Presidente do Equador confirma calote em parte da dívida externa do país

Rafael Correa classifica débito como "ilegal" e sugere reestruturação dos contratos internacionais

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Equador não irá honrar o pagamento de parte da sua dívida externa, previsto para a próxima semana, conforme anunciou nesta sexta-feira (12) o presidente Rafael Correa. É a segunda moratória internacional do país em uma década – a última foi em 1999.

A nação latino-americana não pagará o título de US$ 30,6 milhões do seu bônus global 2012, que venceria na segunda-feira. Segundo Correa, esses débitos são “ilegais e ilegítimos”. O governo equatoriano deve apresentar uma proposta de reestruturação aos credores. “Queremos que eles recuperem parte de seu dinheiro”.

Nesta semana, a ministra da Economia do Equador, María Elsa Viteri, já havia dito que procura uma forma para declarar um “default responsável” de parcela considerada “irregular” da dívida externa. No total, ela soma US$ 10 bilhões.

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Promessa é dívida

A atitude do presidente atende a uma promessa feita durante sua campanha em 2006. Correa declarou que não irá utilizar gastos com saúde e educação para pagar a dívida. O PIB (Produto Interno Bruto) do país é de US$ 44 bilhões.