Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira

Mercado tem relativo alívio, mas ambiente ainda é de cautela com coronavírus; Campos Neto fala em SP e mais destaques

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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Após uma jornada de fortes perdas, os mercados tentam se recuperar nesta terça-feira – os futuros de Nova York estão em modesto avanço, enquanto as bolsas europeias abriram em alta. Na Ásia, apenas as bolsas de Tóquio e Seul funcionaram, fechando em queda. A ameaça do coronavírus persiste, com o governo da China informando que 106 pessoas morreram e mais de 4.500 foram infectadas.

Nos EUA, os mercados estarão de olho nos resultados de empresas como Apple, 3M e Pfizer, que publicam balanços, e no começo da reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, que começa hoje e termina na quarta-feira. Confira os destaques desta terça-feira (28):

1.Bolsas mundiais

Os futuros de Nova York apontam para uma abertura em alta, após terem tido ontem uma sessão com perdas pesadas – foi a pior jornada para o Dow Jones-30 desde outubro do ano passado. As bolsas de Tóquio e Seul fecharam em queda nesta terça-feira, enquanto as europeias abriram em alta, mas com Frankfurt indo para o terreno negativo. Na China, as bolsas só retomarão o funcionamento em 3 de fevereiro.

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O governo chinês informou hoje que o surto do coronavírus matou 106 pessoas, enquanto o número de infectados pelo vírus passa de 4.500. As cotações do petróleo continuam em queda.

No mais recente desdobramento desde a eclosão da ameaça, a China decidiu restringir viagens a Hong Kong. Embora seja cedo para avaliar o impacto total do vírus na China, a avaliação dos investidores é de que, se o país não conseguir controlar a situação, poderá ser comprometida a estabilização frágil da economia mundial depois que Pequim e Washington chegaram à primeira fase do acordo comercial. O regulador do mercado chinês pede que investidores avaliem a doença “racional e objetivamente”, focando no longo prazo.

Em Nova York, Wall Street aguarda resultados corporativos importantes, com Apple, Pfizer e 3M publicando balanços. A reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve começa hoje.

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Veja o desempenho dos mercados, às 8h01 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,23%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,40%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,20%

*Dax (Alemanha) , -0,09%
*FTSE (Reino Unido), +0,20%
*CAC 40 (França), +0,14%
*FTSE MIB (Itália), +0,66%

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*Nikkei (Japão), -0,55% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -3,09% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), +0,15% (Feriado – sem pregão)
*Xangai (China), -2,75% (Feriado – sem pregão)

*Petróleo WTI, -0,83%, a US$ 52,70 o barril
*Petróleo Brent, -1,27%, a US$ 58,51 o barril

**A Bolsa de Dalian está fechada pelo feriado na China. Em 23 de janeiro, contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian fecharam com queda de 2,33%, cotados a 649,500 iuanes, equivalentes em 28/01/2020 a US$ 93,65 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9348 (-0,14%)
*Bitcoin, US$ 9.015,79, +1,06%

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2. Agenda econômica

Na agenda de indicadores, às 10h30, os EUA divulgam pedidos de bens duráveis de dezembro (preliminares), com estimativa de alta de 0,4%, segundo consenso Bloomberg. Já às 12h, sai confiança do consumidor da Conference Board de janeiro.

No Brasil, a FGV publica na manhã de hoje sua sondagem da Construção de janeiro. Logo em seguida, será publicado o INCC, Índice Nacional da Construção Civil, também relativo a janeiro.

O Tesouro Nacional divulga relatório mensal da dívida pública de 2019 e o Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2020 às 14h30 em Brasília; às 15h, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, e o subsecretário da Dívida Pública, José Franco de Morais, comentarão os números em entrevista coletiva. Em novembro, a dívida foi de R$ 4,205 trilhões.

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3. Campos Neto

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, profere palestra  em São Paulo em evento promovido pelo Credit Suisse, às 10h. Este deve ser o último pronunciamento do BC antes do início do período de silêncio pré-Copom, reunião que acontecerá entre 4 e 5 de fevereiro. A fala de Campos Neto pode ajudar o mercado a afinar as apostas para a Selic.

A precificação de corte aumentou após vírus na China ampliar receios com a economia global e com queda das projeções de inflação, apontando que o investidor já faz algumas apostas em um segundo corte de 0,25 ponto percentual em março.

4. Bolsonaro volta da Índia

Depois de uma viagem de quatro dias à Índia, o presidente Jair Bolsonaro volta para Brasília com definições importantes na secretaria da cultura e para a economia. Para esta semana, a expectativa é definir o sucessor de Roberto Alvim. No Palácio do Planalto, a aposta é de que a nomeação sai ainda esta semana, confirmando a atriz Regina Duarte no posto.

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Além disso, estão em destaque as reformas administrativa e tributária, que precisam ser fechadas o quanto antes para serem enviadas ao Congresso, que retoma as atividades na próxima semana, conforme destaca o Correio Braziliense.

Sobre as reformas, o Estadão destaca que o Planalto fará um pente fino na reforma administrativa . Na avaliação de palacianos, as mudanças, se mal conduzidas, têm grande potencial de desgastar a imagem de Jair Bolsonaro. A ideia é evitar, por exemplo, o que aconteceu com a CPMF no ano passado, quando o presidente, expressamente, proibiu a recriação do imposto e o ruído de comunicação com o ministério culminou na demissão de Marcos Cintra. A ordem principal à equipe econômica agora também é bem clara: não mexer com os atuais servidores.

5. Noticiário corporativo

Em destaque no noticiário, esteve o início da temporada de resultados. A Cielo teve lucro líquido de R$ 242,4 milhões no quarto trimestre de 2019, queda de 68% na comparação com o mesmo período de 2018, de R$ 757,7 milhões, considerando o conceito Cosif, critério exigido a empresas reguladas pelo Banco Central. Ante o trimestre anterior, foi visto recuo de 32,3%. A geração de caixa medida pelo Ebitda da Cielo somou R$ 680,3 milhões no quarto trimestre, baixa de 37,8% em um ano, de R$ 1,094 bilhão. Na comparação com os três meses anteriores, foi vista redução de 6,1%.

A companhia ainda aprovou JCP complementar de R$ 24,2 milhões;  o pagamento será feito aos acionistas em 13 de fevereiro com base na posição acionária de 30 de janeiro.

Já a JBS, empresa da família Batista, e o WH Group, maior produtor de proteína animal da China, assinaram um acordo para distribuição de proteína bovina, de aves e suína in natura no mercado chinês. As duas empresas oferecerão um portfólio de produtos das marcas Friboi e Seara, e o acordo pode movimentar até R$ 3 bilhões em negócios por ano, segundo as companhias.

Também em destaque, a União concluiu a venda das ações excedentes do Banco do Brasil (BB) em poder do governo. A operação, que arrecadou R$ 1,06 bilhão, ocorreu na última quinta-feira (23). Por fim, o Cade confirmou a aprovação compra da Embraer pela Boeing.

(Com Agência Estado e Agência Brasil)

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