Marina e Bolsonaro protagonizam confronto mais áspero do debate: “você acha que pode resolver tudo no grito”

A candidata da Rede criticou Bolsonaro sobre comentários sobre diferenças salariais entre homens e mulheres

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em um dos embates mais ásperos da noite, os candidatos Marina Silva (REDE) e Jair Bolsonaro (PSL) trocaram farpas durante o debate da RedeTV! 

Bolsonaro questionou Marina sobre se ela é favorável ao porte de armas de fogo. Marina respondeu com um “não”, mas voltou a uma frase dita pelo deputado federal do PSL em momento anterior do debate. A candidata criticou Bolsonaro sobre comentários sobre diferenças salariais entre homens e mulheres. 

“Você disse que a questão dos salários menores para as mulheres é uma coisa que a gente não precisa se preocupar porque já está na CLT. Só uma pessoa que não sabe o que é ganhar um salário menor do que um homem tendo as mesmas capacidades, as mesmas competências e ser a primeira a ser demitida é que sabe”, afirmou a ex-senadora. 

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Bolsonaro então questionou a posição de Marina de defender plebiscito para uma definição sobre o aborto no Brasil. “Evangélica que defende plebiscito para aborto”, disse ele.

Marina retrucou: “você acha que pode resolver tudo no grito, na violência. Nós somos mães. Nós educamos nossos filhos. A coisa que uma mãe mais quer é ver um filho ser educado para ser um cidadão de bem, e você fica ensinando para o nosso jovem que tem que resolver as coisas na base do grito, Bolsonaro. (…) E, em uma democracia, o Estado é laico”. Muitos do auditório aplaudiram a resposta de Marina a Bolsonaro. 

A fala de Marina coloca Bolsonaro em posição de ainda maior distanciamento em relação ao eleitorado feminino. Nos últimos meses, embora tenha mantido a liderança da corrida presidencial nas simulações que desconsideram a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado viu crescer sua rejeição. De acordo com a série histórica do levantamento XP/Ipespe, o grupo de eleitores que dizem não votar em Bolsonaro “de jeito nenhum” saltou de 47% para 57%. Entre as mulheres, a variação foi de 51% para 62%.

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Bolsonaro também enfrenta dificuldades entre eleitores do Nordeste e menos jovens.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.