Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta quarta-feira

Confira no que ficar de olho na sessão desta quarta

Equipe InfoMoney

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Após fechar com alta de 1,34% ontem, apoiado pelo noticiário corporativo, por conta de Petrobras e de Vale, hoje o Ibovespa deverá ser guiado novamente pelo campo político. Hoje, a partir das 10h00, a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) retoma as discussões e a expectativa é de que o relatório de admissibilidade da reforma da Previdência possa ser finalmente votado.

Ontem, a CCJC foi encerrada por volta das 23h30 sem a apreciação da PEC. O governo vem atuando para barrar a tentativa dos partidos do “Centrão” e da oposição de promover alterações em alguns pontos na proposta nesta fase do processo, deixando-as para a próxima etapa que é a comissão especial. Entre pontos polêmicos estão o fim do pagamento da multa do FGTS para quem já é aposentado e as novas regras do abono salarial.

No noticiário corporativo, destaque para a Petrobras, após o governo anunciar um pacote de medidas para conter uma possível greve dos caminhoneiros e as falas, após reunião ontem com o presidente Jair Bolsonaro, dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, de que está descartada a intervenção na política de preços da Petrobras.

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No exterior, o crescimento do PIB da China acima das expectativas ajudou a impulsionar a maior parte dos mercados asiáticos. O resultado alivia as tensões em relação às expectativas de um desaceleração da economia chinesa, com impactos globais, e sobre a disputa comercial travada com os Estados Unidos.

1. Bolsas Internacionais

As bolsas asiáticas fecharam com alta em Tóquio e em Xangai, apenas com Hong Kong fechando praticamente estável. A expansão do PIB da China foi de 6,4% no primeiro trimestre deste ano na base anual, levemente acima dos 6,3% estimados. Os chineses divulgaram ainda fortes avanços na produção industrial (+8,5%) e nas vendas do varejo (+8,7%), ambas superando as expectativas.

Analistas atribuem o resultado melhor do que o esperado a uma série de medidas adotadas por Pequim para estimular a economia, como cortes de impostos e de taxas, além de estímulos ao setor de infraestrutura. A China vem adotando também iniciativas monetárias para incentivar que os bancos emprestassem mais para pequenas e médias empresas, assim como cortou o compulsório das instituições financeiras.

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Na Europa, as bolsas que começaram predominantemente em baixa, passaram para uma leve alta, com foco numa série de indicadores locais e sintonizada nos resultados corporativos das empresas norte-americanas. Na Zona do Euro, o índice de preços ao consumidor (CPI) avançou 1,4%, em março, com leve desaceleração ante fevereiro, que ficou em 1,5%, e em linha com as expectativas. Já o superávit comercial da região foi de 19,5 bilhões de euros em fevereiro, superando o saldo de janeiro, de 17,4 bilhões de euros.

Entre as commodities, o destaque é o preço do minério de ferro, que manteve a trajetória de queda, em linha com a expectativa de retomada da produção da Vale, que teve ontem autorizada pela Justiça a volta da produção parcial na mina de Brucutu, uma de suas principais no Brasil.

Já o petróleo se valoriza, apoiado pelo resultado do PIB chinês acima do esperado, com sinais de forte demanda nas refinarias chinesas, em meio à uma redução na produção e nos estoques norte-americanos.

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Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 07:03 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA) +0,19%
*Nasdaq Futuro (EUA) +0,25%
*Dow Jones Futuro (EUA) +0,11%
*DAX (Alemanha) +0,09%
*FTSE (Reino Unido) -0,01%
*CAC-40 (França) +0,21%
*FTSE MIB (Itália) 0,35%
*Hang Seng (Hong Kong) -0,02% (fechado)
*Xangai (China) +0,29% (Fechado)
*Nikkei (Japão) 0,25% (fechado)
*Petróleo WTI +0,58%, a US$ 64,42 o barril
*Petróleo Brent +0,54%, a US$ 72,11 o barril
*Bitcoin US$ 5.232,82, +2,66%%
R$ 20.258, +0,84% (nas últimas 24 horas)
*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian recuavam 3,87%, a 621,00 iuanes (nas últimas 24 horas)

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2. Agenda Econômica

No Brasil, a Fipe divulgou um avanço de 0,42% no resultado da segunda quadrissemana de abril no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo. O resultado representa uma desaceleração frente à alta de 0,47% da primeira quadrissemana de abril. Às 8h00, será a vez da FGV divulgar a segunda prévia do IGP-M.

No exterior, toda a atenção se volta ao Federal Reserve, que divulgará hoje o Livro Bege, com a análise das condições econômicas dos distritos do FED. Outro destaque são os números da balança comercial dos Estados Unidos, que sairão às 9h30. Nos Estados Unidos estão previstas as divulgações dos balanços da PepsiCo, Morgan Stanley e Alcoa.

3. Noticiário Político

Na Política, todas as atenções se voltam para a reforma da Previdência, com a CCJ marcando para esta manhã o início da votação do parecer do relator da Reforma da Previdência, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG). Ontem, lideranças partidárias fecharam acordo para seguir com os debates nesta quarta-feira, a partir das 10h. A expectativa fica por conta de possíveis alterações que possam ser promovidas no texto. Isso, em conjunto à promessa de obstrução da votação, por parte de partidos oposição, pode acabar levando a comissão a não votar a PEC ainda essa semana, como o governo deseja.

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Em entrevista à Folha, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, se reforma da Previdência for aprovada, país crescerá 6% anualizados. 

Na política, a mediação de forças entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) por causa do inquérito aberto pela corte com o pretexto de apurar fake News e divulgação de mensagens nas redes sociais que ataquem a honra dos ministros tem gerado imenso desgaste institucional. Após a PGR mandar arquivar o caso, os ministros do STF Alexandre Moraes e Dias Toffoli mandaram reabrir. O impasse institucional já gerou a ameaça de impeachment a Moraes e Toffoli por parte de um grupo de senadores.

4. Salário Mínimo

A intenção do governo de não conceder um ganho real ao salário mínimo no próximo ano gerou reações. Segundo o Estadão, lideres da Câmara já discutem a possibilidade de alterar o valor proposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que prevê apenas o repasse da inflação medida pelo INPC. Os deputados deverão alterar o valor na Comissão Mista do Orçamento, por onde a LDO deverá passar antes.

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A proposta, até mesmo entre a base aliada do governo Bolsonaro, não encontrou respaldo. O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP) afirmou que o governo “deverá tomar um cacete e pedir desculpas, senão trava de vez a Previdência”.

5. Noticiário corporativo
A Petrobras deve seguir no radar dos investidores, após o governo anunciar um pacote de medidas para acalmar os caminhoneiros e deixar a petroleira livre para praticar o reajuste no preço do óleo diesel. A ingerência de Bolsonaro na Petrobras, que desautorizou a empresa a suspender uma alta de 5,7% na semana passada gerou enormes perdas em valor de mercado para a companhia.

Ainda sobre a Petrobras, o Valor Econômico destaca que os detalhes do leilão de excedentes da cessão onerosa na área do pré-sal serão definidos hoje durante uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética. Na pauta, estão questões como a fixação do bônus de assinatura e do excedente em óleo, que é a participação mínima destinada à União.

Segundo a publicação, agora se definirá o valor da compensação financeira que será dado à companhia, o que poderia elevar este valor para até US$ 20 bilhões, ao invés dos US$ 9 bilhões acertados.

A Vale confirmou que a Mina de Brucutu pode ter retorno integral em até 72 horas após decisão judicial – o que equivale a um volume de produção anualizado de 30 milhões toneladas por ano. Já na Klabin, o Conselho aprovou a expansão do Projeto Puma II com investimento bruto de R$ 9,1 bilhões entre 2019 e 2023. 

A Cyrela divulgou prévia operacional do primeiro trimestre, com vendas líquidas de R$ 1,04 bilhão, alta de 70,3% na base de comparação anual. Já a Multiplan lançou shopping no Rio de Janeiro com investimento de R$ 550 milhões. 

(Agência Estado e Bloomberg)