“Não houve divergência no corte do Orçamento, realmente estava gripado”, diz Levy

O ministro comentou que não entendo o porquê do alvoroço do mercado em cima de sua ausência do anúncio do corte; "não tinha divergência, não tinha nada", comentou

Paula Barra

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SÃO PAULO – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu nesta tarde, em Brasília, a necessidade do ajuste fiscal, apontando que o empresariado entende o fim das desonerações. “Nada se faz sem esforço”, comentou. Ele e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, concederam entrevista no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (25) e defenderam as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo Dilma. 

Segundo Levy, não houve divergência sobre o corte do Orçamento, como o mercado estava especulando sobre sua ausência no anúncio de sexta-feira, mas que realmente estava gripado. “Não tinha divergência, não tinha nada. Houve um certo alvoroço em cima dessa história, não entendi o porquê, mas é dado direito a todo mundo se alvoroçar”, comentou. O anúncio foi feito pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e pelo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive.  

A ausência do ministro no anúncio mais importante desde que tomou posse na Esplanada há cinco meses gerou preocupações sobre uma possível saída do ministro devido a desentendimentos sobre o tamanho do corte, que teria ficado abaixo do previsto. O valor dos cortes ficou em R$ 69,9 bilhões, enquanto Levy havia declarado publicamente que queria um valor entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões.     

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Durante a entrevista, Mercadante disse que, no Senado, há “ampla maioria” favorável às medidas de ajuste e que há pequena dissidência na bancada do PT. “Temos ampla maioria favorável, mas temos que convencer, argumentar, e faremos isso o tempo inteiro”, disse.

Em tom de brincandeira, Mercadante comentou que Nelson Barbosa não participou da reunião desta segunda, mas que “não pegou gripe de Levy”. Segundo ele, Barbosa está em reunião importante com investidores. 

Durante a entrevista, Levy defendeu que o Brasil precisa criar rapidamente condições para crescimento, apontando que é preciso aumentar a oferta para ser mais competitivo. “É ilusão achar que vão investir com problemas futuros”, frisou. 

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Segundo ele, o empresariado entende que o País precisa passar por ajustes. “O empresário não quer privilégio, quer clareza”, disse. O ministro comentou, no entanto, que não tem pressa em aumentar a carga fiscal.

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