Palocci avança para fechar delação – e quer falar sobre Lula e corrupção do sistema financeiro

Vale destacar que, nas últimas semanas, após as notícias sobre a delação da Odebrecht, a possível delação de Palocci foi vista como potencialmente explosiva para Lula

Lara Rizério

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SÃO PAULO – De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, o ex-ministro Antonio Palocci deu o primeiro passo para sua delação premiada. Há cerca de duas semanas ele teve uma reunião com a força-tarefa de Curitiba na Polícia Federal em Curitiba, onde está preso desde setembro de 2016.

De acordo com fontes ligadas a Palocci ouvidas pelo jornal, os principais temas que o político pretende tratar envolvem corrupção de empresas do sistema financeiro, como bancos, além de conglomerados que não integram grupos de empreiteiras. 

Na lista também há fatos ligados ao ex-presidente Lula – de quem ele defendeu interesses econômicos – e às campanhas do PT. Também estava na reunião com a força-tarefa da Lava Jato o delegado Felipe Pace, que conduziu investigações que prenderam o político. 

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Vale destacar que, nas últimas semanas, após as notícias sobre a delação da Odebrecht, a possível delação de Palocci foi vista como potencialmente explosiva para Lula. 

Em depoimento a Moro, Marcelo Odebrecht não só confirmou que Lula era o “Amigo” descrito nas planilhas e e-mails apreendidos pela Lava Jato como concedeu uma informação inédita: a do saque em espécie, cujo portador teria sido o ex-ministro Palocci (veja mais clicando aqui).  Cabe lembrar que, no começo do mês, o Estadão havia destacado que Lula estava irritado com a possibilidade do seu ex-ministro fazer delação premiada.  Lula mostrou desconforto com a disposição de Palocci de delatar e fez chegar à defesa do ex-ministro sua insatisfação e um pedido que “controlem o cliente”. Conforme ressaltou a Coluna, nenhum dos petistas presos no âmbito da Operação Lava Jato fez delação, o que levou a penas bastante consideráveis: o também ex-ministro José Dirceu foi condenado a 23 anos e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto a 15 anos.

Nesta terça, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve decidir na o futuro de Palocci na Operação Lava Jato. Um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro está marcado para ser julgado na sessão da Quinta Turma. Contudo, aponta a Folha, o petista tem dito que tem pouca chance de êxito -ainda mais com a publicidade das delações da Odebrecht. Neste mês, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, negou liberdade provisória a Palocci.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.