Radar: comece o pregão sabendo as novidades do cenário corporativo

Em dia positivo nos mercados externos, OGX ocupa o foco ao propor desdobramento de ações; VCP e Aracruz vendem Guaíba

Giulia Santos Camillo

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SÃO PAULO – Apoiados na expectativa de uma temporada de resultados positiva, os mercados acionários externos operam em alta nesta quinta-feira (8). O cenário é favorável também à abertura doméstica e o Ibovespa futuro subia 1,46% há pouco.

Além das referências externas, que contam com dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos e manutenção das políticas monetárias do BoE (Bank of England) e do BCE (Banco Central Europeu), os investidores também devem ficar atentos à agenda econômica brasileira.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta manhã os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, que marcou alta de 0,24% nos preços, em linha com o esperado. O instituto também anunciou a Pesquisa Industrial de Emprego e Salário, mostrando alta de 0,3% no emprego industrial em agosto.

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Petróleo
Da esfera corporativa, também surgem notícias importantes. A começar pela OGX Petróleo (OGXP3), que fez o que muitos esperavam desde seu IPO (Initial Public Offering): propôs desdobramento de suas ações. A empresa quer desdobrar os papéis na proporção de 100 ações ordinárias para uma, já que o compromisso de não realizar tal operação termina em 20 de dezembro deste ano.

Vale lembrar que este é um dos drivers de curto prazo listados pelos analistas, junto com as descobertas recentemente anunciadas pela empresa. De acordo com a Bradesco Corretora, a operação deve aumentar a liquidez dos papéis da OGX e causar um impacto positivo sobre seu preço.

Papel e Celulose
Dentre as large caps que chamam a atenção nesta manhã estão a VCP (VCPA3) e a Aracruz (ARCZ6), que anunciaram a venda de ativos da unidade de Guaíba para a chilena CMPC.

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O valor da operação é de US$ 1,430 bilhão, a ser pago em duas parcelas. A primeira, de US$ 1,0 bilhão, na conclusão da negociação, prevista para 15 de dezembro; a segunda, de US$ 430 milhões, no prazo de 45 dias contado da data do pagamento da primeira parcela, corrigida a taxa de 7,5% ao ano.

Aquisições de ativos
Outra empresa que merece ser ressaltada é a Hypermarcas (HYPE3), que deu continuidade à sua estratégia agressiva de aquisições e anunciou a compra das marcas Jontex e INAL – proprietária da Olla e da Lovetex – marcando a entrada da companhia no mercado nacional de preservativos.

Nesse mesmo sentido, o Sistema Educacional Brasileiro (SEBB11) também mantém sua estratégia de aquisições, tendo comprado o Colégio Monet, localizado na região metropolitana de Salvador, BA, pelo valor de R$ 1,247 milhão.

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Telecomunicações
Por falar em aquisições, os investidores devem ficar atentos à decisão da Telesp (TLPP4) de lançar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) voluntária das ações da GVT (GVTT3), pelo preço unitário de R$ 48,00.

O setor de telecomunicações também é agitado pelos rumores de que o governo pretende utilizar a Telebrás (TELB3, TELB4) em seu plano de expansão da banda larga. Para o Credit Suisse, apesar do sentimento de otimismo em torno da companhia, o restante das empresas do setor de telecomunicações deverá sofrer impactos negativos com esse programa.

Temporada de resultados
Dando início à temporada de resultados do terceiro trimestre, a Localiza (RENT3) reportou um lucro líquido de R$ 20,6 milhões, o que representa uma queda de 58,9% frente ao mesmo período do ano anterior.

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Recompra de ações
Por fim, a SulAmerica (SULA11) aprovou um programa de recompra de até 1.046.872 units, para manutenção em tesouraria e posterior utilização no plano geral de opção de compra de ações próprias. O prazo do programa termina em 7 de outubro de 2010.