Eletrobrás: ações caíram forte nos últimos pregões, com crise política

Preocupam o mercado não apenas a nomeação do substituto de Rondeau na Eletrobrás, mas a implementação do novo modelo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A crise política pela qual passa o governo federal sem dúvida exerceu, como segue exercendo, impacto extremamente negativo sobre o preço das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo.

Especialmente nos últimos dias, após a denúncia de desvio de recursos do caixa da companhia estatal Furnas, feita pelo deputado federal Roberto Jefferson contra o PT, as ações da Eletrobrás estão entre as maiores quedas da bolsa, com perdas de 11,40%, para as ações preferenciais, e de 14,50% , para as ações ordinárias, no período que varia entre o fechamento do pregão do dia 27 de junho e o encerramento da sessão da última terça-feira, 5 de julho.

Retirada de recursos do caixa de Furnas

Jefferson afirmou ao jornal Folha de São Paulo, no dia 30 de junho, que o PT retirava mensalmente R$ 3 milhões do caixa de Furnas, empresa controlada pela holding Eletrobrás. A Fator Corretora, no mesmo dia, previu um desempenho ruim no curto prazo dos papéis da Eletrobrás, citando possível surgimento de esquemas semelhantes em outras controladas.

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Mesmo não tendo os novos desvios se confirmado, pelo menos por enquanto, houve um desempenho ruim das ações. Com o agravamento da crise política, após a divulgação, pela revista Veja, de um contrato que prova uma ligação financeira e íntima do Partido dos Trabalhadores com o empresário Marcos Valério, a percepção de risco dos investidores no setor elétrico aumentou.

Preocupações de ordens diversas

Agora, não apenas as incertezas em torno da continuidade da política austera e técnica da ex-ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, no setor, preocupam o mercado, mas também o poder do governo para conseguir avançar nos processos necessários e de maneira que agrade os investidores na implementação do novo modelo do setor elétrico.

As incertezas são ainda maiores quando se olha especificamente para a Eletrobrás. É quase certo que o atual presidente da companhia, Silas Rondeau, assumirá o Ministério de Minas e Energia, sendo assim, o cargo da holding ficará vago, aumentando ainda mais as incertezas acerca da empresa estatal.

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