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A Polícia Civil de São Paulo realizou uma operação nesta terça-feira (19) para cumprir um mandado de prisão contra um suspeito de ser um olheiro do PCC no Aeroporto Internacional de Guarulhos, relacionado ao ataque que resultou na morte de um delator da organização criminosa. O alvo da operação era Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, que estaria envolvido no ataque que culminou na morte de Antônio Vinícius Gritzbach, em 8 de novembro.
No entanto, o mandado não pôde ser cumprido, pois o suspeito conseguiu fugir, e a polícia acredita que ele esteja no Rio de Janeiro.
A operação foi antecipada devido ao vazamento de informações sobre o mandado de prisão, que inicialmente estava programado para ser cumprido na quinta-feira (21). Durante a ação, foram realizados mandados de busca e apreensão em São Paulo, mas os detalhes sobre os materiais apreendidos permanecem em sigilo.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo está oferecendo uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levem ao paradeiro de Coelho.
As investigações sobre o ataque que deixou Gritzbach e outra pessoa morta no aeroporto indicam que os criminosos receberam um sinal de alguém dentro do saguão para coordenar o momento exato do ataque.
A delegada Ivalda Aleixo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que a ação foi rápida, durando apenas sete segundos, e foi planejada com precisão. Imagens de câmeras de segurança mostraram um veículo Volkswagen Gol preto circulando pela área de embarque antes de parar atrás de um ônibus da Guarda Civil Metropolitana.
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O ataque foi meticulosamente orquestrado, com o carro dando voltas ao redor do estacionamento do aeroporto antes de se posicionar para capturar Gritzbach, que estava acompanhado da namorada e de um policial militar armado no momento do ataque. A delegada Ivalda destacou que a operação foi sincronizada com um sinal de alguém que estava no saguão, indicando uma possível cumplicidade interna no crime.
Além da participação dos criminosos no carro, a investigação sugere a presença de mais um envolvido no ataque. A defesa de Gritzbach levantou a hipótese de que alguém poderia tê-lo seguido em seu voo ou que um dispositivo de geolocalização poderia ter sido utilizado para rastrear seus movimentos. Até o momento, uma semana após o ataque, nenhum suspeito foi preso.