Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira

Sessão é de cautela para índices futuros americanos após acordo da Opep+ e em dia de feriado na Europa

Equipe InfoMoney

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A semana tem início com os mercados de olho em dados que serão divulgados a partir da noite de hoje e deverão mostrar como a economia foi impactada pelo coronavírus no fechamento do primeiro trimestre, tanto na China como nos Estados Unidos. Além disto, empresas americanas passam a publicar a partir de hoje as prévias do primeiro trimestre, como o JP Morgan Chase e o Bank of America. No Brasil, o destaque deverá ser a publicação do Ibc-Br na terça-feira, embora o número seja relativo a fevereiro – ainda antes da epidemia chegar ao país. No noticiário corporativo, destaque para a Petrobras, que esclareceu em comunicado a redução da produção de gás natural por causa da epidemia, e o programa de recompra das ações preferenciais da Randon.

1. Bolsas mundiais

Os mercados começam a segunda-feira com viés de baixa. As bolsas de valores da Ásia fecharam em queda, enquanto os futuros de Nova York estão negativos. É feriado na Europa, onde os mercados estão fechados.

Os futuros do petróleo, que avançaram durante a madrugada, viraram para o terreno negativo na manhã de hoje.

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No final de semana, a Opep+ chegou a um acordo para cortar a produção diária em 9,7 milhões de barris diários, inclusive com os Estados Unidos, Canadá, México e Brasil aceitando realizar cortes menores.

Em Nova York, os investidores aguardam dados da economia americana e os resultados de algumas empresas, como JP Morgan Chase e Bank of America, que publicarão resultados do primeiro trimestre nesta semana.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h39 (horário de Brasília):

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Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -1,36%
*Nasdaq Futuro (EUA), -1,19%
*Dow Jones Futuro (EUA), -1,41%

Europa
*Dax (Alemanha), Feriado – sem pregão
*FTSE (Reino Unido), Feriado – sem pregão
*CAC 40 (França), Feriado – sem pregão
*FTSE MIB (Itália), Feriado – sem pregão

Ásia
*Nikkei (Japão), -2,33% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -1,88% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), Feriado – sem pregão
*Xangai (China), -0,49% (fechado)

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*Petróleo WTI, +0,48%, a US$ 22,88 o barril
*Petróleo Brent, -0,73%, a US$ 31,25 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em queda de 0,08%, cotados a 596.000 iuanes, equivalentes a US$ 84,51 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,0522 (-0,26%)

*Bitcoin, US$ 6.708,21 -4,05%

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2. Agenda de indicadores

O Banco Central faz operações compromissadas em moeda estrangeira mediante a venda, à vista, de títulos soberanos com compromisso de recompra. O leilão acontece das 10h às 14h, segundo comunicado do BC.

O BC publicou às 8h25 a pesquisa Focus com o mercado sobre a previsão dos principais indicadores econômicos. Na semana passada, a previsão do Boletim Focus era de queda de 1,18% e agora é de contração de 1,96%. Para o ano que vem, a projeção passou de crescimento de 2,50% para 2,70%.

A projeção dos economistas é que a Selic seja de 3,25% ao ano ao final de 2020, mesma estimativa da semana passada. Já para o ano que vem, os economistas preveem uma taxa de 4,50%. Na semana passada, a projeção era de 4,75%.

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Às 15h o governo divulga a balança comercial da primeira semana de abril.

3. PEC do Orçamento

O Senado deve votar esta segunda-feira a chamada PEC do Orçamento de Guerra, que permite ao governo gastos além das regras fiscais previstas na Constituição para combater a pandemia.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, conversou com senadores na quinta-feira para vencer resistências à PEC, que também amplia o escopo das atuações do BC. A emenda poderia permitir ao BC negociar títulos privados e comprar títulos mais longos, que têm sido mais pressionados durante a crise.

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Além disso, após críticas da equipe econômica, a Câmara dos Deputados avança para fechar um acordo e enxugar o projeto de socorro emergencial para Estados e municípios, destaca o Valor Econômico. Segundo o jornal, o novo parecer do relator Pedro Paulo (DEM-RJ) deve se limitar a estabelecer a compensação aos entes federativos e prefeituras pela queda da arrecadação de impostos em função da crise do coronavírus. A ideia de Rodrigo Maia é colocar a proposta em votação entre hoje e amanhã. O parecer deve sugerir que a União faça a recomposição do ICMS e do ISS nos próximos seis meses.

4. Impacto do coronavírus no PIB

Em uma videoconferência de quase quatro horas na noite de quinta-feira (9) com senadores considerados “independentes” pelo governo, Paulo Guedes afirmou que, caso a paralisação de boa parte de economia continue após julho, o PIB do Brasil poderá ter uma queda de 4% no ano.

Segundo apurou o jornal O Globo, o ministro também estimou que, se a propagação do coronavírus for contida em até três meses, a retração do PIB seria de 1,5%. Nas estimativas oficiais do governo, a previsão ainda é de crescimento nulo de 0,02%. Veja mais clicando aqui. 

Já o Banco Mundial projeta queda de 5% no PIB do Brasil devido a novo coronavírus. Se confirmada a projeção, será a maior recessão que o Brasil enfrentará em 120 anos. Segundo estatísticas históricas do IBGE, não há registro de uma queda tão grande da atividade desde 1901.

Vale destacar que, com a multiplicação de casos, o coronavírus está matando mais brasileiros fora dos grupos de risco, compostos por idosos e aqueles com comorbidades. Levantamento feito pelo jornal O Globo, com dados do Ministério da Saúde, mostra que, entre os dias 27 de março e 11 de abril, os óbitos de quem tem menos de 60 anos saltaram de 11% para25% do total, enquanto sem doenças pré-existentes, como diabetes e cardiopatias, passaram de 15% para 26%.

Para o Ministério, são fatores para a mudança de quadro do avanço da epidemia na periferia das cidades, onde há condições precárias de moradia e mais incentivo para a saída de casa para o trabalho, e a elevada incidência de outras doenças virais, como a influenza A e B, o que abre o organismo para a Covid-19. No domingo, em apenas 24 horas, o país registrou 1.442 novos casos e 99 mortes, para um total de 22.169 casos confirmados e 1.223 mortes.

5. Noticiário corporativo

A Petrobras esclareceu que enviou no dia 24 de março uma notificação de Declaração de Força Maior à petrolífera Enauta, sua parceira no campo de gás natural de Manati. Recentemente, a Enauta afirmou que não renegociará com a estatal o contrato de venda do gás natural extraído em Manati. Segundo a Petrobras, houve “redução estrutural na demanda por gás natural em todo o mercado brasileiro” por causa da epidemia do coronavírus e as consequentes quarentenas que mantém o comércio fechado. A Petrobras ainda propôs parcelar pagamento a distribuidoras de gás.

No radar corporativo, a Embraer fecha acordo suspensão temporária trabalho com sindicatos. Já a  Sabesp é autorizada reajustar tarifa, mas a calamidade adia aplicação. A Randon aprovou a recompra de até 13 milhões de ações preferenciais.

Atenção ainda para a prévia operacional de construtoras do primeiro trimestre. A Even teve vendas líquidas de R$ 256 milhões, enquanto a Direcional teve vendas contratadas de R$ 298 milhões.

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