Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quinta-feira

Investidores aguardam por dados de seguro-desemprego nos EUA, enquanto ocorre a abertura da Missão de Avaliação Soberana da Fitch Ratings no Brasil

Equipe InfoMoney

Prédio do Banco Central em Brasília (Crédito: Shutterstock)

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Os mercados começam a quinta-feira (23) com leve recuperação, com a continuidade da alta do petróleo apesar de dados piores do que o esperado na Europa, enquanto os investidores esperam os dados de seguro-desemprego nos EUA.

No Brasil, o Banco Central segue no radar após mercado de juros elevar apostas em corte da Selic, enquanto ocorre a abertura da Missão de Avaliação Soberana da Fitch Ratings. Confira os destaques:

1. Bolsas mundiais

As bolsas de valores da Europa abriram mistas nesta quinta-feira. Os preços do petróleo se recuperaram um pouco na Nymex com a tensão entre EUA-Irã e com sinais de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) poderão aprofundar o corte na sua produção., mas o mercado está de olho nos pedidos semanais do seguro-desemprego que o governo americano divulga às 9h30. As bolsas da Ásia fecharam na maioria em alta, mas com queda em Xangai. Os futuros de Nova York estão próximos à estabilidade.

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Embora alguns resultados corporativos do primeiro trimestre tenham vindo acima das expectativas, como o do banco Credit Suisse, a Markit publicou que o Índice dos Gestores de Compras (PMI, na sigla em inglês) da Zona do Euro despencou para 13.5 pontos em abril, informa a CNBC. O PMI da Zona do Euro já havia sido bastante negativo em março, quando foi de 29.7 pontos. Qualquer resultado abaixo dos 50 pontos indica retração econômica.

Na França, o PMI Composto tombou para 11.2 pontos em abril, de 28.9 pontos em março – pior resultado desde que a Markit começou a fazer a sondagem em 1998.

O Credit Suisse obteve um lucro líquido de 1,31 bilhão de francos suíços no primeiro trimestre de 2020, uma expansão de 75% sobre igual período do ano passado. A montadora francesa Renault reportou uma queda de 19,2% nas vendas do primeiro trimestre, mas alertou que é cedo para avaliar os impactos que a epidemia do coronavírus poderá ter no lucro.

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Veja o desempenho dos mercados, às 7h44 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,02%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,04%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,12%

Europa
*Dax (Alemanha), -0,16%
*FTSE (Reino Unido), -0,18%
*CAC 40 (França), +0,17%
*FTSE MIB (Itália), +1,08%

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Ásia
*Nikkei (Japão), +1,52% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,98% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), +0,35% (fechado)
*Xangai (China), -0,19% (fechado)

*Petróleo WTI, +12,02%, a US$ 15,45 o barril
*Petróleo Brent, +8,64%, a US$ 22,13 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro nego ciados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 0,17%, cotados a 604.500 iuanes, equivalentes a US$ 85,35 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,0822 (+0,03%)

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*Bitcoin, US$ 7.084,21 -0,43%

2. Agenda econômica

Na agenda americana, mais uma vez ganha destaque os dados de pedidos de seguro-desemprego nos EUA na semana até 11 de abril, com estimativa de 4,5 milhões, segundo consenso Bloomberg. A maior economia do mundo perdeu 22 milhões de empregos desde meados de março, em meio às medidas tomadas para frear a propagação da pandemia do novo coronavírus, que levaram ao fechamento de empresas, lojas e restaurantes. Os dados serão revelados às 9h30.

Às 10h45, atenção ainda para o PMI de Manufatura preliminar de abril e, às 11h, para os dados de vendas de casas novas de março.

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3. Fitch no Brasil e mercado de olho no BC

Nesta quinta, ocorre a abertura da Missão de Avaliação Soberana da Fitch Ratings acontece em reunião entre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, Shelly Shetty, chefe da Área de
Soberanos para América Latina da Fitch, Todd Martinez, diretor na Área de Soberanos da Fitch; Paulo Moreira Marques e André Duarte Veras, representantes da Secretaria do Tesouro Nacional. A reunião acontece por videoconferência fechada à imprensa às 15h. O Banco Central faz leilões de rolagem de swap cambial a partir das 11h30.

O Banco Central também segue no radar após a elevação das apostas em corte da Selic por conta da mudança no discurso do presidente do BC para um tom mais dovish, o que levou o dólar a R$ 5,41. em meio ao carry trade ainda mais reduzido (veja mais clicando aqui). Além do evento com a Fitch, Campos Neto participa de eventos hoje com o BIS e o Morgan Stanley.

4. Programa Pró-Brasil

O programa Pró-Brasil de recuperação econômica pós-covid-19, lançado na última quarta-feira terá sua implantação começando em larga escala a partir de outubro. O cronograma de elaboração do programa foi apresentado pelo ministro da Casa Civil, general Braga Neto, apesar das divergências da equipe econômica.

O ministro disse que o plano tem apoio do ministro Paulo Guedes. Contudo, o Plano pós-crise expõe diferenças entre Economia e Casa Civil. Segundo o Valor Econômico, Guedes demarcou,em reunião com seus colegas de Esplanada, os limites para o plano de investimento em infraestrutura para promover a recuperação da economia: manutenção e respeito ao teto de gastos e incentivo ao investimento com recursos privados.

Enquanto isso, o governo estuda ampliar garantias para estimular empréstimo a empresa com faturamento de até R$ 300 milhões, segundo o jornal O Globo. A proposta para incentivar auxílio a capital de giro e folha de pagamento é reformular fundo do BNDES.

Já o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar, anunciou na quarta-feira o abandono da meta de privatizações e desinvestimentos em 2020 com a mudança de cenário econômico trazida pela pandemia do coronavírus.

5. Noticiário corporativo

No radar corporativo, a BR Malls retomou a operação de dois dos seus shoppings. A Unidas informou que o seu Conselho aprovou a recompra de até 20,3 milhões em ações. A Totvs aprovou a emissão de R$ 200 milhões em debêntures. CSN, Gerdau, Usiminas têm perspectiva alterada a negativa por S&P.

A Telebras anunciou na noite de ontem que aumentou o seu capital social de R$ 1,54 bilhão para R$ 3,1 bilhões. Segundo a estatal de telecomunicações, foram emitidas 18,1 milhões de novas ações ordinárias e preferenciais. Segundo a empresa, as ações poderão ser comercializadas na B3 a partir de 30 de abril.

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