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SÃO PAULO – Um dia após o governo sofrer uma série de derrotas na CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara dos Deputados, um esforço duplo para evitar um novo atraso na tramitação da proposta de reforma previdenciária é feito nesta terça-feira (16).
De um lado, o presidente da casa legislativa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), defende que os parlamentares se mobilizem para analisar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) ainda nesta semana. Para ele, mesmo que o governo não tenha conseguido até o momento organizar uma base aliada, é importante dar celeridade ao projeto.
“Não podemos deixar de sinalizar de forma muito bem objetiva para a sociedade que nós temos clareza que o Brasil vai quebrar se não reformarmos a Previdência”, disse Maia. “Não votar [antes do feriado de Páscoa] não é um bom sinal”.
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Maia defende que a sessão da CCJC, iniciada de manhã, só termine na madrugada de quarta-feira. Pelo acordo feito entre os líderes, o debate sobre o relatório do deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) contará com as falas de mais de 100 parlamentares favoráveis e contrários à reforma.
Com o gesto, Maia reforça a imagem de que está se esforçando para aprovar a reforma previdenciária,, a despeito dos recentes atritos com o Palácio do Planalto. Além disso, o parlamentar mostra boa interlocução com as lideranças partidárias, grupo com o qual os articuladores políticos do governo não mantêm o melhor trânsito.
Outro esforço vem do próprio presidente da comissão, o deputado Felipe Francischini (PSL-PR), que, durante a sessão, percorreu o fundo do plenário pedindo para que deputados de partidos que se inscreveram para falar a favor da PEC abram mão da palavra para agilizar os trabalhos – tarefa normalmente executada pelo líder do governo.
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Assim como Maia, Francischini manifesta esperança de votar o texto até quarta-feira, ou pelo menos encurtar o que restar do trâmite para a semana seguinte. Parlamentares do “centrão” ainda se mostram resistentes à ideia. O quórum incerto para amanhã também joga contra os objetivos da dupla.
Outro entrave diz respeito ao teor do texto que será votado. O movimento por alterações na proposta voltou a ganhar força entre os membros da CCJC. Entre seus principais defensores estão deputados do “centrão”, que querem retirar pontos polêmicos, como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), do texto como contrapartida para votarem a PEC ainda nesta semana.
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