9% de bom/ótimo, maior rejeição desde Sarney: as más notícias que o Ibope trouxe a Dilma

A popularidade da presidente Dilma alcança mais um recorde negativo e indica que o governo da presidente não passa por um período fácil

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Mais uma vez, os números de pesquisa de popularidade traçam um cenário bastante negativo para a presidente Dilma Rousseff. 

Hoje, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou a pesquisa Ibope de junho sobre a avaliação dos brasileiros em relação ao governo Dilma Rousseff.

A popularidade da presidente Dilma alcança mais um recorde negativo. O percentual que avalia o governo ruim ou péssimo sobe de 64%, em março, para 68% em junho. A aprovação da maneira de governar da presidente Dilma Rousseff recua de 19% para 15% e o percentual da população que confia na presidente cai de 24% para 20%.

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Enquanto isso, apenas 9% da população considera o governo ótimo ou bom, contra 68% de ruim/péssimo. Os que consideram a gestão regular agora somam 21%.

Ainda segundo a pesquisa divulgada nesta manhã, 20% dos entrevistados disseram confiar em Dilma, enquanto 78% afirmaram não confiar na presidente. 3% não souberam opinar ou não responderam. 

Conforme destaca a pesquisa, com 68% de rejeição, o governo da presidente é o mais mal avaliado desde José Sarney (PMDB), que registrou 64% de avaliações como ruim e péssimo, em julho de 1989. 

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Por outro lado, a pesquisa mostra ainda que a avaliação da população por área de atuação do governo praticamente não mudou entre março e junho deste ano. “As exceções dizem respeito ao combate ao desemprego, cujo percentual de aprovação recuou de 19% para 15%, e ao combate à fome e à pobreza, que registra queda de 33% para 29%. Nas demais áreas, as variações são inferiores à margem de erro da pesquisa”, informa a CNI.

E, segundo a pesquisa, o processo de redução da heterogeneidade de opinião entre os cortes da pesquisa se mantém. As maiores reduções da popularidade ocorrem nos estratos em que a presidente tende a ser melhor avaliada, ou seja, entre as pessoas com renda familiar baixa, os que residem na região Nordeste, os que possuem baixo grau de instrução e na faixa da população com 55 anos ou mais.

A maior queda na popularidade ocorre entre os entrevistados com até a quarta série da educação fundamental. Para esse grupo o percentual que considera o governo como ótimo ou bom cai de 18% para 13%, o percentual de aprovação da maneira de governar recua 8 pontos percentuais, atingindo 19%, em junho, e o percentual que confia na presidente Dilma recua 9 pontos percentuais para 24%, em junho.

A região Nordeste apresenta a maior queda no percentual dos que consideram o governo como ótimo ou bom, de 18% para 13%. A queda na popularidade nesse estrato também se reflete no percentual daqueles que aprovam a maneira de governar da presidente (de 26% em março, para 21% em junho) e que confia na presidente Dilma (de 34% para 28%).

A popularidade da presidente Dilma continua sendo maior na região Nordeste. Sua pior avaliação é entre os residentes na região Sudeste, sendo que 8% avaliam o governo como ótimo ou bom, 11% aprovam a maneira de governar da presidente e 14% confiam na presidente.

Dentre os que declararam terem votado em Aécio Neves no segundo turno, o percentual dos que consideram o governo da presidente Dilma ruim ou péssimo sobe de 83%, em março, para 87%, em junho. O percentual dos que desaprovam sua maneira de governar oscila (ou seja, varia dentro da margem de erro da pesquisa) de 95% para 97% e, dos que não confiam na presidente, oscila de 94% para 95%.

Conforme o levantamento, o número de pessoas que considera o atual governo da presidente Dilma pior do que o primeiro mandato aumentou de 76% em março para 82% em junho.

E, em entrevista coletiva em Brasília para repercutir o Ibope, o gerente de pesquisa da CNI, Renato Fonseca, afirmou não descartar nova queda de aprovação do governo Dilma. O motivo é o fato da aprovação do governo estar muito atrelada ao desempenho da economia e do emprego, sendo que não há sinais de melhoras. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.