Plano&Plano (PLPL3) é destaque de prévias e ação salta 7,4%; Even (EVEN3), Melnick (MELK3) e Moura Dubeux (MDNE3) também sobem

Construtoras divulgaram suas prévias operacionais na noite de segunda-feira (16)

Felipe Moreira

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As construtoras Plano&Plano (PLPL3), Even (EVEN3), Melnick (MELK3) e Moura Dubeux (MDNE3) divulgaram na noite de ontem (16) suas prévias operacionais, com a primeira aparecendo como destaque. Com isso,  os ativos PLPL3 lideraram os ganhos entre as ações em um dia positivo para as empresas, com alta de 7,40% (R$ 4,50), enquanto EVEN3 avançou 2,39% (R$ 4,72), MELK3 teve alta de 3% (R$ 3,09) e MDNE3 fechou com ganhos de 4,53% (R$ 5,77).

O Itaú BBA classificou os resultados da Plano&Plano como os melhores, destacando os recordes tanto em lançamentos quanto em vendas. Também segundo a XP Investimentos, a Plano & Plano (PLPL3) reportou dados operacionais fortes em todas as frentes no quarto trimestre de 2022 (4T22), impulsionados por vendas líquidas recorde de R$ 519 milhões (+70,3% na base anual), enquanto o preço médio por unidade vendida aumentou 6,7% na comparação ano a ano, reforçando a sólida demanda pelo segmento de baixa renda e pelos projetos da empresa.

Além disso, os lançamentos também tiveram um excelente desempenho, na opinião da XP, atingindo um recorde de R$ 720 milhões (+27,3% A/A).

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O Bradesco BBI também classifica a prévia operacional da Plano & Plano como muito forte e destaca o recorde de lançamentos e de vendas no trimestre. “O preço médio dos lançamentos permaneceu estável, mas as vendas médias aumentaram 7% na base anual, o que sugere uma tendência positiva para as margens”, acrescentam analistas.

Even (EVEN3)

Para a XP Investimentos, a Even (EVEN3) divulgou números operacionais mistos no 4T22, prejudicados por lançamentos fracos de R$ 162 milhões, um recuo de 82,5% na base anual. Como consequência, as vendas líquidas foram afetadas negativamente (-42,6% no ano e -32,2% no trimestre).

Diante disso, segundo analistas, a velocidade de vendas (VSO) atingiu 8% (-3,0 pontos percentuais, ou p.p., no trimestre), apesar da VSO de lançamentos ter acelerado para 55% no trimestre. O distrato é o ponto baixo em nossa visão, atingindo 21,3% das vendas brutas (+3,5 p.p. no trimestre), devido ao aumento das entregas.

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Analistas do BBA apontam que a redução nas vendas foi provocada pela combinação da redução de lançamentos e aos efeitos dos dias de eleições e jogos da Copa do Mundo da FIFA. “Apesar da desaceleração, vemos como positiva a estratégia de redução de lançamentos da companhia, para evitar aumento nos níveis de estoque, atualmente em 23 meses.”

Já o BBI comenta que os resultados fracos refletem a abordagem conservadora da Even em relação ao ciclo de negócios. “A pouquíssima quantidade lançada vendeu muito bem (55%) e a empresa conseguiu reduzir os estoques no 4T22, reforçando sua postura cautelosa frente aos possíveis desafios em 2023.”

Moura Dubeux (MDNE3)

A Moura Dubeux (MDNE3) lançou R$ 560,7 milhões no quarto trimestre de 2022, crescimento de 208% em relação ao mesmo período de 2021, segundo prévia operacional.

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O volume das Vendas e Adesões Líquidas (%MD) no 4T22 foi de R$ 274 milhões, redução de 19,4% em relação ao 4T21 e de
23,9% em relação ao 3T22.

O time análise do BBA destaca que os lançamentos da Moura Dubeux aumentaram tanto no trimestre quanto no ano, resultando em um desempenho 10% acima da estimativa do banco.

“As vendas contratadas, no entanto, foram mais fracas devido à concentração de lançamentos no final do trimestre e à menor quantidade de condomínios no mix de lançamentos, o que levou a uma desaceleração na velocidade de vendas”, explicam analistas.

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Para BBI, a pequena queda na velocidade de vendas foi explicada pelos lançamentos concentrados no final do trimestre e pela menor participação dos condomínios no mix de lançamentos. Dessa forma, analistas esperam acompanhar evolução no 1S23, embora não vejam grandes preocupações com relação aos estoques.

Melnick (MELK3)

A Melnick informou o lançamento três empreendimentos no total de R$ 195,4 milhões de valore geral de vendas (VGV) bruto (R$ 76,4 milhões no % Melnick), totalizando no ano R$ 1,3 bilhão de VGV bruto (R$ 611,4 milhões no % Melnick) representando um crescimento de 15% no ano.

As vendas brutas e líquidas correntes somaram, respectivamente, R$ 166 milhões e R$ 123 milhões (% Melnick).

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“A construtora desacelerou seu ritmo de lançamentos, mas entregou sólido resultado de vendas de projetos lançados no período”, comenta BBA, em relatório. O nível de estoque se manteve controlado, em 20 meses.

Segundo BBA, a velocidade de vendas consolidada desacelerou devido à menor venda de estoque e o nível de estoque se manteve controlado, em 20 meses.

“A companhia também reportou número forte de entregas no trimestre, e um baixo nível de distratos”, ressaltam analistas.