis que mais ajudavam no avanço eram blue chips. A maior contribuição era da Petrobras (PETR4; +0,12 ponto porcentual), seguida por Itaú Unibanco (ITUB4;+0,09 pp), B3 (B3SA3; +0,06 pp), Bradesco (BBDC4;+0,05 pp) e Vale (VALE3;+0,04 pp).

Carvalho ressalta que os comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também ajudaram a manter o Ibovespa no azul. O discurso reforçou que a instituição está atenta às expectativas de inflação e monitorando os efeitos das enchentes do Rio Grande do Sul sobre os preços e o desempenho da economia.

A decisão do Banco Central Europeu de reduzir os juros da zona do euro em 0,25 ponto porcentual, amplamente esperada pelo mercado, é outro fator positivo, porém mais difuso, para a Bolsa brasileira.

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Segundo Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, juros menores em economias desenvolvidas podem aumentar o fluxo de capital direcionado a países emergentes.