Quero-Quero (LJQQ3): ações caem mais de 9% após balanço do primeiro trimestre

Resultado contábil apontou lucro de R$ 53,9 milhões, mas ajustado somou prejuízo de R$ 13,4 milhões

Equipe InfoMoney

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As ações da varejista Quero-Quero (LJQQ3) recuam 9,5%, cotadas a R$ 4,44, nesta segunda-feira (29), por volta das 13h20, após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre.

O lucro líquido contábil foi de R$ 53,9 milhões, revertendo prejuízo de R$ 22,4 milhões de um ano antes. O desempenho foi impulsionado pelo reconhecimento de créditos tributários no último trimestre.

Enquanto isso, o resultado líquido ajustado apontou prejuízo de R$ 13,4 milhões, uma melhora de 24,2% em relação às perdas de R$ 17,6 milhões de um ano antes.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização foi de R$ 98,6 milhões, crescendo 239,6% na comparação anual. A margem Ebitda também apresentou evolução, atingindo 16,8% em relação à Receita Operacional Líquida (ROL), um aumento de 11,6 pontos percentuais.

O Ebitda ajustado, por sua vez, foi de R$ 11 milhões, incremento de 167,6%, com margem de 1,9%. Esse resultado foi impulsionado principalmente pela melhoria da margem bruta da companhia.

Já a receita líquida foi de R$ 588,3 milhões, representando um crescimento de 4,7%.

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Balanço Quero-Quero

No relatório, a Quero Quero destacou a melhora gradual nos indicadores de vendas e a estabilização dos volumes. A empresa também ressalta a expansão na margem bruta de vendas e serviços prestados, indicando um cenário favorável no varejo.

Além disso, o desempenho consistente nos serviços financeiros, com crescimento da carteira e controle da inadimplência, contribui para a confiança na retomada gradual e sustentável do setor.

Análise LJQQ3

Em relatório de análise, o Itaú BBA classificou os resultados de Lojas Quero-Quero no primeiro trimestre como fracos, mas ligeiramente melhores do que o esperado em termos de rentabilidade.

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Segundo o banco, o desempenho da receita bruta (+4%) foi impulsionado pela divisão de serviços financeiros (+15%). As vendas nas mesmas lojas, por sua vez, permaneceram em território negativo em 3,1% (em comparação com nossa estimativa de -2,7%), mas mostrou uma melhora sequencial.

“Já a margem bruta do varejo expandiu 0,4 pontos porcentuais (pp) em relação ao ano anterior (0,2 pp acima da nossa projeção), enquanto a margem bruta dos serviços financeiros expandiu 1,6 pp (0,2 pp acima da nossa estimativa), resultando em um ganho consolidado de margem bruta de 1,5 pp, para 30,9%”, destacou o BBA.

Por fim, o BBA avaliou que a empresa está próxima de um ponto de inflexão no momento operacional, reforçando sua “visão positiva sobre a tese no longo prazo”.

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A recomendação é de “compra” para LJQQ3, com preço-alvo de R$ 6 ao fim de 2024.

(Reportagem escrita, em parte, com auxílio de inteligência artificial))