Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta sexta-feira

Bolsas mundiais têm dia misto à espera de dados de emprego nos EUA após forte baixa de ações de techs; rusgas entre Guedes e Maia e mais destaques

Equipe InfoMoney

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As bolsas mundiais operam mistas nesta manhã, depois de um dia negativo para o mercado acionário nos Estados Unidos. Os futuros dos índices de Wall Street indicam que a abertura do mercado local será mista, com os futuros de S&P 500 e do Dow Jones subindo, enquanto os do Nasdaq caem.

As bolsas europeias operam todas em alta, ajudadas pelo setor bancário. Já na Ásia, as principais bolsas recuaram. Hoje, o mercado espera o relatório de emprego de agosto nos Estados Unidos.

No Brasil, chama atenção o desgaste no relacionamento entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ontem, Maia declarou que passará a se comunicar sobre votações importantes com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Isso porque, segundo Maia, Guedes proibiu o diálogo dele com os secretários da área econômica.

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Continua a repercutir hoje a reforma administrativa, enviada ao Congresso na véspera. A proposta traz pontos positivos, mas não tem efeitos sobre os atuais servidores, e depende de novas regulamentações para mudar outras regras.

No noticiário corporativo, o mercado acompanha hoje a repercussão de mais uma aquisição feita pelo Magazine Luiza. Outro destaque é a notícia de que a BNDES Participações planeja fazer um follow-on para vender suas ações na Suzano. Já a Guararapes trocou o diretor de RI.

1. Bolsas mundiais

As bolsas mundiais operam mistas nesta manhã, depois de um dia de baixa no mercado acionário norte-americano. As bolsas europeias dão o tom mais positivo do mercado, enquanto na Ásia as bolsas recuaram. Já os futuros de Wall Street estão sem direção definida, com os futuros do S&P 500 e do Dow Jones em alta, enquanto os do Nasdaq caem.

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Ontem, os mercados tiveram um momento de mau humor nos Estados Unidos após um período de forte alta. Depois de 30 pregões sem cair 1%, o S&P 500 devolveu ontem 3,5%. Já o Nasdaq recuou 5,2%, com as principais empresas de tecnologia mostrando quedas nas ações.

Hoje, os futuros de Nova York indicam um abertura mista dos mercados, enquanto os investidores aguardam dados sobre a folha de pagamentos nos Estados Unidos. Os futuros da Dow Jones ganham 0,67% e os do S&P 500 avançam 0,46%, enquanto os do Nasdaq caem 0,24%.

Na Europa, os bancos ajudam a levantar as bolsas. Os espanhóis Caixabank e Bankia anunciaram que estão negociando uma fusão para criar o maior banco da Espanha.

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O Euro Stoxx ganha 0,66%. O FTSE 100, de Londres, sobe 0,67%, enquanto o CAC, de Paris, avança 0,95%, e o DAX, da Alemanha, sobe 0,30%. O FTSE MIB, da bolsa de Milão, sobe 0,95%.

Na Ásia, o mercado fechou em queda depois da baixa vista nas empresas de tecnologia em Wall Street.

Apenas a Apple despencou 8,1% na quinta, o que acabou respingando em ações de fornecedores asiáticos do fabricante do iPhone nos negócios desta sexta. A companhia, que, recentemente, ultrapassou US$ 2 trilhões em valor de mercado, perdeu quase US$ 180 bilhões, a maior queda diária para qualquer companhia na história. Mesmo assim, se manteve acima do patamar histórico conquistado. No Japão, os papéis da Sharp e da Murata Manufacturing caíram 0,65% e 1,56%, respectivamente. No mercado taiwanês, a ação da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company teve baixa de 1,61%. E em Hong Kong, a AAC Technologies recuou 2,14%.

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No momento, o governo norte-americano está considerando banir mais aplicativos chineses que possam ameaçar a segurança nacional, segundo o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows.

Na China, o Shangai SE perdeu 0,87%, enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,25%. O índice Nikkei 225, do Japão, recuou 1,11% e o Kospi, da Coreia do Sul, caiu 1,15%.

*Veja o desempenho dos mercados, às 7h04 (horário de Brasília):

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Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,46%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,24%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,67%

Europa

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*Dax (Alemanha), +0,27%
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,63%
*CAC 40 (França), +0,91%
*FTSE MIB (Itália), +0,95%

Ásia

*Nikkei 225 (Japão), -1,11% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -1,25% (fechado)
*Shanghai SE (China), -0,87% (fechado)

*Petróleo WTI, +0,87%, a US$ 41,73 o barril
*Petróleo Brent, +0,70%, a US$ 44,38 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em queda de 1,45%, cotados a 850.000 iuanes, equivalente hoje a US$ 124,32 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,83669

*Bitcoin, US$ 10.526,87, -7,77%

2. Agenda

Hoje, os investidores acompanham a divulgação da taxa de desemprego de agosto, às 9h30. A Anfavea divulga hoje os números de produção e venda de veículos de agosto.

Nos Estados Unidos, o mercado saberá qual foi a variação na folha de pagamentos e os dados do payroll de agosto, com os números de criação de vagas e taxa de desemprego de agosto, às 9h30. A estimativa é de criação de 1,35 milhão de vagas de emprego em agosto, ante dado anterior de 1,76 milhão em julho, e de queda da taxa de desemprego de 10,2% para 9,8%, segundo consenso Bloomberg.

3. Maia e Guedes

O mercado reagirá hoje à deterioração do relacionamento entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia e o ministro da Economia, Paulo Guedes. A influência do ministro e a relação com o presidente Jair Bolsonaro já são motivos de preocupação para os investidores, e o temor deve se agravar com as declarações de Maia.

Depois de receber a proposta administrativa do governo, o presidente da Câmara disse que passará a tratar com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, sobre votações importantes, como a reforma administrativa. Isso porque, segundo Maia, Guedes proibiu o diálogo dele com os secretários da área econômica. As declarações foram dadas em entrevista à Globonews.

Maia disse que o fim das conversas com Guedes não vai comprometer a relação entre governo e Legislativo nem o andamento das reformas porque a articulação política continua na Câmara. Segundo ele, Guedes “não é político” e tem “pouca experiência” na articulação política.

Ontem, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia declarou que o abandono do teto de gastos poderia mergulhar o País numa recessão ainda mais profunda em 2020, reduzir o crescimento em 2021, além de elevar juros e inflação, segundo O Estado de S.Paulo.

Pelas contas da SPE, o abandono da regra acentuaria a queda do PIB esperada para 2020. A previsão atual é de queda de 4,7%, mas poderia chegar a 6,9%. Além disso, o crescimento esperado para 2021, de 3,2%, seria reduzido, passando a alta de 1,7%.

4. Reforma administrativa

Continua a repercutir hoje a reforma administrativa, enviada ao Congresso na véspera. Entre os pontos positivos, a proposta proíbe progressões automáticas de carreira e abre caminho para o fim da estabilidade em grande parte dos cargos, traz maior rigor para as avaliações de desempenho e reduz o número de carreira, destacou a Folha de S.Paulo.

No entanto, a medida não tem efeitos sobre os atuais servidores, e depende de novas regulamentações para mudar outras regras. Por isso, o jornal afirma que a reforma não deve gerar economia aos cofres públicos no curto prazo.

A reforma recai sobre futuros servidores dos três Poderes na União, estados e municípios, mas preserva categorias específicas. Serão poupados das mudanças juízes, procuradores, promotores, deputados e senadores. Ontem, Maia disse que a proposta pode ser aprovada na Câmara ainda este ano. Se aprovada pela Câmara, a proposta seguirá para o Senado.

Também chama atenção a fala do presidente Jair Bolsonaro na noite de ontem sobre o leilão 5G. De acordo com O Estado de S.Paulo, Bolsonaro disse que é ele quem vai decidir sobre o fornecimento da tecnologia para o 5G no Brasil.

O presidente declarou que está conversando com diversas autoridades sobre o tema, entre elas integrantes do governo americano. “Vou deixar bem claro, que vai decidir 5G sou eu. Não é terceiro, ninguém dando palpite por aí, não. Eu vou decidir o 5G”, disse em transmissão semanal nas redes sociais. O leilão do 5G no Brasil deve ocorrer em 2021, e tem gerado uma disputa tecnológica entre Estados Unidos e China.

Durante a transmissão, ele disse ainda que o Congresso “talvez” estenda o alcance da reforma administrativa para os outros Poderes.

5. Radar corporativo

O mercado acompanha hoje a repercussão de mais uma aquisição feita pelo Magazine Luiza. A empresa anunciou a compra da plataforma de delivery de comida AiQFome, presente em mais de 350 municípios distribuídos em 21 estados.

Outro destaque é a notícia de que a BNDES Participações planeja fazer um follow-on para vender suas ações na Suzano. No final de agosto, a BNDESPAR detinha 11,03% do total de ações da empresa.

Já a Guararapes informou que o Diretor de Relações com Investidores Newton Rocha de Oliveira Júnior será substituído por Tulio José Pitol de Queiroz, que é diretor executivo da Riachuelo.

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