Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta segunda-feira

OGX Petróleo destaca-se na ponta negativa, enquanto Banco PanAmericano vê suas ações dispararem com rumores de venda

Giulia Santos Camillo

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SÃO PAULO – Às vésperas do feriado do aniversário de São Paulo, o Ibovespa opera bastante instável, chegando a perder o patamar dos 69 mil pontos, mas recuperando-se no início da tarde. A agenda internacional desta segunda-feira (24) ajuda a imprimir cautela no mercado, com poucos indicadores econômicos e resultados corporativos de peso.

Entre os dados divulgados nesta manhã no Brasil, o destaque fica com a inflação. Depois do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) atingir a maior alta desde a primeira semana de fevereiro de 2010, fechando a terceira prévia de janeiro com variação de 1,18%, o relatório Focus indicou a primeira elevação da expectativa de inflação para 2012 após 121 semanas de estabilidade. A variação prevista para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no ano que vem é de 4,54%.

Na Europa e nos Estados Unidos, o foco volta-se para os resultados corporativos. Nesse sentido, o McDonald’s decepcionou os analistas ao divulgar um lucro por ação de US$ 1,11 no quarto trimestre de 2010, frente às expectativas de US$ 1,16. Da mesma forma, a Philips anunciou ganhos líquidos de € 463 milhões, abaixo dos € 500 milhões esperados.

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Pontas positiva e negativa
No Brasil, a cena corporativa traz novamente o Banco PanAmericano (BPNM4) aos holofotes. Com a notícia da Folha de S.Paulo de que o Bradesco e o Citibank teriam manifestado o interesse em realizar a compra da instituição, as ações  BPNM4 sobem 5,52% nesta tarde.

Por outro lado, a OGX Petróleo (OGXP3) destaca-se na ponta negativa, com uma queda de 4,10%. A empresa opera pressionada pela expectativa por um novo relatório da D&M sobre suas reservas, com boatos de que os dados seriam piores do que o esperado. Mais cedo, a petrolífera divulgou ter descoberto vestígios de hidrocarbonetos no poço OGX-28D, na Bacia de Campos.

Vale
Sem ocupar posição de destaque dentre as variações do dia, a Vale (VALE3, VALE5) emitiu uma nota ao mercado na última sexta-feira para rechaçar os rumores de uma possível aquisição da Mosaic, empresa de fertilizantes norte-americana. “(…) são totalmente infundados os rumores de que teria feito uma proposta de compra por empresa produtora de fertilizantes ou de que estaria em negociações com o objetivo de fazer uma proposta de compra. A Vale continua com foco estratégico em múltiplas oportunidades de crescimento orgânico”, informou a companhia.

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Ademais, a empresa anunciou a data de divulgação de seus resultados do quarto trimestres: 25 de fevereiro, depois do fechamento dos mercados. Nesta tarde, as ações ordinárias da mineradora sobem 0,93% e as preferenciais classe A 0,67%.

JBS
Já a JBS (JBSS3) entra em foco devido às notícias norte-americanas. A Sara Lee decidirá qual será seu próximo passo nesta semana, possuindo duas propostas de venda, uma da empresa brasileira e outra do grupo de private equity Apollo Global Management, informou o The Wall Street Journal. A companhia estaria disposta a concretizar a transação em uma proposta de US$ 20 por ação, o que levaria o valor de mercado da empresa à aproximadamente US$ 12 bilhões.

Sem grandes alterações, as ações da JBS movem-se em linha com o benchmark, registrando alta de 0,14%.

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BR Properties
Outra empresa que visa a expansão aparece como destaque nesta tarde. De modo a otimizar a estrutura do capital e possibilitar a expansão da atuação no segmento corporativo do ramo imobiliário, a BR Properties (BRPR3) informou que cedeu os créditos imobiliários do seu Fundo de Investimento Imobiliário comercial Progressivo II à Brazilian Securities, em uma operação de R$ 235,52 milhões, corrigidos por uma taxa de 10,30% ao ano. As ações da empresa respondem com alta de 0,88%.

Cemig
Enquanto isso, os papéis da Cemig (CMIG4) avançam 1,46% após a empresa comunicar o acordo de trabalho com os sindicatos. Será fornecido reajuste de 6,50% a 7,55% dos salários, além da distribuição da participação nos lucros do exercício de 2010, valor que deverá atingir cerca de R$ 260 milhões, ao passo que o montante previsto para o último trimestre do ano será de R$ 190 milhões.

Daycoval
O Banco Daycoval (DAYC4) aprovou por unanimidade a renovação dos contratos de troca de resultados de fluxos financeiros futuros com o Credit Suisse, informou na última sexta-feira, nas mesmas condições originais, sendo que este terá validade de 365 dias. “Esta operação mantém o percentual de ações do banco em circulação existente e não acarreta desembolso imediato de caixa”, informou o Daycoval.

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Ademais, a instituição divulgou os resultados de sua colocação de eurobônus, resultando na captação de US$ 300 milhões. As ações do banco sobem 0,82%.

Tereos Internacional
Por fim, também no campo positivo, os papéis da Tereos Internacional (TERI3) reagem com alta de 1,16% à troca de presidentes. Na noite de sexta-feira foi anunciado que os membros do conselho de administração da empresa aceitaram a revogação de André Trucy como diretor-presidente, ao passo que o francês Alexis François Eric Duval foi indicado ao cargo, o qual deverá assumir tão logo obtenha o visto de residência no País