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SÃO PAULO – As avaliações de integrantes do mercado financeiro sobre a atuação do Congresso Nacional mudaram drasticamente nos últimos meses – especialmente na última semana, após a aprovação do texto-base da reforma da Previdência em primeiro turno pelo plenário da Câmara dos Deputados. É o que mostra nova rodada de sondagem feita pela XP Investimentos com investidores institucionais.
Segundo o levantamento, que ouviu 83 gestores de recursos, economistas e consultores, entre os dias 11 e 12 de julho (antes, portanto, da oficialização do calendário de votação do segundo turno da reforma para agosto), o percentual que avalia o parlamento como ótimo ou bom chegou a 86%, ao passo que as avaliações negativas ficaram em 1%. Em abril, os respectivos grupos somavam 15% e 40%.
A melhora na percepção sobre a atuação do Poder Legislativo coincide com o avanço da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma da Previdência. O texto, encaminhado pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) em fevereiro, foi aprovado, com alterações, em primeiro turno pelo plenário da Câmara dos Deputados por 379 votos a 131.
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Gráfico 1: Como os investidores avaliam o Congresso Nacional?
Pelos cálculos de membros do governo, a reforma aprovada pelos deputados garante impacto fiscal na casa de R$ 900 bilhões em dez anos. A versão original, por sua vez, tinha potência estimada em R$ 1,2 trilhão.
Para investidores consultados pela XP Investimentos, a reforma deverá encerrar sua tramitação nas duas casas legislativas com impacto fiscal de cerca de R$ 850 bilhões – R$ 150 bilhões acima do previsto em edições anteriores da sondagem com o mercado.
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De acordo com o levantamento, com a aprovação do texto em primeiro turno pelos deputados e as indicações de apoio à matéria no Senado Federal, a maioria dos investidores, 73%, passou a apostar na conclusão da tramitação da proposta no terceiro trimestre. Em maio, 71% viam a reforma aprovada em ambas as casas legislativas no quarto trimestre.
Gráfico 2: As apostas dos investidores para o calendário da reforma
A sondagem mostrou, ainda, que, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) também colheu benefícios à sua imagem junto ao mercado com a aprovação da reforma da Previdência. De acordo com o levantamento, 55% agora veem o governo como ótimo ou bom. O percentual ainda é menor do que o registrado nos dois primeiros meses do ano, mas representa significativa melhora em relação ao piso de 14%, registrado em maio.
Gráfico 3: Como os investidores avaliam o governo Bolsonaro?
Também houve significativa recuperação das expectativas em relação ao governo. Depois de chegarem ao piso de 27% em maio, as projeções positivas marcaram 55% em julho, próximo aos níveis de abril (60%), mas ainda distante do que foi registrado em janeiro e fevereiro (86%).
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