Pague Menos (PGMN3): analistas mantêm cautela com ações após grande corte de projeção de abertura de lojas

Analistas do JPMorgan e do BBI reiteram recomendação neutra para ativo

Felipe Moreira

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A Pague Menos (PGMN3) anunciou noite da última terça-feira (19) outra revisão para baixo em sua projeção de aberturas de lojas para o ano de 2024, reduzindo de 120, conforme orientado em outubro de 2022, para 30 aberturas brutas. A empresa já havia revisado para baixo sua orientação para 2023 este ano.

A nova orientação ficou aquém das estimativas do JPMorgan de 50 aberturas para o ano de 2024. Além disso, considerando o potencial menor de despesas de capital, a empresa manteve sua orientação de alavancagem de 1,7 vez a relação entre Dívida Líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 2024, enquanto o JPMorgan estima em 2,8 vezes.

Embora não seja uma surpresa total, dada outra revisão para baixo na estimativa, juntamente com a recente transição anunciada do CEO, o JPMorgan espera que as ações devam ficar sob pressão.

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O Bradesco BBI avalia o anúncio como neutro, pois a revisão para baixo já era esperada, dada a elevada alavancagem financeira da empresa.

A equipe de research do BBI destaca, no entanto, que a Pague Menos manteve seu guidance de alavancagem para 2024 (de 1,7 vez já citado, versus 2,8 vezes no 3T23, incluindo R$ 200 milhões de dívida da aquisição da Extrafarma que deve ser paga no 3T24), o que está bem abaixo de sua previsão de 2,4 vezes.

O BBI mantém classificação neutra para o nome, devido (i) ao potencial de crescimento limitado (16% para o preço-alvo de R$ 4,00, com risco de execução relacionado à expansão da margem EBITDA de 4,1% em 2023 para 5,4% em 2026); e (ii) o elevado nível de alavancagem que deverá limitar a expansão de lojas.

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O JPMorgan também mantém classificação neutra para a Pague Menos.