Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira

Aumento dos casos de coronavírus na China acendem novamente o sinal de alerta no mercado; índices futuros dos EUA caem mais de 1%

Equipe InfoMoney

(Foto: Ansa)

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No cenário internacional, os mercados são afetados pelo impacto do surto do coronavírus chinês sobre as bolsas de valores. Na Ásia, bolsas de Xangai e Seul não funcionaram hoje por causa do feriado, que se estenderá por toda a semana.  Na China, o governo isolou a província central de Hubei, epicentro do surto de coronavírus, que contaminou mais de 2,7 mil pessoas e matou 80.

Os mercados estão de olho na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) nos Estados Unidos, que terá decisão na quarta-feira; também observam os resultados das empresas de tecnologia como Apple, Facebook e Google.

No Brasil, o mercado fica de olho na temporada de balanços, que terá início hoje com os resultados da Cielo. No noticiário corporativo, destaque para a notícia de que a Invepar prepara a venda da sua participação no Aeroporto de Guarulhos (SP).

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1. Bolsas mundiais

Os futuros de Nova York estão em forte baixa na manhã de hoje, atingidos pelos temores de que o surto do coronavírus na China provoque perdas à economia chinesa e mundial. O governo chinês destinou US$ 9 bilhões para tentar conter a epidemia e o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) viajou para a China.

A Bolsa de Valores de Tóquio, a única que funcionou na região – é feriado do Ano Novo lunar chinês – fechou com baixa superior a 2% no índice Nikkei. As bolsas de valores da Europa abriram em queda e operam com movimento de venda forte.

As autoridades chinesas apontaram que o vírus ainda não está sob controle, apesar de medidas agressivas para limitar o movimento de milhões de pessoas que vivem nas cidades próximas ao centro do surto. Além disso, a ansiedade aumenta com evidências de que a doença tem um período de incubação de até duas semanas antes que os infectados comecem a mostrar sinais da doença; isso aumenta a possibilidade de que pessoas portadoras do vírus, mas que não apresentam sintomas, possam infectar outras pessoas.

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No mercado de commodities, o petróleo chegou a cair mais de 3% mesmo após Arábia Saudita dizer que ainda vê impacto limitado do vírus sobre a demanda; metais recuam em Londres.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h20 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -1,22%
*Nasdaq Futuro (EUA), -1,53%

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*Dow Jones Futuro (EUA), -1,19%

*Dax (Alemanha) , -1,91%
*FTSE (Reino Unido), -2,24%
*CAC 40 (França), -1,98%
*FTSE MIB (Itália), -1,08%

*Nikkei (Japão), -2,03% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), +0,15% (Feriado – sem pregão)
*Xangai (China), -2,75% (Feriado – sem pregão)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,93% (Feriado – sem pregão)

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*Petróleo WTI, -3,40%, a US$ 52,35 o barril
*Petróleo Brent, -3,21%, a US$ 58,74 o barril

**A Bolsa de Dalian está fechada pelo feriado na China. Em 23 de janeiro, contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian fecharam com queda de 2,33%, cotados a 649,500 iuanes, equivalentes em 27/01/2020 a US$ 93,65 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9348 (-0,14%)
*Bitcoin, US$ 8.600,00, -0,83%

2. Indicadores econômicos

A Fipe divulga na manhã de hoje a inflação na terceira quadrissemana de janeiro na cidade de São Paulo. Um pouco mais tarde, o Banco Central divulga a pesquisa Focus com o mercado. O governo federal deve divulgar às 9h30 o balanço de transações correntes em dezembro do ano passado.

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Nos Estados Unidos, o Federal Reserve de Dallas divulga às 12h30 o índice de atividade no Texas. Antes disso, EUA divulgam, ao meio-dia, vendas de casas novas de dezembro.

3. Política 

O presidente Jair Bolsonaro disse na Índia que a reforma administrativa está “praticamente pronta” e será enviada em breve ao Congresso. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a proposta vai atacar a concessão de “penduricalhos”, como a promoção de funcionários públicos por tempo de serviço e o reajuste de salários retroativos, entre outras distorções que são constantes no serviço público brasileiro. O governo também deve propor o veto a aposentadorias como forma de punição, prática comum no judiciário.

4. Reforma tributária

Durante o fim de semana, Bolsonaro afirmou ainda ver dificuldades na aprovação de uma reforma tributária no Brasil. Ele conversou com jornalistas sobre o tema e disse que sua experiência como parlamentar mostra que nenhum ente federativo aceita perder arrecadação e que isso inviabiliza a reforma.

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“Passei 28 anos na Câmara e nunca chegou até o final uma reforma tributária porque não atende estado, município e União. E não atendendo um dos três, e ninguém quer perder nada, acaba todo mundo perdendo muito e o Brasil continua nesse cipoal tributário que dificulta você produzir, empregar.”

Vale ressaltar que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a instalação da comissão mista da reforma tributária na primeira semana de fevereiro, assim que os trabalhos legislativos forem retomados. Maia disse que vai aguardar o retorno do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para decidir sobre a instalação do colegiado.

5. Noticiário corporativo 

A Invepar, grupo de infraestrutura que administra empresas de transportes, prepara a venda da sua participação no Aeroporto de Guarulhos (SP). A empresa carioca não comentou a notícia, publicada ontem no jornal O Globo. Já a Copasa – Companhia de Saneamento de Minas Gerais – teve o seu rating elevado pela agência de classificação de risco Moody’s.

Ainda no radar, a Vale acionou o nível 2 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração da Barragem Sul Inferior, da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG). “Em razão das fortes chuvas na região, ocorreu uma erosão na parte interna do reservatório da estrutura, que se mantém estável”, disse a Vale.

(Com Agência Estado, Agência Brasil e Bloomberg)

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