Após reunião com Temer, Meirelles defende redução da dívida pública

Meirelles, que se reuniu com Temer por quase cinco horas no Palácio do Jaburu, também defendeu um teto para os gastos do país e a retomadas das concessões à iniciada privada

Equipe InfoMoney

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O ex-presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, cotado para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo Michel Temer, disso hoje (2) que o Brasil precisa, prioritariamente, reverter a trajetória de crescimento da dívida pública. Meirelles, que se reuniu com Temer por quase cinco horas no Palácio do Jaburu, também defendeu um teto para os gastos do país e a retomadas das concessões à iniciada privada.

“Um aspecto chave é exatamente a trajetória de crescimento da dívida pública. Temos que sinalizar claramente que não nos veremos em situações similares a alguns outros países que tiveram lá na frente que tomar medidas abruptas. O Brasil tem que começar a tomada de medidas que façam com que essa trajetória possa ser alterada e que, portanto, a taxa de risco comece a cair e, em consequência, as taxas de juros possam sofrer um processo de reversão e tudo caminhe em outra direção”, disse Meirelles na saída da residência oficial de Temer.

O ex-presidente do Banco Central disse que apresentou a Temer considerações sobre o atual momento do país e sugeriu medidas a serem tomadas. Segundo Meirelles, um “controle legal” da trajetória de gastos é uma “alternativa interessante” que deverá ser adotada caso Temer assuma o comando do país com o afastamento, pelo Senado, da presidente Dilma Rousseff.

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Para o ex-presidente do BC, o país precisa recuperar a confiança. “De um lado, é preciso que a trajetória de crescimento da dívida pública tenha sinais claros de reversão e, em consequência, possa haver uma reversão do índice de confiança que leve ao aumento de investimento e, portanto, a maior criação de emprego, maior consumo, os bancos voltem a emprestar. É isso que o país espera.”

Meirelles disse que país é capaz de pagar o reajuste do valor dos benefícios do Bolsa Família e a correção da tabela do imposto de renda, anunciados ontem (1º) por Dilma e criticados pela oposição. “Isso vai ter que ser devidamente medido e equacionado. O país tem condições de honrar seus compromissos. A questão toda é o custo e o que será necessário ser feito”, ponderou.

Convite

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Apesar das declarações sobre o futuro da política econômica do país, Meirelles disse que ainda não recebeu convite formal de Temer para integrar um eventual governo do peemedebista. “Ainda não tem convite. Mas não há dúvida que há um conjunto de medidas [a serem adotadas] e a questão toda é a discussão de quais serão as prioridades e o que pode e deve ser feito.”

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