Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta terça-feira

Ibovespa segue pessimismo nos mercados e quase perde os 50 mil pontos; blue chips e setor elétrico em evidência

Equipe InfoMoney

Publicidade

SÃO PAULO – As incertezas em torno da recuperação da economia global às vésperas do início da temporada de resultados trimestrais ilustram mais uma sessão negativa dos mercados nesta terça-feira (7). Neste cenário, o Ibovespa mantém o movimento da sessão anterior e cai 1,20%, o que compromete o patamar de 50 mil pontos.

Além da esfera internacional e de notícias econômicas internas, o ambiente também é composto pelo noticiário envolvendo as empresas brasileiras. O destaque fica com o setor elétrico, além de novidades sobre as principais blue chips do País.

A Petrobras (PETR4), por exemplo, informou por meio de comunicado a suspensão dos testes na bacia de Tupi para trocar parte de um equipamento, operação que deverá durar entre três e quatro meses.

Continua depois da publicidade

Em adição, a estatal assinou um Memorando de Entendimento com as siderúrgicas Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3) para estudar a possibilidade de realizarem, em conjunto, um projeto de desenvolvimento de instalações portuárias na Baia de Sepetiba, no estado do Rio de Janeiro.

A despeito das informações, as ações preferenciais da petrolífera reagem ao mau humor nos mercados com queda de 1,10% no pregão. O mesmo vale para os papéis das siderúrgicas, que caem 1,70% e 1,07%, respectivamente.

Vale

A Vale (VALE5) também entra em foco após o anúncio de que pretende ofertar duas séries de notas com vencimento em 2012 (Série VALE-2012 e Série VALE.P-2012) no mercado internacional para levantar recursos, através de sua subsidiária integral Vale Capital II.

Continua depois da publicidade

Com a chegada do segundo semestre, os investidores também devem observar as revisões de projeções para as empresas. No caso da mineradora brasileira, o banco UBS Pactual cortou as estimativas para a produção de minério de ferro em 2009, passando de 267 milhões de toneladas para 240 milhões de toneladas.

“A visão negativa parece ser um consenso geral e nós esperamos novas quedas nas ações da companhia até a divulgação do resultado do segundo trimestre do ano – para o qual nós projetamos um fraco desempenho -, mas nós vemos o mercado de minério de ferro ganhando força após esse período”, avaliou o banco. Em resposta, os ativos preferenciais classe A da empresa têm forte baixa de 2,65% na sessão.

Ofertas de ações

Na sequência, aos investidores interessados na oferta secundária de ações da Light (LIGT3), que têm alta de 1,45%, atenção ao calendário: começou nesta terça-feira o prazo para reservar papéis da empresa. O último dia do período de reservas será na próxima sexta-feira (10).

Continua depois da publicidade

Já a Lopes (LPSB3) comunicou que a Equity Engenharia e a São Francisco Participações, intermediadas pelo UBS Pactual, aprovaram a elevação do preço por ação em sua OPA (Oferta Pública de Aquisição de Ações). Assim, cada ativo passará a custar R$ 9,20, frente ao preço antigo de R$ 7,10. Os papéis em questão têm forte queda de 5,10% nesta tarde.

Ratings

O noticiário também dá destaque às ações das agências de classificação de risco. Além de colocar o rating soberano do Brasil em revisão, a Moody’s também está revisando a nota Baa3 em moeda estrangeira da Ambev (AMBV4), visando uma possível elevação. As ações da empresa, no entanto, caem 0,30%.

A Standard & Poor´s, por sua vez, reafirmou o rating de 10 empresas do setor elétrico e elevou a classificação da AES Sul (AESL3) de “brA-” para “brA”, com perspectiva estável. Além disso, a agência de classificação de risco também elevou a perspectiva de nove empresas do segmento.

Continua depois da publicidade

Outros destaques

Completando o noticiário, a Cemig (CMIG4), cujos papéis têm leve baixa de 0,42%, entra em foco após a divulgação do resultado do seu programa de desligamento voluntário, implementado em abril deste ano, ao qual aderiram 979 empregados. Os custos estimados da operação totalizam R$ 175 milhões e serão contabilizados no resultado do segundo trimestre.

Por fim, a JBS (JBSS3) anunciou a incorporação de cinco unidades de abate e desossa, que vão ampliar sua capacidade de abatimento em 5,15 mil animais por dia. As ações do frigorífico, no entanto, caem 1,95% na sessão.