“Não falo em hipóteses”, diz Meirelles sobre se aceitaria Fazenda

A fala do ex-presidente do BC, defendido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a vaga de ministro da Fazenda, foi assistida pelo atual chefe da Pasta, Joaquim Levy

Paula Barra

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SÃO PAULO – O ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles disse nesta quarta-feira, 11, que é preciso reconhecer a gravidade do atual cenário econômico brasileiro, mas ressaltou que o País está muito mais forte do que nas últimas décadas. 

Durante evento da CNI, em Brasília, Meirelles foi questionado por um empresário se ele aceitaria convite para assumir o Ministério da Fazenda. O ex-BC disse que não fala em hipóteses. “Eu não trabalho, não penso e nem falo sobre hipóteses, eu trabalho com coisas concretas e objetivas”, disse.

A fala do ex-presidente do BC, defendido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a vaga de ministro da Fazenda, foi assistida pelo atual chefe da Pasta, Joaquim Levy, que estava na primeira fila da plateia.

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“São números que apontam para um cenário recessivo que não há dúvida que temos de reconhecer a gravidade”, avaliou Meirelles, sobre o momento econômico. De acordo com ele, a situação atual deve ser enfrentada de forma vigorosa e com ajuste fiscal, mas é preciso visão de longo prazo.

Meirelles ressaltou que o Brasil tem que enfrentar com corte em despesa pública e que, objetivamente, é preciso definir o que pode ser feito no Brasil. Segundo ele, com ajuste bem sucedido, o Brasil pode crescer entre 2,5% a 3%, mas com reforma bem feita, o País pode avançar 4% ao ano. 

O ex-presidente do BC ressaltou que a desvalorização cambial, apesar de problemas causados, como para empresas endividadas, tem um lado positivo para a produção e exportação do País. “É evidente que o câmbio não resolve o problema de longo prazo, mas é importante que ele dê um fôlego, uma base para as empresas”, afirmou.

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Levy: governo tem feito mudanças importantes
Mais cedo falou durante o evento o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Segundo ele, o governo tem feito mudanças importantes e a presidente Dilma Rousseff está pagando o preço político de ter que reorientar a economia. 

“É preciso coragem de acabar com programas não indispensáveis”, disse o ministro, acrescentando que o País tem que criar condições para financiamento da economia e que o câmbio no lugar certo ajuda.

(Com Agência Estado)

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