Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta segunda-feira

Refletindo falta de acordo em reunião do G-20, Ibovespa cai; imobiliárias recuam e Marfrig lidera ganhos após criação de unidade

Nara Faria

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SÃO PAULO – Refletindo a ausência de um acordo durante reunião do G-20, quando era esperado o aumento de recursos para o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Ibovespa segue nesta segunda-feira (27) no campo negativo. O índice acumulava queda de 0,89% por volta da 13h15 (horário de Brasília).   

O mercado acompanha ainda a notícia de que o governo da Alemanha vendeu € 2,545 bilhões de uma oferta total de até € 3 bilhões em notas do Tesouro de 12 meses. Ainda na Alemanha, os parlamentares os investidores votam a liberação do segundo pacote de resgate à Grécia.

Imobiliárias no vermelho
No setor corporativo, as ações ligadas ao setor imobiliário lideram as perdas no Ibovespa, com os ativos da Rossi (RSID3) registrando queda de 3,42%, sendo negociadas a R$ 10,15. Na sequência negativa aparecem também os papéis da PDG (PDGR3, R$ 7,23, -3,08%), Brookfield (BISA3, R$ 6,45, -3,01%) e MRV (MRVE3, R$ 13,55, -2,59%)

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Entre as blue chips, ou seja, companhias com grande volume de negociações no principal benchmark brasileiro, o Banco do Brasil (BBSA3, r$ 26,92, -1,57%), a Vale (VALE3, R$ 43,55, -1,22%VALE5, R$ 42,40, -1,33%) e a OGX (OGXP3, R$ 17,85, -1,82%) operam com quedas superiores a 1%, contribuindo para a pressão negativa sobre o índice. 

Marfrig cria nova unidade operacional
No sentido oposto ao mercado, as ações da Marfrig (MRFG3) lideram a ponta positiva no mesmo índice, registrando valorização de 3,25%, negociadas a R$ 9,53. A companhia anunciou nesta segunda-feira a criação de sua nova unidade operacional, a Seara Foods, e a realizaçao de ajustes estruturais na holding do Grupo e na Marfrig Beef, cuja criação já havia sido anunciada ao mercado em outubro de 2011.  

Fras-le e Porto Seguro divulgam balanços
A Fras-le (FRAS3, R$ 13,10, 0,00%) divulgou os resultados referentes ao quarto trimestre de 2001, no qual reportou lucro líquido consolidado de R$ 9,3 milhões, valor 19,5% menor que o apresentado no mesmo período de 2010. Já a receita líquida consolidada atingiu R$ 137,1 milhões, 3,2% superior a registrada no quartro trimestre de 2010. O Ebitda (geração operacional de caixa) foi de R$ 15 milhões, 5,6% inferior ao dos três últimos meses de 2010.

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Já a Porto Seguro (PSSA3, R$ 21,25, -3,63%) divulgou o balanço do exercício de 2011, quando obteve um lucro líquido de R$ 580,1 milhões, o que representa queda de 7% em relação a 2010. 

CPFL paga R$ 1 bilhão por parques eólicos
No setor de energia, a CPFL (CPFE3, R$ 27,30, -0,66%) assinou um contrato para comprar a BVP, uma sociedade que detém a Bons Ventos Geradora de Energia, pelo montante de R$ 1,06 bilhão. O valor equivale a R$ 600 milhões pagos aos vendedores e mais R$ 462 milhões em dívida líquida da companhia, focada em exploração de parques eólicos. Segundo comunicado, tal operação agregará 157,5 MW à capacidade instalada da CPFL. 

Além disso, a CPFL Energia (CPFE3, R$ 27,31, -0,62%) e a CPFL Energias Renováveis firmaram um contrato de compra e venda da totalidade do capital social da BVP, empresa que detém 100% das ações da sociedade Bons Ventos Geradora de Energia. O preço total da operação é de R$ 1,06 bilhão, sendo que R$ 600 milhões serão pagos aos vendedores e R$ 462 milhões são referentes à dívida líquida da empresa. 

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AES tem resultado impactado por provisão da Eletropaulo
No mesmo setor, a AES Corporation, controladora indireta da AES Eletropaulo (ELPL4, R$ 37,35, -1,48%), comunicou que seus resultados financeiros referentes ao ano de 2011 foram impactados por uma provisão referente à AES Eletropaulo no valor de US$ 190 milhões, o que equivale a R$ 356,8 milhões. 

De acordo com comunicado enviado à CVM (Comissão de valores Mobiliários), a provisão reflete a melhor expectativa quanto aos possíveis impactos da postergação pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) da data de aplicação do terceiro ciclo de revisão tarifária para a AES Eletropaulo.

AES negocia venda de subsidiária eólica nos EUA
Além disso, a empresa chinesa State Grid estaria negociando com a subsidiária de energia eólica da AES Corp., nos EUA, a compra das operações de energia eólica da empresa naquele país, segundo fontes informaram à Reuters. No Brasil, a companhia controla a AES Elpa (AELP3, R$ 41,00, -0,70%), AES Sul, AES Tietê (GETI4, R$ 25,31, -0,32%), AES Uruguaiana e AES InfoEnergy. 

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Todavia ainda não estaria claro se a State Grid pagaria para operar os ativos ou se faria a restruturação da empresa para a venda. Com base em estimativas dos analistas, os ativos podem valer cerca de US$ 1,65 bilhão.

Reorganização do Grupo Oi está próxima
Com a recusa da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ao pedido dos acionistas minoritários de postergar a assembleia que vai definir a reestruturação societária do Grupo Oi (TNLP3, R$ 21,70, -0,23%, TNLP4, R$ 19,93, +1,53%, TMAR5, R$ 41,94, -0,55%,  BRTO4, R$ 11,14, +1,55%), bem como negar que o controlador seja impedido de votar na reunião, a unificação das empresas está cada vez mais próxima. As administrações de Telemar Norte Leste, Telemar, Brasil Telecom e Coari Participações detêm o maior número de ações da tele, o que faz com que a reorganização seja quase certamente aprovada nesta data. 

Hopi Hari está prestando assistência à família de vítima
Já o parque de diversões Hopi Hari (PQTM4, R$ 2,08, 0,00%) enviou comunicado nesta segunda informando que está “prestando toda a assistência a família da vítima e cooperando com os órgãos responsáveis pela investigação sobre as causas do acidente”. Um acidente ocorrido no dia 24 de fevereiro causou a morte de uma adolescente de 14 anos.