Desapropriação da Rodonorte deverá pressionar ações da CCR, segundo corretora Fator

Decisão do governo paranaense deverá elevar a percepção de risco em relação ao Estado, não apenas no setor de rodovias

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Por meio de comunicado ao mercado divulgado nesta quarta-feira, a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) anunciou que o governo paranaense declarou no Diário Oficial do estado a desapropriação de 100% das ações da concessão da Rodonorte, que será feita pelo governo estadual.

A CCR, por sua vez, pretende recorrer da decisão tomada pelo governo paranaense, já que cumpriu com todas as obrigações contratuais com o estado desde que tomou a concessão da Rodonorte.

Empresa investiu cerca de R$ 340 milhões na Rodonorte

Desde que passou a controlar a Rodonorte, a CCR investiu cerca de R$ 340 milhões na rodovia, valor que seria a compensação mínima em caso de desapropriação do governo paranaense, o que deverá realmente ocorrer, segundo as principais opiniões do mercado.

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No entanto, os analistas da Fator Corretora acreditam que a CCR deverá reivindicar um valor superior a este na Justiça, tendo como base um valor justo da Rodonorte, que na opinião da corretora é bem superior ao valor corrigido dos investimentos realizados pela CCR no rodovia.

Com a decisão, risco político e do setor deve ser aumentado

Com a desapropriação, que foi decidida pelo governador Roberto Requião no final da semana anterior, a percepção de risco em relação aos investimentos no Paraná aumenta, sobretudo no segmento de concessões rodoviárias. Assim, o mercado já acredita que o “risco Requião” não apenas poderá desmotivar novos empreendimentos no estado, mas também poderá incentivar migrações de atividades já instaladas no Paraná para outros estados.

Quanto à CCR, os analistas da Fator Corretora analisam que a notícia é negativa para a empresa, podendo motivar quedas nos papéis da companhia no curto prazo, o que deverá depender sobretudo do desfecho do caso.

Ações da CCR encerraram estáveis

Apesar do movimento de realização de lucros que pressionou a Bovespa nesta quinta-feira e a possível desapropriação da Rodonorte, as ações ordinárias da CCR (CCRO3) fecharam nesta quarta-feira, cotadas a R$ 24,50. No ano, os papéis acumulam desvalorização de 5,04%, contra uma alta de 3,26% do Ibovespa no mesmo período.

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