Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta terça-feira

Trump acena com corte de impostos sobre ganhos de capital nos EUA e anima bolsas; ata do Copom e mais destaques

Equipe InfoMoney

Publicidade

O bom humor predomina no mercado estimulado pela possibilidade de corte de impostos sobre ganhos de capital nos Estados Unidos. As Bolsas europeias e os futuros americano operam em terreno positivo.

No Brasil, a equipe econômica segue com a missão de convencer Congresso Nacional e sociedade da importância da criação de um novo imposto que incidirá sobre pagamentos eletrônicos, aos moldes da antiga CPMF, e que tem potencial de arrecadar R$ 120 bilhões ao ano.

No cenário corporativo, Cosan registrou prejuízo e a Itaúsa viu o lucro despencar mais de 70%. Confira os destaques:

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

1.Bolsas mundiais

O bom humor predomina após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar, na segunda-feira à noite, que ele considerava “muito seriamente” um corte dos impostos sobre ganhos de capital. O objetivo seria estimular a economia e a geração de emprego.

Os futuros do Dow Jones sobem 1,07% e os do S&P 500 registram valorização de 0,71%.

Além da indicação feita por Trump, os investidores aguardam as negociações entre democratas e republicanos para a aprovação de um novo pacote de ajuda à economia. Os possíveis estímulos acabam mitigando a aversão ao risco causada pelo avanço do novo coronavírus, que já atingiu mais de 20 milhões de pessoas no mundo, com 739 mil mortos.

Continua depois da publicidade

“A natureza da recuperação da atividade econômica dependerá do caminho do vírus, da resposta política e das mudanças potenciais no comportamento do consumidor”, disse, à Bloomberg, Mike Pyle, estrategista-chefe de investimentos do BlackRock Investment Institute.

Além disso, a queda do número de hospitalizações nos estados mais populosos dos EUA, mesmo com os casos globais superando os 20 milhões, é citado como motivo de menor aversão ao risco.

Na Europa, as Bolsas operam em alta. Os dados do mercado de trabalho no Reino Unido apontaram para 32,9 milhões de desempregados no segundo trimestre. Apesar do número elevado, ele é menor que o registrado no trimestre anterior.

Continua depois da publicidade

O FTSE 100, de Londres, avança 2,34%, e o DAX, de Frankfurt, sobe 2,63%.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h27

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,71%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,54%
*Dow Jones Futuro (EUA), +1,07%

Publicidade

Europa
*Dax (Alemanha), +2,63%
*FTSE 100 (Reino Unido), +2,34%
*CAC 40 (França), +2,67%
*FTSE MIB (Itália), +2,92%

Ásia
*Nikkei 225 (Japão), +1,88% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +2,11% (fechado)
*Shanghai SE (China), -1,15% (fechado)

Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, +1,26%, a US$ 42,47 o barril
*Petróleo Brent, +0,93%, a US$ 45,41 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 2,33%, cotados a 834.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 120,07 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,9458 (-0,23%)
*Bitcoin, US$ 11.724, -1,31%

Continua depois da publicidade

2. Agenda

O Banco Central (BC) divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que reduziu a taxa Selic para 2% ao ano.

O BC destacou no documento que ainda é necessário manter os estímulos monetários fortes. Contudo, aponta que eventuais ajustes futuros seriam com gradualismo adicional.

Segundo a ata, os dados sugerem recuperação parcial da economia, enquanto o BC condiciona “prescrições futuras [de ajuste na taxa] ao fiscal e ancoragem”. Além disso, novas reduções de juros demandariam maior clareza.

Publicidade

Nos Estados Unidos, às 9h30 (horário de Brasília), serão divulgados os dados da inflação ao produtor (IPP) referentes ao mês de julho. Já o relatório API sobre estoques bruto de petróleo será revelado às 17h30.

Na agenda do InfoMoney, destaque para a série Por dentro dos Resultados, que falará com Stelleo Tolda, diretor de operações do Mercado Livre, e Tulio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago, às 15h, sobre o balanço do segundo trimestre e a estratégia para o ano. A conversa será transmitida no Youtube do portal.

3. Prorrogação da calamidade pública e nova CPMF

Segundo informações do Valor Econômico, o governo estuda a prorrogação do estado de calamidade para 2021, o que permitiria descumprir as regras fiscais também no próximo ano. Segundo fontes ouvidas pelo jornal, o Planalto estaria apenas aguardando o melhor momento para enviar ao Legislativo uma mensagem pedindo a prorrogação do estado de calamidade pública, o que não ocorreria no curto prazo.

Ainda de acordo com a reportagem, a área econômica considera que uma eventual prorrogação só será adotada se a pandemia ainda for um grave problema de saúde no próximo ano, que demande dotações orçamentárias extras para enfrentar as consequências sociais e econômicas.

No início do mês, reportagem do Estadão apontava que uma proposta nessa linha era articulada no Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticou a ideia, segundo o site da casa.

Ainda em destaque, as medidas prometidas pela equipe econômica para justificar a criação de um tributo aos moldes da antiga CPMF superam o montante que da arrecadação estimada para esse novo imposto, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.

As iniciativas citadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe variam entre R$ 218 bilhões e R$ 248 bilhões ao ano. Já o novo tributo teria uma receita anual de R$ 120 bilhões, considerando uma alíquota de 0,2% por operação.

Entre as iniciativas citadas para justificar a criação de um novo imposto, estão a desoneração da folha de pagamento, que custaria entre R$ 80 bilhões e R$ 90 bilhões na faixa de até um salário; redução de 25% da contribuição previdenciária, que faria o governo abrir mão de R$ 96 bilhões; a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda, que teria um custo fiscal de R$ 22 bilhões; e a destinação de recursos para bancar a expansão do Bolsa Família, que teria uma despesa extra entre R$ 20 bilhões a R$ 40 bilhões.

4. Vacina Russa

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta terça-feira que o país é o primeiro a registrar uma vacina contra o novo coronavírus e que ela é “eficaz”. Apesar do anúncio, sabe-se pouco sobre a eficácia dessa vacina, que vem sendo questionada por especialistas internacionais.

A OMS tem uma página internet na qual mostra em que estágio de desenvolvimento estão as pesquisas de vacinas ao redor do mundo. A última atualização dessa informação foi feita em 31 de julho. Nela, consta que a vacina do Instituto Gamelaya está na fase 1 do processo — seria necessário observar três fases completas para começar a vacinar em massa.

A Rússia não publicou nenhum estudo ou dado científico sobre os testes que realizou. Não se conhecem os detalhes sobre as fases do processo, que geralmente devem ser cumpridos antes de uma nova vacina ser aprovada e lançada no mercado. Veja mais clicando aqui. 

5. Radar corporativo

A Cosan registrou um prejuízo líquido de R$ 174,4 milhões no segundo trimestre, ante lucro de R$ 418,3 milhões no mesmo período de 2019. O resultado negativo é consequência dos efeitos da pandemia da Covid-19 e da valorização do câmbio.

O Ebitda foi de R$ 517,8 milhões, uma queda de 56,5% no comparativo anual. Na mesma base de comparação, a receita caiu 33,1%, para R$ 11,8 bilhões.

A alavancagem mensurada pela relação entre dívida líquida e Ebitda subiu para 2,4 vezes.

Já a Itaúsa, holding do Itaú Unibanco que também tem participações em empresas industriais, registrou lucro líquido de R$ 598 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 75,4% ante mesmo período de 2019. O recuo, segundo à empresa, é consequência de uma baixa contábil relativa à participação no Corpbanca e doações para combate à Covid-19.

Excluindo esses efeitos, o lucro recorrente seria de R$ 1,43 bilhão, uma queda de 40,7%.

O impairment (ajuste contábil) sobre o investimento na unidade Corpbanca, no Chile, foi de R$ 543 milhões de reais no trimestre. A holding doou 50 milhões próprios e contabilizou outros R$ 312 milhões feitos pelo Itaú Unibanco para o programa “Todos pela Saúde”.

E a fabricante de açúcar e etanol São Martinho apresentou lucro líquido de R$ 115,7 milhões no primeiro trimestre da safra 2020/21, avanço de 26,5% ante igual período do ano anterior.

O Ebitda ficou em R$ 491 milhões, alta de 41,1%.

A Petrobras divulgou mais uma atualização sobre a venda de seus ativos. Dessa vez, a estatal comunicou que deu início ao processo para venda de 50% a 100% da participação que detém na concessão BM-S-51, localizada no polígono pré-sal da Bacia de Santos, segundo fato relevante divulgado na noite de segunda-feira.

A Petrobras opera esse ativo em que tem 80% de participação. O restante está com a Repsol Sinopec Brasil.

O primeiro passo para o desinvestimento é a divulgação de oportunidade (teaser).

A fábrica da BRF em Toledo (PR) contabilizou 1.138 casos confirmados de Covid-19, o que representou 29% dos casos da doença em frigoríficos do Paraná, segundo dados mais recentes de autoridades de saúde do estado. A unidade da BRF em Carambeí teve apenas 5.

Em resposta, a BRF, maior exportadora de carne de frango do mundo, afirmou que “não há nenhum colaborador testado positivamente para Covid-19 trabalhando atualmente em suas unidades de Toledo e Carambeí”.

E a fabricante de armas Taurus foi mais uma que anunciou acordo com os bancos para reescalonamento de dívida. Nesse caso, o compromisso, de R$ 123 milhões, havia vencido em junho.

“O montante será adequado ao fluxo de caixa futuro da companhia e diluído nos próximos 31 meses”, afirmou a Taurus em fato relevante.

Aprenda a fazer trades com potencial de ganho de R$ 50 a R$ 500 operando apenas 10 minutos por dia: inscreva-se gratuitamente na Semana dos Vencedores