Pague Menos (PGMN3): ação sobe 5,67% após troca de CEO; analistas veem profissionalização da gestão

Mudança de comando conclui a profissionalização da empresa iniciada antes do seu IPO em 2021

Felipe Moreira

Pague Menos (Foto: Divulgação/Facebook)
Pague Menos (Foto: Divulgação/Facebook)

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A Pague Menos (PGMN3) aprovou na última segunda-feira (4) o início do processo de transição para a posição de diretor presidente da companhia, indicando Jonas Marques como sucessor de Mário Queirós, após 8 anos na posição.

O processo de transição terá início em 4 de janeiro de 2024, quando tomará posse o novo CEO, concluindo-se em 4 de abril de 2024.

A equipe de research do Bradesco BBI avalia o anúncio como positivo, uma que essa mudança conclui a profissionalização da empresa iniciada antes do seu IPO em 2021. Assim, nesta terça (5), os ativos subiram 5,67%, a R$ 3,54.

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Segundo BBI, Marques foi selecionado como o mais adequado para liderar um novo ciclo de maior foco na rentabilidade e no cliente. Ele também possui profundo conhecimento sobre o setor farmacêutico e contará com o apoio do atual CEO como membro do Conselho.

“O foco de curto prazo da empresa permanece o mesmo: (i) desbloquear sinergias da Extrafarma; e (ii) reduzir sua atual alavancagem financeira”, pontua o BBI.

De forma geral, o JPMorgan comenta que uma mudança na liderança não surpreende, dadas as tendências operacionais ruins, alta alavancagem e a desafiadora reestruturação das operações da Extrafarma, que, em conjunto, têm limitado os planos de crescimento e expansão da empresa.

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Apesar de profissionalizar ainda mais a gestão da empresa e trazer um executivo experiente para a equipe, o JPMorgan acredita que o ruído da mudança de gestão sob o ambiente atual deve impactar negativamente nas ações. Dessa forma, manteve classificação neutra. A empresa é negociada a 22 vezes o Preço/Lucro para 2024.

O Bradesco BBI também manteve recomendação neutra, devido a uma combinação de: (i) valuation (potencial de valorização de 19% em relação ao preço-alvo de R$ 4,00); (ii) alta alavancagem (3, 1x a relação Dívida Líquida/Ebitda para 2023) limitando a expansão de lojas; e (iii) risco de execução relacionado à expansão da margem Ebitda (4,1% em 2023 para 5,4% em 2026).