É improvável que Bolsonaro ganhe no primeiro turno por 2 motivos, aponta Eurasia

Enquanto isso, consultoria de risco político vê chance de 70% do candidato do PSL e de Fernando Haddad (PT) irem para o segundo turno

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Duas pesquisas divulgadas na última segunda-feira (17), a CNT/MDA e a FSB/BTG Pactual, aumentaram especulações de que Jair Bolsonaro (PSL), poderia liquidar a fatura da eleição já no primeiro turno, em meio ao crescimento dele nos levantamentos. Porém, a consultoria de risco político Eurasia Group avalia ser improvável que Bolsonaro ganhe na primeira rodada.

Em primeiro lugar, avaliam, porque Bolsonaro continua longe dos níveis de apoio necessários para isso. Os candidatos só podem evitar um segundo turno se receberem a maioria dos votos válidos, deixando de lado brancos/nulos. “Isso pode ser monitorado através de pesquisas verificando se um candidato tem mais apoio do que todos os seus adversários juntos. Bolsonaro fica aquém dessa barreira em todos os cenários, especialmente considerando outros institutos de pesquisa com um histórico mais longo do que o BTG Pactual / FSB ou CNT/MDA”, apontam os analistas políticos em relatório.

Na pesquisa CNT/MDA, Bolsonaro tem 28% de apoio em comparação com 46% de todos os outros candidatos. Para a pesquisa BTG / Pactual, que mostra Bolsonaro com os maiores níveis de apoio, ele tem 33%, contra 50% de seus adversários. O Datafolha, por sua vez, tem uma taxa de 26% a 55%, e o Ibope mostra Bolsonaro com 26% contra 48% para seus adversários. “Em outras palavras, Bolsonaro está muito longe de ganhar no primeiro turno”, avaliam. 

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A segunda razão apontada pela Eurasia está relacionada não aos níveis, mas à tendência de apoio, com os analistas apontando que ele tende a ficar estável ou cair nas pesquisas à medida que o ataque sofrido à faca em Juiz de Fora (MG) fica mais distante no tempo. “Embora a semana passada tenha sido certamente positiva em termos eleitorais para Bolsonaro, ele terá menos exposição na mídia com o passar do tempo e ficará mais vulnerável a ataques de seus adversários”, apontam os analistas. 

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De qualquer forma, a consultoria vê que Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) continuam com 70% de chance cada um de ir a um segundo turno. Para as próximas pesquisas, a consultoria acredita que a tendência esperada não seja de um fortalecimento de Bolsonaro; em vez disso, Haddad provavelmente vai crescer e e se fortalecer em simulações de segundo turno.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.