Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

Índices futuros dos EUA caem com alta dos casos de coronavírus; dados de inflação de junho e mais destaques

Equipe InfoMoney

(Getty Images)

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O sentimento negativo voltou a predominar nos mercados e os futuros de Nova York operam em queda, refletindo as preocupações dos investidores com o ritmo de recuperação da economia. Na Europa, no entanto, as Bolsas operam em leve alta.

Na agenda dos indicadores, será a vez de conhecer os dados da inflação referente ao mês de junho, com a divulgação do IPCA pelo IBGE. Nos Estados Unidos, serão conhecidos os dados da inflação ao produtor.

Já no cenário corporativo, a Ambipar concluiu o seu IPO e levantou pouco mais de R$ 1 bilhão e a Petrobras vendeu os campos de Pescada, Arabaiana e Dentão para a Ouro Preto Óleo e Gás por US$ 1,5 milhão.

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1. Bolsas mundiais

O sentimento negativo predomina na pré-abertura do mercado americano. Os futuros de Nova York registram queda refletindo as preocupações dos investidores com o ritmo de recuperação da economia. Na Europa, as principais Bolsas abriram em terreno negativo, mas conseguiram se recuperar.

O número de mortes recordes na Flórida e Califórnia e o temor de uma segunda onda na Ásia são os fatores que aumentam o sentimento de aversão ao risco.

Os futuros do Dow Jones caem 0,58% e os do S&P 500, 0,46%.

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“Veremos períodos intermitentes de paralisações ao longo do próximo ano enquanto ainda estivermos enfrentando esse vírus”, disse, à Bloomberg, Erin Browne, gerente de portfólio Pacific Investment Management. No entanto, Browne acredita em paralisações mais pontuais, diferente do movimento registrado no início do ano.

Na Europa, contribui para os ganhos a expectativa com o início da temporada de balanços, na próxima semana. O DAX, de Frankfurt, sobe 0,13% e o CAC, de Paris, registra leve alta de 0,10%.

Já na Ásia o pregão foi de perdas. O Nikkei 225, de Tóquio, recuou 1,06%. O Shangai SE apresentou desvalorização de 1,95% e o Hang Seng Index, de Hong Kong, caiu 1,84%.

No mercado de commodities, o petróleo WTI tem 2ª baixa seguida e atinge patamar de US$ 38 com receio de que a reincidência do vírus afete a demanda – o que foi tema de alerta da Agência Internacional de Energia.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h38 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,46%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,27%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,58%

Europa
*Dax (Alemanha), +0,13%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,39%
*CAC 40 (França), +0,10%
*FTSE MIB (Itália), +0,40%

Ásia
*Nikkei 225 (Japão), -0,70% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -1,84% (fechado)
*Shanghai SE (China), -1,95% (fechado)

*Petróleo WTI, -2,52%, a US$ 38,62 o barril
*Petróleo Brent, -2,27%, a US$ 41,39 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em leve alta de 0,06%, cotados a 790.600 iuanes, equivalente hoje a US$ 112,86 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 7,0041 (+0,14%)
*Bitcoin, US$ 9.189, -2,07%

2. Agenda

O IBGE divulga, às 9h, o IPCA referente ao mês de junho. É esse o indicador utilizado nos sistemas de metas de inflação. A inflação medida deve ter registrado alta de 2,17% na comparação anual, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, depois de ter acelerado 1,88% na medição anterior. Na comparação mensal, a inflação deve ter subido 0,30%, contra -0,38% na medição anterior. No mesmo horário, sai o volume do setor de serviços, com estimativa de queda de 14,2% na base anual.

Nos Estados Unidos, será divulgado, às 9h30 (horário de Brasília), o índice de preços ao produtor, o IPP, referente ao mês de junho.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, estará em São Paulo, onde tem reunião por videoconferência com representantes da Asset 1 para apresentação, por parte dos audientes, de seu cenário macroeconômico às 10h; tem ainda reunião por videoconferência com representantes da Mastercard para tratar de assuntos institucionais às 16h.

Na agenda do InfoMoney, Arthur Vieira de Moraes conversa com João da Rocha Lima Jr, professor e coordenador do núcleo de real estate da Poli/USP, que apresenta estudo sobre as expectativas de recuperação do mercado imobiliário em 2021. Às 15h30, no Youtube do InfoMoney.

3. Radar político

A atuação do novo ministro das Comunicações, Fábio Faria, tem contribuído para o Tribunal de Contas da União (TCU) colocar um freio na atuação contra o governo federal, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.

Bruno Dantas, ministro do TCU, sinalizou que deve rever a decisão que tomou sobre bloqueio de recursos de publicidade do Banco do Brasil e deve abortar também a ideia de estender a medida para a Caixa.

Ainda no radar político, segundo o jornal O Globo, Jair Bolsonaro diz que espera indicar ministro da educação hoje. O presidente afirmou que conversou com cinco ou seis candidatos e escolherá uma pessoa conciliadora para o cargo.

Já na agenda do Congresso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em live que, se o Senado não retomar o debate sobre a reforma tributária por meio da comissão mista temporária criada no início do ano, os deputados voltarão a discutir a proposta a partir da próxima terça-feira na Câmara. Maia cobrou que o governo encaminhe texto sobre a reforma para ser incorporado ao debate no Parlamento e indicou, mais uma vez, que não há espaço para o retorno da CPMF.

4. Inadimplência

Levantamento da empresa de gestão de informação Deep Center mostrou que a inadimplência por conta do desemprego está 12 vezes maior na pandemia do novo coronavírus, segundo informação do jornal “O Estado de S.Paulo”. Entre aqueles que não honraram os vencimentos, a alegação de desemprego cresceu 1.123%. Menos de 20% apontaram “descontrole financeiro”.

A pandemia também causou o congelamento de vagas no mercado de trabalho. Conforme pesquisa da consultoria de recursos humanos Robert Half, cerca de 43% das empresas congelaram vagas de trabalho, ou seja, nem preencheram cargos vagos nem criaram novos. Já 26% mantiveram o quadro, preenchendo cargos vagos, ao passo que 14% abriram novas posições. O restante (17%) reduziu o quadro de funcionários durante a crise.

5. Panorama corporativo

O fundo de investimento Mubadala, de Abu Dhabi, fez a melhor oferta na fase vinculante e ganhou o direito de discutir com exclusividade os termos do contrato de compra com a Petrobras para a compra da Rlam, segundo maior refinaria do Brasil.

A negociação ainda pode levar algumas semanas para ser concluída, segundo informação da agência Reuters.

Em outra operação, a estatal assinou o contrato para a venda da totalidade de sua participação nos campos de Pescada, Arabaiana e Dentão para a Ouro Preto Óleo e Gás. O valor da operação foi de US$ 1,5 milhão.

Já a empresa de gestão de resíduos Ambipar levantou R$ 1,08 bilhão em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A ação saiu a R$ 24,75, no topo da faixa indicativa de preço.

A companhia vai usar os recursos para renegociar e ou antecipar pagamentos de dívidas com custo de captação elevado e investir na expansão orgânica, por meio da construção de novas bases operacionais e escritórios comerciais. Os recursos também poderão ser usados em aquisições no Brasil e no exterior.

E a Cielo recebeu autorização do Banco Central para ser uma emissora de moeda eletrônica, segundo informação do jornal “O Estado de S.Paulo”. Isso significa que a credenciadora de maquininhas de cartão terá, em tese, mais autonomia. Com o aval do órgão regulador nas mãos, a Cielo poderá ampliar seu leque de atributos como, por exemplo, emitir cartões pré-pagos, o que hoje não é possível, bem como prestar serviço de carteiras digitais de forma independente.

(Com Agência Câmara e Bloomberg)

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