Petrobras anuncia venda de blocos na Bacia do Paraná, Fleury emitirá R$ 1 bi em debêntures ESG, MRV vende empreendimentos e mais

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta sexta-feira (2)

Equipe InfoMoney

Logo da Petrobras em tela de celular (Shutterstock)

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SÃO PAULO – Em destaque no radar corporativo, a Petrobras iniciou na quinta o processo de venda da totalidade de sua participação em blocos exploratórios localizados em terra na Bacia do Paraná. Fleury, MRV também estão em destaque. Confira no que ficar de olho:

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras iniciou na quinta o processo de venda da totalidade de sua participação em blocos exploratórios localizados em terra na Bacia do Paraná, informou a companhia em fato relevante publicado nesta quinta-feira.

A operação, que tem início com a etapa de divulgação de oportunidade (teaser), envolve blocos pertencentes às concessões PAR-T-198_R12 e PAR-T-218_R12, que estão no extremo oeste do Estado de São Paulo, e PAR-T-175_R14, localizada no leste de Mato Grosso do Sul.

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Fleury (FLRY3)

O conselho de administração do Grupo Fleury aprovou a realização da 6ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em três séries, para distribuição pública com esforços restritos. De acordo com a companhia, essa é a primeira emissão de debêntures do grupo com componente ESG, que permitirá sua classificação como “sustainability-linked”.

O valor total da emissão é R$ 1 bilhão: R$ 250 milhões (primeira série); R$ 375 milhões (segunda série) e R$ 375 milhões (terceira série), com prazos de 4, 5 e 7 anos respectivamente.

A remuneração será equivalente a 100% da taxa DI mais 1,35% ao ano na primeira série; 1,50% ao ano na segunda séria; e 1,75% ao ano na terceira. Caso as metas ESG não sejam atendidas, os spreads sofrerão aumento de até 0,125% ao ano, 0,25% ao ano e 0,35% ao ano, respectivamente.

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Os recursos líquidos captados pela companhia serão destinados a usos corporativos gerais, como reforço de capital de giro e alongamento de passivo.

MRV (MRVE3)

A MRV concluiu a venda de dois empreendimentos na Flórida pelo valor geral de vendas de US$ 78,5 milhões, tendo recebimento líquido da empresa de US$ 37 milhões e lucro bruto de US$ 17,8 milhões.

O Lake Osborne foi vendido com com Cap Rate de 4,6% e Yield on Cost de 6,9%, sendo o segundo empreendimento construído pela AHS, sua subsidiária, em 2016. A AHS é uma construtora que atende as famílias da classe média norte-americana.

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O Mangonia Lake foi um empreendimento vendido com Cap Rate de 4,5% e Yield on Cost de 5,6%. O empreendimento foi construído em 2019, “como a primeira obra da AHS a utilizar a metodologia construtiva de Parede de Concreto com Fôrmas de Alumínio. Este empreendimento apresentou custo de construção acima dos patamares normais da AHS”, segundo a MRV.

Os empreendimentos vendidos fazem parte do grupo de oito à venda, que totalizam 1.661 unidades e US$ 365milhões de VGV, com margem bruta média de aproximadamente 28%.

O Credit Suisse comentou a notícia e diz que o negócio está em linha com as expectativas. A companhia ainda destaca que há 6 projetos à venda, no valor de US$ 286,5 milhões.

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Tupy (TUPY3)

A Tupy comunicou na quinta-feira a revisão no contrato envolvendo a aquisição do negócio global de componentes estruturais em ferro da Teksid, subsidiária da Stellantis, com o acordo agora prevendo apenas a aquisição das operações brasileira e portuguesa. O preço de aquisição (enterprise value) ajustado pela participação da Teksid nas subsidiárias Teksid Iron do Brasil e Fundição Portuguesa é de 67,5 milhões de euros.

Simpar (SIMH3), JSL (JSLG3) e Tegma (TGMA3

A Simpar comunicou que a sua controlada JSL, maior companhia de logística rodoviária do país, enviou à Tegma, segunda maior do setor, pedido de combinação de negócios.

O comunicado aponta que a fusão das duas empresas criaria uma companhia com receita bruta combinada de R$ 6,1 bilhões.

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“Somadas as operações da JSL (incluindo fusões e aquisições realizadas) e da Tegma, a companhia combinada teria R$ 6,1 bilhões de receita bruta nos últimos doze meses findos em 31 de março de 2021, que representaria um aumento de R$ 2,8 bilhões e um crescimento de 86% da receita bruta da JSL no mesmo período (sem incluir M&As)”, aponta a Simpar.

A empresa vê possíveis ganhos de sinergia, com diluição de custos fixos e cross-selling através da maior oferta de serviços da JSL para os clientes da Tegma. A combinação de negócios também “contribuirá para o acesso ao mercado de capitais pela companhia combinada, sustentando a agenda de crescimento orgânico e por aquisições, em linha com o planejamento estratégico da JSL”, destaca o comunicado.

Segundo a proposta a incorporação das ações da Companhia seria realizada com base em uma relação de troca segundo a qual “cada acionista de Tegma receberá, por cada uma de suas ações Tegma, o valor de R$ 15,00 e 0,7495248702 ações da JSL”.

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A Tegma se manifestou, destacando que a proposta foi feita sem solicitação ou prévio entendimento com os órgãos da companhia. A proposta, ressalta a empresa, está sujeita a certas condições: (a) à aprovação pelos Conselhos de Administração das Companhias dos documentos necessários à implementação da Operação, em especial o Protocolo e Justificação de Incorporação, o qual conterá declarações e garantias usais para operações dessa natureza; (b) à aprovação pelos acionistas da JSL e Tegma reunidos em assembleia geral; e (c) à aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Diante da proposta, o presidente do Conselho de Administração convocou uma reunião extraordinária do Conselho de Administração da Companhia a realizar-se na data de hoje, a fim de que examine a proposta e delibere as providências que julgar cabíveis.

CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5)

O Morgan Stanley divulgou uma avaliação sobre os preços do aço no Brasil. Os preços em relação às importações estão entre 29% e 34% superiores, acima do nível normalizado, de entre 10% e 15%. A demanda nacional desacelerou em junho, e continua baixa na avaliação do Morgan Stanley.

Alguns dos contatos do banco afirmaram que as vendas se reduziram após o anúncio de preços mais altos em junho. Um distribuidor teria afirmado que alguns clientes industriais devem adiar compras para pressionar as siderúrgicas a oferecerem descontos.

O banco vê sinais de que a oferta de aço está aumentando no Brasil, mas ainda há falta de alguns produtos, como aço galvanizado e aço para concreto armado. Os estoques na cadeia de suprimentos continuam baixos. Em maio, os estoques eram de 2,3 meses, frente à média histórica de 3,1 meses. Os preços elevados devem adiar a recomposição dos estoques.

O Morgan que vê dificuldades para novos aumentos por parte dos produtores, já que o prêmio pago em relação às importações aumentou fortemente com a valorização do real. O banco diz esperar que os preços domésticos comecem a cair entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro de 2022.

O banco  mantém sua avaliação overweight (perspectiva de valorização acima da média do mercado) para CSN e Gerdau e equal-weight (dentro da média) para Usiminas, com base em suas novas estimativas, entre 8% e 15% acima do consenso para 2021, e entre 17% e 34% acima do consenso para 2022. Além disso, China e Rússia vêm buscando reduzir exportações, o que deve contribuir para manter os preços do Brasil altos.

G2D Investments ([ativo=G2DI33])

O Bradesco BBI iniciou a cobertura da G2D Investments com avaliação outperform e preço-alvo de R$ 10 para 2022, frente à cotação de quinta de R$ 7,2 para os papéis G2DI33. O banco diz que os papéis são uma forma líquida de se expor ao setor de tecnologia e que o fundo está bem posicionado para aproveitar oportunidades no setor, com uma valoração atrativa.

O Bradesco BBI ressalta que o fundo tem um valor patrimonial líquido (NAV na sigla em inglês) de R$ 696 milhões, composto por investimentos nacionais e internacionais em tecnologia. A última rodada de investimentos do Softbank no Mercado Bitcoin indica que o NAV do G2D deve crescer em R$ 300 milhões, a R$ 1,03 bilhão nos próximos trimestres.

O banco lista entre os riscos a incerteza em relação aos investimentos do fundo, sobre os quais há informações limitadas, e a valorização do real, que deve levar a ajustes negativos do NAV.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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