Quais ações de educacionais estão atrativas na Bolsa? XP e JPMorgan fazem suas escolhas

XP aponta Cruzeiro do Sul como a de valuation mais atrativo dentro de sua cobertura, enquanto JPMorgan reiterou Ânima como top pick no setor

Felipe Moreira

Foto: Reprodução Facebook

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O noticiário de educação segue movimentado em meio às notícias sobre regulamentação sobre o setor e de Financiamento Estudantil (FIES), fazendo com que analistas também destaquem quais são as suas preferências para operar no setor.

Em recentes análises, a XP Investimentos e o JPMorgan ressaltaram quais ações de educacionais veem como atrativas, sendo elas fora do Ibovespa.

Rafael Barros e Raphael Elage, analistas da XP, reforçaram visão positiva para a ação da Cruzeiro do Sul (CSED3) após reunião com o CEO e o IRO da companhia. “Continuamos a ver a CSED3 como a ação com o valuation mais atraente dentro de nossa cobertura de educação (8,3 vezes o múltiplo de preço sobre lucro esperado para 2024)”, avaliam. A recomendação é de compra, com preço-alvo é de R$ 8,20 por ação.

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Os destaques da reunião foram: (i) o processo de digitalização que a empresa tem focado e que já está mostrando resultados positivos; (ii) as captações de 2024 podendo repetir o cenário positivo que vimos em 2023, tanto para volumes quanto para preços; e (iii) a empresa mantendo sua diligência em relação à alocação de capital e com espaço para crescer organicamente, bem como por meio de aquisições. “As mensagens transmitidas reforçaram nossa visão já positiva tanto para a empresa quanto para o setor”, apontaram os analistas.

A XP vê que o processo de digitalização continua produzindo resultados positivos. De acordo com os executivos, um dos principais indicadores é que o processo de rematrícula está ocorrendo mais cedo do que anteriormente. Isso pode melhorar a lucratividade da empresa, dado que reduz atritos e custos com retenção. Ainda de acordo com os executivos, a empresa espera outro ciclo positivo de captações este ano, com o ambiente competitivo mantendo o comportamento do ano passado e permitindo uma abordagem de preços saudável. Isso corrobora nossa visão para as captações de 2024, com um forte crescimento no segmento digital promovido por um aumento no número de polos (300 novos polos), e um aumento de volumes no presencial promovido por unidades mais novas.

A empresa também vê espaço para buscar crescimento orgânico por meio de novas unidades e continua analisando oportunidades de aquisição – embora os executivos tenham destacado uma dinâmica de negociação ainda difícil, com potenciais vendedores ancorados em valuations elevados.

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Ânima é preferida do JPMorgan

O JPMorgan, por sua vez, reiterou em relatório a sua preferência (top pick) pela ação da Ânima (ANIM3) no setor de educação, com recomendação de compra e preço-alvo passando de R$ 6,50 para R$ 7,50, devido a sua posição sólida no atual ambiente regulatório, estando bem posicionada para obter vagas no programa Mais Médicos e em processos judiciais, com uma grande exposição no campus, que pode se beneficiar do FIES, enquanto tem uma exposição mais limitada ao ensino à distância, que poderia enfrentar algumas restrições.

Além disso, o banco ressalta que as preocupações com alavancagem devem diminuir à medida que a empresa registra um Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) expandido com a conclusão da integração com a Laureate.

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O time de análise do JPMorgan também pontua que, após alguns anos de consumo de caixa, a geração de caixa deve retornar em 2024. O banco estima R$ 112 milhões em geração de caixa, aumentando rapidamente para R$187 milhões em no próximo ano (rendimento de 11,3%), com melhorias no Ebitda e desalavancagem.

Em termos de avaliação, o JPMorgan considera o papel atraente, dada a carteira de medicina. Em termos de Preço/Lucro, a Anima é negociada a 9,1 vezes em 2024 e 6,4 vezes em 2025, em comparação com 8,2 vezes/6,6 vezes para Yduqs e 8,9 vezes/6,1 vezes para Cogna, apesar de ter uma carteira superior com mais cursos de medicina, e em comparação com 11,0 vezes/9,5 vezes para a Afya.

O banco ainda tem recomendação de compra para Yduqs (YDUQ3), Ser (SEER3). Já para Afya e Cogna (COGN3), a recomendação é neutra.