MBL segue acampado no Facebook à espera de respostas sobre contas derrubadas

O MBL acusa o Facebook de censura e divulgou nota na qual informou que parte das contas derrubadas era de coordenadores da rede

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Membros do MBL(Movimento Brasil Livre) seguem acampados em frente a sede do Facebook em São Paulo nesta sexta-feira (27) em um protesto após a rede de Zuckerberg derrubar uma rede de 186 páginas e 87 perfis por violarem as políticas de autenticidade. Durante a noite, a entrada do prédio foi lacrada para impedir a entrada dos manifestantes. 

“Essas páginas e perfis faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”, disse o responsável pela área de cibersegurança da empresa, Nathaniel Gleicher, em comunicado oficial. 

O MBL acusa o Facebook de censura e divulgou nota na qual informou que parte das contas derrubadas era de coordenadores da rede. Segundo a organização, em alguns casos (não especificados na nota), havia informações que permitiam a identificação dos responsáveis, e por isso não se podia falar em contas falsas.

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A organização fez transmissões ao vivo, no próprio Facebook, na tarde e na noite de quinta-feira (26) solicitando a presença de Conrado Leister, diretor do Facebook no Brasil, para que desse explicações sobre as páginas retiradas do ar. O MBL convoca ainda que seus seguidores façam parte da manifestação e se unam aos acampados. 

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Confira o comunicado do MBL:

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Já o Facebook afirmou que não derruba perfis e páginas por disseminação de conteúdo falso ou enganoso (embora reduza o alcance de publicações e páginas), mas fiscaliza os responsáveis pelos perfis e pode adotar medidas como a anunciada hoje. A remoção de conteúdos também pode ocorrer se houver violação de suas regras internas, denominadas Padrões da Comunidade.

Entre as práticas classificadas pela plataforma como “comportamento não autêntico”, está a de manter contas falsas ou com nomes falsos. Também são considerados questionáveis perfis que participam de comportamentos não autênticos coordenados, ou seja, quando múltiplas contas trabalham em conjunto com a finalidade de: enganar as pessoas sobre a origem do conteúdo, enganar as pessoas sobre o destino dos links externos aos serviços da plataforma, enganar as pessoas na tentativa de incentivar compartilhamentos, curtidas ou cliques e enganar as pessoas para ocultar ou permitir a violação de outras políticas de acordo com os Padrões da Comunidade.

Confira na íntegra o comunicado do Facebook:

“Garantindo um ambiente autêntico e seguro (por Nathaniel Gleicher, líder de Cibersegurança)

O Facebook dá voz a milhões de pessoas no Brasil, e queremos ter a certeza de que suas conversas acontecem em um ambiente autêntico e seguro. É por isso que nossas políticas dizem que as pessoas precisam usar suas identidades reais na plataforma.

Como parte de nossos esforços contínuos para evitar abusos e depois de uma rigorosa investigação, nós removemos uma rede com 196 Páginas e 87 Perfis no Brasil que violavam nossas políticas de autenticidade. Essas Páginas e Perfis faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação.

As ações que estamos anunciando hoje fazem parte de nosso trabalho permanente para identificar e agir contra pessoas mal intencionadas que violam nossos Padrões da Comunidade. Nós estamos agindo apenas sobre as Páginas e os Perfis que violaram diretamente nossas políticas, mas continuaremos alertas para este e outros tipos de abuso, e removeremos quaisquer conteúdos adicionais que forem identificados por ferir as regras.

Nós não queremos este tipo de comportamento no Facebook, e estamos investindo fortemente em pessoas e tecnologia para remover conteúdo ruim de nossos serviços. Temos atualmente cerca de 15 mil pessoas trabalhando em segurança e revisão de conteúdo em todo o mundo, e chegaremos ao fim do ano com mais de 20 mil pessoas nesses times.

Contamos com as denúncias da nossa comunidade a respeito de conteúdos que possam violar nossas políticas e usamos tecnologia como machine learning e inteligência artificial para detectar comportamento ruim e agir mais rapidamente.”

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