Priner (PRNR3): Troca no comando da Petrobras não afeta operações offshore

CEO e CFO da companhia participaram de live do InfoMoney e falaram sobre novas aquisições que estão no radar da empresa para 2022

Renan Crema

Publicidade

Na última segunda-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro anunciou a demissão do segundo presidente da Petrobras (PETR3 ; PETR4) durante o seu mandato. Para o lugar do general da reserva do Exército Joaquim Silva e Luna foi indicado o economista Adriano Pires.

Segundo o CEO da Priner (PRNR3), Túlio Cintra, trocas na presidência da estatal não impactam a operação offshore da companhia, que atua no setor de engenharia de manutenção industrial para negócios de óleo e gás e outros segmentos. “Não existe nenhuma mudança no nível operacional da Petrobras em função da troca de presidentes”, disse o executivo, em live do InfoMoney.

A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do quarto trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Leia também:

A Priner apresentou prejuízo no ano de 2020 em virtude, segundo os executivos, dos efeitos da pandemia sobre a operação offshore (plataformas em alto mar). Mas conseguiu recuperar fôlego em 2021, mesmo com a segunda onda de Covid e o avanço da variante ômicron.

No fechamento do quarto trimestre do ano passado, a Priner registrou R$ 14 milhões de lucro líquido, com margens de 3,3%. A expectativa de Cintra é que a empresa mantenha o desempenho até o fim do ano. “Não há razão para acreditar que a pandemia vai voltar ao ponto de 2020. Já vimos que a vacinação funciona e, para entrar nas plataformas de petróleo, é preciso ser vacinado.”

Continua depois da publicidade

Nem a guerra entre Rússia e Ucrânia, nem o contexto político de ano eleitoral no Brasil e indicadores macroeconômicos pessimistas, com a escalada da inflação, por exemplo, podem azedar os planos da Priner de crescimento e novas aquisições para 2022, segundo o presidente da companhia.

Na opinião dele, o dólar alto é mais um problema na inflação do que a moeda em si, porque a exposição da Priner, em termos de receitas, despesas e contratos na moeda americana, é baixa.

“O problema do dólar na inflação é, pensando nos combustíveis, o repasse desses custos aos clientes. Temos buscado um equilíbrio, existe negociação cliente a cliente, ajustando margens para ambos os lados”, complementou o CFO, Marcelo Gonçalves.

Novas aquisições

Recentemente, a Priner finalizou a integração da Poliend e da Brito&Kerche ao seu portfólio de inspeção, e, ao longo de 2022, ao menos mais três aquisições devem acontecer. “Fizemos uma aquisição recente e esperamos anunciar mais uma entre o final de abril e maio. Temos outras empresas com cartas de oferta na mesa e vamos anunciar no mínimo 3 e, quem sabe, até 5 [aquisições] nesse ano”, revelou o CEO.

Os executivos revelaram ainda que as empresas adquiridas têm um peso percentual sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortização) maior do que as atividades primárias da companhia, falaram sobre como fica a alavancagem da Priner levando em conta o volume de aquisições e que acreditam que “a velocidade de crescimento da operação offshore em 2022 será maior do que no ano passado”. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

Procurando uma boa oportunidade de compra? Estrategista da XP revela 6 ações baratas para comprar hoje.