Os 5 assuntos que vão agitar o mercado nesta quinta-feira

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quinta

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa subiu quase 3% na última quarta-feira (27), refletindo o noticiário externo após o Federal Reserve decidir pela manutenção das taxas de juros na banda entre 0,25% e 0,50%. Nesta quinta-feira (28), o investidor deve ficar de olho em indicadores como o resultado primário do Governo Central e o desempenho da economia norte-americana no primeiro trimestre de 2015. Confira os cinco assuntos que você precisa acompanhar hoje:

1. Bolsas mundiais
As bolsas chinesas caíram nesta quinta-feira, pressionadas pelas ações de matérias-primas, após os preços das commodities recuarem em resposta a novas regulações que limitam sua operações comerciais, atingindo a já frágil confiança do investidor. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,17%, enquanto o índice de Xangai teve baixa de 0,25%. No restante do continente, as ações devolveram os ganhos iniciais e fecharam em queda em um dia caótico e com o iene subindo contra o dólar após o Banco do Japão contrariar as expectativas do mercado de mais estímulos monetários mesmo com os preços caindo ainda mais fundo em deflação. O índice Nikkei do Japão tombou 3,6%. Às 7:35 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão avançava 0,01%, após chegar a subir 0,5 por cento antes da decisão do banco central japonês. Após dois dias de alta, as bolsas europeias caem, com o DAX em queda de 1,22%, o FTSE caindo 1,03% e o CAC 40 em baixa de 1,38%; as bolsas do continente também repercutem a decisão do Federal Reserve da véspera, quando manteve a sinalização de cautela em meio ao cenário da economia dos EUA, mas deixou a porta aberta para uma alta dos juros em junho. No mercado de commodities, o brent opera praticamente estável, com leve queda de 0,19%, a US$ 47,09 o barril. 

2. Resultado primário do Governo Central

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Composto por Banco Central, Previdência e Tesouro Nacional, o Governo Central divulga se teve déficit ou superávit em março. Em fevereiro, a entidade teve um déficit primário de R$ 25,10 bilhões. A estimativa é de um déficit de R$ 9,9 bilhões. O número, que sai às 14h (horário de Brasília), é considerado uma prévia do resultado primário das contas públicas, que é o principal indicador da saúde das contas do governo e da sua capacidade para pagar a dívida pública no longo prazo. 

3. PIB dos EUA
Nesta quinta será divulgado o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos para o primeiro trimestre de 2016. A expectativa mediana dos economistas é de que a maior economia do mundo cresça 0,7%, ante 1% registrado no quarto trimestre do ano passado. O número sai às 9h30. 

4. Comissão do impeachment
Hoje a Comissão Especial do Impeachment do Senado ouve os autores do pedido de impedimento da presidente Dilma Rousseff. São eles os juristas Miguel Reale Junior, Janaina Paschoal; o outro autor do pedido, Hélio Bicudo, não deverá comparecer. A audiência será realizada às 16h. Segundo o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), por dia, só serão permitidas, no máximo, quatro manifestações, que juntas não poderão ultrapassar o tempo de duas horas.

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5. Copom
O Copom manteve na noite da véspera a Selic em 14,25% pela 6ª vez em decisão unânime; o comunicado foi totalmente alterado, mantendo sinalização de juro estável e contrariando precificação parcial de corte da Selic para reunião seguinte. No comunicado, o Copom reconheceu avanços na política de combate à inflação, mas ponderou que a elevada inflação em 12 meses e as expectativas para a inflação ainda distantes da meta “não oferecem espaço para a flexibilização da política monetária”. Sobre o Banco Central, vale destacar as especulações de possíveis nomes para a presidência da autoridade monetária em um eventual governo Michel Temer, como Eduardo Loyo e Carlos Kawall. 

(Com Reuters e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.