Petrobras anuncia elevação dos preços da gasolina e do diesel, a primeira alta da gestão de Silva e Luna

Alta nas refinarias é de R$ 0,16 por litro de gasolina e de R$ 0,10 por litro de diesel, válida a partir de terça-feira

Equipe InfoMoney

Bomba de gasolina

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A Petrobras (PETR3;PETR4) informou nesta segunda-feira (5) uma alta nas refinarias de R$ 0,16 por litro de gasolina, a ser comercializado por R$ 2,69 (alta de cerca de 6%), e de R$ 0,10 por litro de diesel, a ser vendido a R$ 2,81 (alta de cerca de 4%). O novo preço valerá a partir de terça-feira (6).

Este é o primeiro aumento no valor fixado pela estatal desde que o novo presidente da empresa, general Joaquim Silva e Luna, assumiu o cargo.

A demora para a elevação de preços já tinha sido criticada por entidades. Antes do anúncio, a  Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) acusou a Petrobras de manter uma “elevada” defasagem dos preços da gasolina e do óleo diesel, em relação ao mercado internacional. A gasolina brasileira estava, até o último anúncio, em média 12% mais barata do que a comercializada no exterior e o óleo diesel, 7%. “A valorização dos derivados no mercado internacional amplia defasagens. A alta pressiona os preços domésticos de combustíveis e operações de importação seguem inviabilizadas”, afirmou o presidente da associação, Sérgio Araujo.

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De acordo com o Credit Suisse, a notícia de elevação de preços é positiva. “A notícia ajuda a aliviar a pressão sobre o cumprimento da paridade internacional. A gasolina agora está com desconto de 5%, enquanto o diesel está com desconto de 3% para a importação”, apontam os analistas.

A Petrobras, toda vez que é acusada de segurar seus preços, reafirma a sua política de paridade de importação. Isso significa que, para definir os valores dos seus combustíveis, a empresa considera o preço internacional, câmbio e custos logísticos. O argumento utilizado recentemente é de que as revisões acontecerão em prazos mais longos, para evitar o repasse ao consumidor de oscilações externas momentâneas.

Já a Abicom reforça que a desvalorização do real frente ao dólar também não justifica a manutenção dos preços da Petrobras. Além disso, de acordo com a entidade, o mercado internacional mantém sinais de que o petróleo continuará em patamares elevados neste ano.

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(com Estadão Conteúdo)

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