Preços do petróleo atingem maior patamar desde 2014 com tensão geopolítica e sinais de oferta apertada

Preocupações com a oferta aumentaram esta semana depois que o grupo houthi do Iêmen atacou os Emirados Árabes Unidos

Equipe InfoMoney

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A sessão desta terça-feira (18) é de ganhos expressivos para os preços do petróleo, que atingem o maior patamar desde 2014, por conta de tensões geopolíticas em um contexto de perspectiva de oferta já apertada.

O petróleo Brent com vencimento em março subiu US$ 1,03, ou 1,2%, para fechar em US$ 87,51 o barril. O petróleo dos EUA (WTI) com vencimento em fevereiro avançou US$ 1,61, ou 1,9%, para fechar em US$ 85,43 o barril.

As preocupações com a oferta aumentaram esta semana depois que o grupo houthi do Iêmen atacou os Emirados Árabes Unidos, aumentando as hostilidades entre o grupo alinhado ao Irã e uma coalizão liderada pela Arábia Saudita.

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“Os danos às instalações petrolíferas dos Emirados Árabes Unidos em Abu Dhabi não são significativos em si, mas levantam a questão de ainda mais interrupções no fornecimento na região em 2022”, disse Louise Dickson, analista sênior de mercados de petróleo da Rystad Energy.

A empresa petrolífera dos Emirados Árabes Unidos disse que ativou planos de continuidade de negócios para garantir o fornecimento ininterrupto de produtos a seus clientes locais e internacionais após um incidente em seu depósito de combustível em Mussafah.

Também aumentando os prêmios de preços geopolíticos estão as crescentes tensões entre a Ucrânia e a Rússia, membro da Opep+.

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Além disso, alguns produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estão lutando para bombear em suas capacidades permitidas sob um acordo com a Rússia e aliados para adicionar 400 mil barris por dia a cada mês.

“O preço do petróleo nesse nível, coloca em risco o processo de desinflação global prevista para este ano. A tendência é impulsionada pela forte demanda nas maiores regiões consumidoras do mundo, como EUA e Europa, e está acontecendo apesar da sinalização do Fed de uma política monetária mais apertada à frente. A tensão renovada no Golfo Pérsico, responsável por cerca de 40% do petróleo transoceânico no mundo, também contribui para pressionar os preços”, avalia a equipe de análise da XP.

(com Reuters)

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