Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira

Bolsas mundiais buscam alta com retomada dos testes de vacina; IBC-Br e mais destaques desta segunda

Equipe InfoMoney

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As bolsas mundiais começaram a semana em direções opostas, em meio ao anúncio de grandes aquisições internacionais e à retomada dos testes de vacinas. Os índices futuros de Nova York sinalizam para uma abertura positiva dos pregões nos Estados Unidos, enquanto as principais bolsas europeias caem.

No Brasil, chama atenção o veto do presidente Jair Bolsonaro ao perdão de R$ 1 bilhão em tributos a igrejas no país, seguindo uma recomendação do ministro da Economia, Paulo Guedes. No entanto, ele disse que teria votado pela derrubada do veto se fosse deputado ou senador.

Outro destaque do noticiário nacional são os planos do governo de incluir no texto da Constituição os principais conceitos do Renda Brasil, programa social que vai substituir o Bolsa Família. Também chama atenção a mobilização de governos locais das regiões Norte, Nordeste e Sul do país contra a venda de ativos da Petrobras.

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Na esfera corporativa, o grande assunto desta segunda-feira é a compra dos ativos da Laureate no Brasil pela Ser Educacional, numa operação estimada em R$ 4 bilhões. A aquisição vai mais que dobrar o número de estudantes da Ser. Além disso, a Azul recebeu no domingo uma proposta formal de apoio financeiro à empresa feita pelo BNDES e um sindicato de bancos privados.

1. Bolsas mundiais

As bolsas mundiais operam em direções opostas nesta manhã, em meio à retomada dos testes da vacina da AstraZeneca e notícias de grandes aquisições.

No fim de semana, a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca anunciou a retomada no Reino Unido da fase 3 de testes de sua possível vacina contra o novo coronavírus, após suspendê-la por alguns dias devido a uma reação adversa em um participante.

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Na Ásia, as principais bolsas fecharam no positivo, enquanto os índices futuros de Nova York indicam uma abertura positiva dos mercados locais. Já na Europa, as principais bolsas estão em queda.

Na Ásia, o conglomerado de tecnologia japonês SoftBank Group anunciou a venda da empresa de chips Arm Holdings no Reino Unido para a norte-americana Nvidia por US$ 40 bilhões. Outra operação relevante foi a compra da Immunomedics pela americana Gilead Sciences, por US$ 21 bilhões.

Os futuros do Dow Jones estão em alta de 0,82%, enquanto os do S&P 500 avançam 1,05% e os da Nasdaq sobem 1,20%.

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Na Europa, as principais bolsas estão em queda, depois de operarem no positivo mais cedo. O Euro Stoxx cai 0,11%. O FTSE 100, de Londres, perde 0,27%, e o DAX, da Alemanha cai 0,09%. A bolsa de Milão recua 0,39%.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta. O índice Nikkei 225, do Japão, subiu 0,65%, enquanto índice Kospi, da Coreia do Sul, avançou 1,30%. Na China, o Shangai SE subiu 0,57%. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 0,56%.

Ainda no radar, além disso, fontes do Wall Street Journal dizem que a Oracle venceu a disputa para assumir as operações americanas do aplicativo chinês TikTok, derrotando a Microsoft. As fontes dizem que a Oracle deve ser anunciada como “parceira tecnológica de confiança” da ByteDance, controladora do aplicativo de compartilhamento de vídeos curtos, num acordo que não envolverá venda direta.

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*Veja o desempenho dos mercados, às 7h04 (horário de Brasília):

Nova York

*S&P 500 Futuro (EUA), +0,94%
*Nasdaq Futuro (EUA), +1,14%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,70%

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Europa

*Dax (Alemanha), -0,09%
*FTSE 100 (Reino Unido), -0,24%
*CAC 40 (França), +0,09%
*FTSE MIB (Itália), -0,26%

Ásia

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*Nikkei 225 (Japão), +0,65% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,56% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,57% (fechado)

*Petróleo WTI, -0,96%, a US$ 36,97 o barril
*Petróleo Brent, -0,93%, a US$ 39,46 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 2,41%, cotados a 848.500 iuanes, equivalente hoje a US$ 124,36 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,82280

*Bitcoin, US$ 10.395,40 -1,27%

2. Agenda

Os investidores acompanham a divulgação do Boletim Focus, do Banco Central; o mercado voltou a elevar a expectativa para o PIB de 2020, passando de queda de 5,31% na semana passada para baixa de 5,11% esta semana. Para 2021, a expectativa seguiu em alta de 3,5%. A expectativa para a Selic foi mantida em 2% e, para o ano que vem, os economistas preveem uma taxa de 2,50%, abaixo da estimativa de 2,88% na semana passada.

As expectativas para a inflação, medida pelo indicador do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), foram de 1,78% para 1,94% em 2020. Para 2021, a projeção subiu de 3% para 3,01%.

Mais tarde, às 9h, será conhecido o índice IBC-Br de atividade econômica de julho. O índice, considerado referência mensal para o PIB, deve ter registrado alta de 3,40% em julho na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, depois de marcar uma alta de 4,89% na medição
anterior. Na comparação anual, indicador deve ter registrado queda de 5,25%, após recuo de 7,05% na medição anterior.

Às 15h, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) divulga a balança comercial semanal.

Confira ainda o Radar InfoMoney, novo programa diário que resume, em poucos minutos, os fatos mais relevantes do noticiário econômico e político do Brasil e do mundo e os seus impactos no comportamento das ações e de outros ativos financeiros. O programa é transmitido ao meio-dia em ponto, de segunda a sexta-feira, pelo canal do InfoMoney no YouTube.

3. Veto a perdão de dívidas

O presidente Jair Bolsonaro vetou o perdão de R$ 1 bilhão em tributos a igrejas no país, seguindo uma recomendação do ministro da Economia, Paulo Guedes. No entanto, ele tentou não desagradar o segmento religioso, ao estimular que o próprio veto seja derrubado pelo Congresso. Em rede social, ele afirmou que, se fosse deputado ou senador, votaria pela derrubada do veto.

Neste final de semana, foi noticiado que o governo estuda incluir no texto da Constituição os principais conceitos do Renda Brasil, programa social que vai substituir o Bolsa Família. Em entrevista ao Estadão, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), disse que o objetivo é garantir o direito a uma renda mínima a todo cidadão brasileiro.

Segundo Bezerra, a ideia é incluir os conceitos do Renda Brasil no parecer do senador Marcio Bittar (MDB-AC) sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do pacto federativo, que traz medidas para cortar despesas e abrir espaço no teto de gastos, o mecanismo que atrela o aumento das despesas à inflação.

Outro destaque do final de semana foi a informação de que as medidas contidas na reforma administrativa podem gerar economia entre R$ 673 bilhões e R$ 816 bilhões em dez anos, para União Estados e municípios, de acordo com cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Além disso, em artigo publicado na Folha de S.Paulo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu o respeito ao teto de gastos e disse que propostas no sentido contrário podem jogar o país em “mais uma década perdida”.

Segundo ele, o governo precisa enfrentar o crescimento das despesas obrigatórias, principalmente as sujeitas ao teto – como previdência, gastos com pessoal, subsídios e subvenções, benefícios diversos, despesas de fundos. Em sua visão, as reformas administrativa e tributária também são essenciais para o país.

4. Mobilização contra saída da Petrobras

Ainda no noticiário nacional, chama atenção a mobilização de governos locais das regiões Norte, Nordeste e Sul do país contra a venda de ativos da Petrobras. A empresa já anunciou que vai concentrar seus investimentos no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde está o petróleo do pré-sal.

Segundo o Estado de S.Paulo, para conseguir sair dos outros estados, será preciso negociar dívidas ambientais, tributárias e trabalhistas. No entanto, os governadores e parlamentares locais não têm pressa para deixar a estatal ir embora, temendo uma possível queda na arrecadação e impactos no mercado de trabalho.

Ao todo, existem 164 áreas de produção de petróleo e gás da Petrobrás sendo vendidas em todo o Brasil, segundo a agência de notícias epbr. Desse total, 148 áreas estão localizadas fora do eixo Rio-São Paulo.

Representantes dos governos e deputados de seis Estados têm se reunido virtualmente com a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobrás, do Congresso, que lançou há pouco mais de um mês a campanha ‘Petrobrás, fica!’.

Além disso, hoje serão retomados no Brasil os ensaios clínicos da vacina contra o coronavírus que está sendo desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os testes haviam sido suspensos globalmente depois de um dos participantes ter manifestado uma doença.

5. Radar corporativo

O tema do dia no noticiário corporativo é a compra do Grupo Laureate no Brasil pela Ser Educacional, por R$ 4 bilhões. O pagamento será feito em dinheiro em ações, sendo que a parcela em dinheiro soma R$ 1,7 bilhão. Além disso, a Laureate vai receber 44% das ações da Ser.

Segundo comunicado, a transação elevará o número de alunos da Ser para 452 mil. No release de resultados do segundo trimestre de 2020, a empresa informou ter uma base total de alunos de 183,5 mil alunos no primeiro semestre. Ou seja, a aquisição vai mais que dobrar o número de estudantes.

Além disso, a Azul recebeu no domingo uma proposta formal de apoio financeiro à empresa feita pelo BNDES e um sindicato de bancos privados. Segundo O Globo, a oferta prevê a captação em mercado de ao menos R$ 2 bilhões, com participação da estatal de até 60% do montante.

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(Com Agência Estado)