Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

Bolsas mundiais registram mais uma sessão de aversão ao risco com escalada das tensões entre Estados Unidos e China; IPCA-15 e mais destaques

Equipe InfoMoney

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A escalada das tensões entre Estados Unidos e China eleva a aversão ao risco em todo o mundo. As principais Bolsas operam em queda nesta terça-feira.

O governo de Pequim ordenou que o consulado americano cessasse as operações. A decisão veio um dia após os Estados Unidos fecharem o consulado chinês em Houston (Texas) sob a acusações de espionagem e roubo de propriedade intelectual.

Já no Brasil, as discussões sobre a reforma tributária ganham força. O senador Roberto Rocha (PSDB-MA), presidente da comissão mista da reforma tributária, afirmou que aceita discutir a recriação de um imposto nos moldes da CPMF, mas apenas se a incidência for limitada a pessoas jurídicas.

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Na esfera corporativa, a disputa pela AES Tietê tem a participação da Eneva, que fez uma proposta na noite de quinta, e da AES Corp. No entanto, é preciso saber qual será a posição do BNDESPar.

1. Bolsas mundiais

O aumento da tensão entre Estados Unidos e China eleva a aversão ao risco em todo o mundo e faz as Bolsas operarem em queda. Os principais índices europeus e os futuros americanos estão em terreno negativo. Na Ásia, o pregão foi de perdas.

O índice Shangai SE caiu 3,86%, refletindo a decisão da China em fechar o consulado americano em Chengdu. Os demais mercados da região também foram afetados. O Hang Seng Index, de Hong Kong, recuou 2,21% e o Nikkei 225, de Tóquio, registrou valorização negativa de 0,57%.

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O governo de Pequim ordenou que o consulado americano cessasse as operações. A decisão veio um dia após os Estados Unidos fecharem o consulado chinês em Houston (Texas) sob a acusações de espionagem e roubo de propriedade intelectual.

“Não ficaremos surpresos se houver uma queda (no pregão) porque os os investidores estão com foco para essa tensão geopolítica”, disse, à Bloomberg, Janet Mui, diretora de investimentos da Brewin Dolphin.

Há a expectativa de um aumento da tensão entre os dois países em um momento em que se aproxima as eleições presidenciais dos Estados Unidos, que serão realizadas em novembro. O tom mais elevado da disputa pode tornar ainda mais difícil a recuperação da economia americana, que tenta lidar com o avanço do contágio da Covid-19.

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Os futuros do Dow Jones reduziram as perdas e agora caem 0,08% e os do S&P 500 recuam 0,15%.

Na Europa, o pregão também é de perdas, apesar do índice de atividade PMI Markit ter mostrada uma melhora na economia da região. Além da preocupação com o problema geopolítico entre as duas maiores potências do mundo, o avanço das infecções pela Covid-19 também preocupa. Países com França e Espanha estão demonstrando aumento dos casos e retomando medidas de maior isolamento social.

Na agenda econômica, a atividade empresarial da zona do euro voltou a crescer em julho conforme mais partes da economia que haviam sido fechadas devido ao coronavírus reabrem. O PMI Composto preliminar do IHS Markit subiu a 54,8 em julho de 48,5 em junho, nível mais alto desde meados de 2018 e bem acima da expectativa de 51,1 em pesquisa da Reuters.

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O FTSE 100, de Londres, recua 0,83%. No mercado londrino, o destaque é o comportamento das ações da empresa de Gas Centrica, que sobem mais de 20% após o anúncio das vendas de sua operação nos Estados Unidos.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h40

Nova York

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*S&P 500 Futuro (EUA), -0,15%

*Nasdaq Futuro (EUA), -0,67%

*Dow Jones Futuro (EUA), -0,08%

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Europa

*Dax (Alemanha), -1,40%

*FTSE 100 (Reino Unido), -0,83%

*CAC 40 (França), -1,15%

*FTSE MIB (Itália), -1,13%

Ásia

*Nikkei 225 (Japão), não operou (feriado)

*Hang Seng Index (Hong Kong), -2,21% (fechado)

*Shanghai SE (China), -3,86% (fechado)

*Petróleo WTI, +1,07%, a US$ 41,51 o barril

*Petróleo Brent, +1,06%, a US$ 43,77 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em queda de 2,13%, cotados a 827.500 iuanes, equivalente hoje a US$ 117,94 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 7,0161 (+0,17%)

*Bitcoin, US$ 9.513, +0,04%

2. Agenda

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou os dados sobre a confiança do consumidor referente ao mês de julho, que passou de 71,1 em junho para 78,8.

Ainda na agenda doméstica, o IBGE revela a inflação medida pelo IPCA-15, que deve ter acelerado 0,52% em julho na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, depois de ter ficado praticamente estável (0,02%) na medição anterior. A estimativa anual é de alta de 2,36%, ante 1,92% da medição anterior.

Bruno Serra, diretor de política monetária do BC, participa como palestrante do evento “Webinar XP Investimento Corretora de Câmbio” para tratar sobre conjuntura econômica às 11h.

Nos Estados Unidos, os dados do PMI Industrial e Composto do mês de julho serão divulgados às 10h45 (horário de Brasília).

Destaque também para as informações sobre vendas de casas novas referentes ao mês de junho, que saem às 11h.

Na agenda do InfoMoney, às 15h30, o professor do InfoMoney Arthur Vieira de Moraes recebe, no programa Fundos Imobiliários, Rodrigo Medeiros, fundador do site “Desmistificando FII”. Ele vai apresentar um estudo sobre como viver de renda com fundos imobiliários no Brasil (FIIs) e nos Estados Unidos (REITs). O estudo compara quanto seria necessário investir para viver de renda investindo em cada um deles, comparando também com a inflação. O programa é transmitido no Youtube do InfoMoney.

3. Radar Político

O senador Roberto Rocha (PSDB-MA), presidente da comissão mista da reforma tributária, afirmou que aceita discutir a recriação de um imposto nos moldes da CPMF, mas apenas se a incidência for limitada a pessoas jurídicas, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.

A equipe econômica quer que o imposto substitua a tributação sobre os salários, o que alcança cerca de R$ 260 bilhões por ano. Para Rocha, se haverá a desoneração de empresas de um lado, é possível aumentar a cobrança a elas.

O senador estima que o relatório do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) possa ser votado na primeira semana de outubro.

Já o presidente Jair Bolsonaro descartou na véspera a possibilidade de reoneração da cesta básica: “Tinha estudo da equipe econômica, queriam reonerar os produtos da cesta básica. Eu falei não. Desemprego, informais perderam o emprego e nós vamos falar em reonerar os produtos da cesta básica? Não. Tem coisas lá que você pode reonerar, agora tem outras coisas que sem comentários: óleo, arroz, feijão, açúcar…”

4. Mercado imobiliário

Os lançamentos de unidades imobiliárias caíram 50% no primeiro semestre do ano, para apenas 10 mil. Já as vendas de unidades totalizaram 16,8 mil, uma queda de 14% em relação aos primeiros seis meses de 2019, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”. A comparação indica que as construtoras estão reduzindo os seus estoques.

Nas contas do Secovi-SP (sindicato da habitação), as medidas de restrição de circulação causaram o adiamento de R$ 8 bilhões em lançamentos.

Ainda segundo a associação, a grande parte das compras atuais são habitação econômica como primeiro imóvel, principalmente Minha Casa, Minha Vida.

5. Radar corporativo

A elétrica Eneva informou na quinta-feira à noite que fará uma proposta para incorporar a AES Tietê por cerca de R$ 7,5 bilhões, em uma operação que envolveria dinheiro e ações. Para isso, no entanto, dependeria de apoio do BNDESPar, que colocou à venda sua fatia de 28,4% na AES. No entanto, segundo o jornal “Valor Econômico”, o BNDES deve rejeitar a proposta da Eneva.

O motivo para a negativa é a participação elevada do pagamento em ações. Além disso, a AES Corp também faria uma proposta ao BNDES.

Já o Banco do Brasil apresentou um agravo ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo para a corte rever a proibição imposta sobre parte da publicidade da instituição financeira na internet. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, o banco alega que perdeu mais da metade dos cerca de 100 milhões de acessos que tinha ao mês.

A limitação foi colocada após a revelação de que um site que propaga fake news disfarçadas de notícias elogiosas a Jair Bolsonaro recebia verba estatal. O TCU proibiu a veiculação de publicidade em sites com menos de dez anos —exceto vinculados à mídia de radiodifusão.

E nesse início da temporada de balanços, a Hypera divulga seus resultados do segundo trimestre após o fechamento dos mercados.

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